Manifestações neuropsiquiátricas do lúpus eritematoso sistêmico pediátrico: uma revisão de literatura

• Autor(a) principal: Jacob, Fernanda Toledo
• Data de Publicação: 2024
• Outros Autores: Pereira, Malu Godoy Torres Alves, Kandler, Ingrid
• Tipo de documento: Artigo
• Idioma: por
• Título da fonte: Brazilian Journal of Health Review
• Texto Completo: https://ojs.brazilianjournals.com.br/ojs/index.php/BJHR/article/view/66799
• topic: lúpus eritematoso sistêmico pediátrico; manifestações neurológicas; sintomas neuropsiquiátricos

O lúpus eritematoso sistêmico (LES) é um distúrbio autoimune complexo, caracterizado pelo envolvimento multissistêmico cujo início juvenil tem um curso clínico mais agressivo em comparação com o que se inicia na idade adulta. Os sintomas neuropsiquiátricos afetam quase metade desses pacientes, tendo um efeito intenso na gravidade da doença, qualidade de vida e prognóstico, podendo variar desde leves e difusos até eventos agudos com risco de vida. Embora os mecanismos subjacentes ainda estejam em grande parte desvendados, várias vias patogênicas são identificadas como neurotoxicidade mediada por anticorpos, vasculopatia devido a anticorpos antifosfolipídicos e outros mecanismos, e neurotoxicidade induzida por citocinas. O estudo teve por objetivo revisar algumas pesquisas na área da manifestação neuropsiquiátrica do LES pediátrico. A revisão de literatura foi realizada nas bases de dados Lilacs, Medline, Scielo, Cochrane, Science Direct e dados do banco Micromedex. Os critérios de inclusão para a seleção da amostra foram: artigos publicados em português e inglês que retratam a temática em estudo, publicados e indexados nas referidas bases nos últimos 10 anos. Percebeu-se dos estudos analisados que nos casos pediátricos de LES as manifestações neuropsiquiátricas se dão com idade média de início da doença de 14 a 16 anos com destaque para sintomas iniciais como dor de cabeça como ponto inicial do envolvimento do Sistema Nervoso Central (24%); convulsões como o achado do SNC mais frequente observado (25%); comprometimento cognitivo (20%), Acidente Vascular Cerebral (21%); psicose (7%) e depressão (7%). As manifestações neuropsiquiátricas são uma das complicações mais graves do LES pediátrico e uma melhor compreensão da ligação entre os sintomas neuropsiquiátricos e mecanismos específicos ajuda a entender melhor a doença e desenvolver estratégias eficazes de tratamento.