Endometriose e hemoptise: uma quebra de paradigma / Endometriosis and hemoptysis: a paradigm breakdown

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Domiciano, Carolina Bandeira
Data de Publicação: 2022
Outros Autores: Lira, Carla Renata Perazzo, Basto, Giovana Lins, Oliveira, Tayanni de Sousa, Oliveira, Deborah Cristina Nascimento de, Felipe, Daniel Hortiz de Carvalho Nobre, Neto, Geraldo Camilo
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Brazilian Journal of Health Review
Texto Completo: https://ojs.brazilianjournals.com.br/ojs/index.php/BJHR/article/view/43720
Resumo: A Síndrome da endometriose torácica (SET) é uma condição rara, definida pela presença e crescimento de tecido endometrial funcional no pulmão ou pleura, que inclui cinco tipos clínicos: hemoptise catamenial, pneumotórax catamenial, hemotórax catamenial, nódulos pulmonares e pneumotórax não catamenial. A hemoptise catamenial é um tipo clínico da SET, descrita pela primeira vez por Schwarz em 1938 e trata-se de uma manifestação rara de endometriose torácica presente em apenas 6% dos pacientes acometidos. Trata-se de uma revisão de literatura sobre a associação da endometriose e hemoptise, elaborada através de consultas nos principais bancos de dados científicos, com objetivo de compilar as informações mais recentes da literatura relacionadas ao tema. Os sintomas da SET são cíclicos, ou seja, manifestam-se durante a menstruação e depois desaparecem. Essa característica pode ser essencial, visto que, quando a relação temporal entre os sintomas recorrentes e a menstruação não é reconhecida, o diagnóstico é prejudicado. História clínica, sintomas catameniais e alterações dinâmicas das anormalidades parenquimatosas demonstradas na Tomografia Computadorizada, realizada durante e após a menstruação são as principais características que levam ao diagnóstico presuntivo de SET e, portanto, hemoptise catamenial. As evidências da literatura sobre essa doença são muito esparsas e a maioria dos achados são provenientes de relatos de casos, o que sugere uma limitação importante em relação aos dados. Por fim, a estratégia terapêutica hormonal para hemoptise catamenial pode acarretar efeitos colaterais graves, os sintomas frequentemente reaparecem após a interrupção e pacientes que desejam engravidar não se beneficiam deste tratamento. Ademais, resultados pós-cirúrgicos de acompanhamento a longo prazo, como recorrência ou complicações, são insuficientes nos bancos de dados, reafirmando a necessidade de mais estudos que possam aprofundar os conhecimentos e inovar as terapias.
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