Uma revisão sistemática sobre anticorpos monoclonais na profilaxia da migrânea/ A systematic review on monoclonal antibodies in migraine prophylaxis
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Data de Publicação: | 2021 |
Outros Autores: | , , |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Brazilian Journal of Health Review |
Texto Completo: | https://ojs.brazilianjournals.com.br/ojs/index.php/BJHR/article/view/28247 |
Resumo: | INTRODUÇÃO: A migrânea é a cefaleia crônica com maior grau de incapacidade. É o terceiro transtorno mais prevalente no mundo e no Brasil afeta cerca de 15,4% da população. O tratamento profilático é indicado com base na frequência das crises, impacto na qualidade de vida e falência da medicação abortiva. Recentemente surgiu uma nova classe de medicamentos profiláticos, anticorpos monoclonais contra o CGRP, os primeiros desenvolvidos especificamente para migrânea. Sua eficácia, perfil de efeitos colaterais, via de administração e frequência de doses, podem facilitar a adesão ao tratamento medicamentoso. Nesse trabalho comparamos as evidências sobre os benefícios dos novos anticorpos monoclonais para prevenção de crises migranosas crônicas. MÉTODOS: Pesquisa de artigos sobre o tema, entre os dias 08/08/ e 13/08 de 2020, nas bases MEDLINE; PubMed; medRxiv e Scielo. As palavras chaves utilizadas foram migraine, headache, monoclonal antibody and preventive treatment. Foram encontrados 60 artigos. Após a análise dos critérios de inclusão/exclusão (metodologia, ano de publicação e profilaxia medicamentosa empregada) foram escolhidos 20 artigos. RESULTADOS E DISCUSSÃO: Quatro drogas da classe foram encontradas nos artigos selecionados: erenumabee, eptinezumabee, fremanezumabe e galcanezumabee. Em todas os estudos elas apresentaram resultados significativos em relação ao número de dias mensais com migrânea; redução nos critérios que avaliam a qualidade de vida do paciente, como o HIT-6; MIDAS e MQS, e diminuição nos dias de uso de medicações para crises agudas comparadas com o placebo. Os dados dos estudos incluíam populações de diferentes países e idades, o que possivelmente enriquece a interpretação da eficácia das drogas. Dosagens diferentes foram verificadas com leves diferenças entre as drogas empregadas. Os efeitos adversos relatados pelos estudos foram leves. Os estudos demonstraram segurança e eficácia da classe como profilaxia para migrânea episódica em comparação com o placebo. CONCLUSÃO: Os anticorpos monoclonais profiláticos surgem como primeira classe terapêutica desenvolvida especificamente para o tratamento da migrânea crônica, apresentando eficácia clínica, perfil de administração e efeitos colaterais promissores. |
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