Perfil epidemiológico da dengue em Minas Gerais entre os anos de 2014 e 2023 na perspectiva do SUS
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Data de Publicação: | 2024 |
Outros Autores: | , , |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Brazilian Journal of Health Review |
Texto Completo: | https://ojs.brazilianjournals.com.br/ojs/index.php/BJHR/article/view/66950 |
Resumo: | Introdução: A dengue é considerada a arbovirose mais prevalente no mundo, sobretudo nos países tropicais e subtropicais, e tornou-se um dos principais problemas de saúde pública. O Brasil figura como o país com maior número de casos no continente e o controle é difícil, já que a quantidade de casos aumenta proporcionalmente em relação a saneamento básico ineficiente, desmatamento e também às mudanças climáticas. Nesse sentido, temperatura, precipitação e umidade relativa do ar são importantes fatores relacionados à sobrevivência e reprodução do vetor. Objetivo: Descrever o perfil epidemiológico dos casos de dengue nos últimos 10 anos (2014-2023) em Minas Gerais. Métodos: Trata-se de um estudo observacional, do tipo ecológico com abordagem retrospectiva e quantitativa, utilizando-se da estatística descritiva de dados secundários acerca dos casos de Dengue no estado de Minas Gerais entre os anos de 2014 e 2023, registrados no Sistema de Informação de Agravos de Notificação. Resultados E Discussão: A análise epidemiológica dos dados do DATASUS revelou um aumento preocupante de casos de dengue em Gerais de 2014 a 2023, totalizando 507.093 novos registros, com picos em 2015, 2016, 2019 e 2023. A subnotificação é provável devido a casos leves, assintomáticos ou diagnosticados erroneamente. O aumento pode ser atribuído ao clima tropical e ao aumento das temperaturas e chuvas, favorecendo a propagação do Aedes aegypti. Em 2016 e 2019, foram registrados os maiores números de casos, relacionados ao sorotipo viral DENV-1, predominantemente entre 20 e 39 anos, com maior incidência em mulheres, possivelmente devido à maior permanência em casa. Raças parda e branca registraram mais casos, sem confirmação de fatores genéticos como causa. CONCLUSÃO: Entre 2014 e 2023, a análise dos dados do DATASUS aponta um alarmante aumento de casos de dengue em Minas Gerais. Os anos de 2016 e 2019 destacam-se pelos picos de incidência, sendo o último associado à mudança sorológica do vírus DENV-1 para DENV-2. Embora a faixa etária mais afetada seja entre 20 e 39 anos, com maior notificação em mulheres, homens também são suscetíveis, assim como as raças parda e branca, evidenciando a complexidade da epidemiologia da doença e a importância de medidas preventivas. |
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