Análise dos casos de HIV registrados no cenário brasileiro / Analysis of HIV cases registered in the brazilian scenario

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Freitas, Aleixa Nogueira de
Data de Publicação: 2020
Outros Autores: Pereira, Bruna Gabrielle Rego, Mesquita, Carlos Eduardo Branches de, Patrício, Danilo da Silva, Borges, Layze Carvalho, Almeida, Marissol Rabelo de, Silva, William Rafael de Farias, Martins, Nádia Vicência do Nascimento
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Brazilian Journal of Health Review
Texto Completo: https://ojs.brazilianjournals.com.br/ojs/index.php/BJHR/article/view/14720
Resumo: INTRODUÇÃO: A infecção pelo Vírus da Imunodeficiência Humana (HIV) persiste sendo um grave problema de Saúde Pública em todo o mundo. De acordo com dados do Programa Conjunto das Nações Unidas (UNAIDS), em 2018, havia quase 38 milhões de pessoas vivendo com o HIV no mundo, resultando em 770 mil mortes. Nesse contexto, a caracterização da população mais afetada é fundamental para o direcionamento de políticas públicas de controle, bem como para o conhecimento do panorama nacional. OBJETIVO: Analisar os dados dos casos de HIV notificados segundo sexo, faixa etária, escolaridade, raça/cor e tipo de exposição no Brasil e comparar as taxas de detecção de infecção e coeficiente de mortalidade entre as regiões brasileiras. MÉTODO: Trata-se de uma pesquisa de caráter transversal retrospectivo e de levantamento estatístico com abordagem quantitativa. A pesquisa analisou os dados de HIV obtidos nos boletins epidemiológicos disponibilizados pelo Ministério da Saúde no período de 2015 a 2018. RESULTADOS: Durante os anos de 2015 a 2018 foram registrados 168.195 casos de HIV, sendo 120.034 (71,36%) no sexo masculino, 48.129 (28,61%) no sexo feminino, sendo a faixa etária de 20 a 29 anos (37,76%) a mais acometida. Quanto a escolaridade a maior prevalência foi registrada para o ensino médio completo (14,6%) seguido de ensino médio incompleto (14,23%). Em relação a raça/cor, 42,22% se autodeclararam pardos e 37,91% brancos. O tipo de exposição mais prevalente em homens com 13 anos de idade ou mais foi a sexual, sendo a orientação sexual de maior registro a homossexual com 45,30%, seguida da heterossexual com 30,43%. Entre as mulheres, a exposição sexual destaca-se como mais prevalente, sendo a heterossexual com 86,35% dos casos. As taxas de detecção nas regiões Sul e Sudeste apresentam tendência de queda, enquanto a região Norte apresentou tendência de crescimento. O coeficiente de mortalidade por causa básica HIV em âmbito nacional diminuiu de 5,3 para 4,4 mortes por 100 mil habitantes entre 2015 e 2018, respectivamente. As regiões brasileiras ganham destaque por registro abaixo do índice, com exceção da região norte e sul que, apesar de diminuir o coeficiente em relação a 2015, continuam acima do coeficiente nacional. CONCLUSÃO: O aumento da taxa de detecção nas regiões Norte e Nordeste pode estar correlacionado com a melhora das políticas públicas de combate ao HIV nas áreas mais remotas do país. No entanto, o crescimento da taxa de mortalidade por causa básica HIV nesses lugares pode significar uma carência no que tange o acompanhamento destes pacientes, para evitar a não adesão ao tratamento e consequentemente o aumento no número de mortes, em contrapartida esta razão pode ser justificada pela notificação dos óbitos ocorridos de forma mais eficaz e monitorada, assim, vale destacar a importância da vigilância epidemiológica dos casos de HIV destacado neste e em estudos futuros voltado para esta temática.
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