Acesso a cuidados de saúde sexual e planeamento familiar em adolescentes: Reproductive and sexual health care in adolescents
Autor(a) principal: | |
---|---|
Data de Publicação: | 2022 |
Outros Autores: | , , , , , |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Brazilian Journal of Health Review |
Texto Completo: | https://ojs.brazilianjournals.com.br/ojs/index.php/BJHR/article/view/55642 |
Resumo: | Introdução: Os adolescentes valorizam o aconselhamento os profissionais de saúde sobre métodos contracetivos e sexualidade como fonte de informação. Objetivos: Caracterizar o conhecimento dos adolescentes sobre sexualidade e a adesão às consultas de medicina do adolescente/planeamento familiar; avaliar diferenças no conhecimento sobre métodos contracetivos e comportamentos sexuais de risco no grupo que frequenta as consultas; analisar limitações na comunicação sobre sexualidade com profissionais de saúde. Material e métodos: Estudo transversal e observacional, com amostra não probabilística e intencional, constituída por adolescentes de duas escolas do centro do país, dividida em dois grupos etários: G1 (13-15A); G2 (16-19A). Após consentimento informado dos pais e participantes aplicou-se um instrumento de colheita de dados, assumindo-se nível de significância estatística quando p<0,05. Resultados: Incluídos 394 adolescentes, 276 (70%) do G1, 53% do sexo feminino avaliam os serviços de saúde como fonte de informação fidedigna. Frequentavam as consultas de medicina do adolescente/planeamento familiar 119 (30,8%), destes 61,3% do G1 (p=0,02) e 66,3% do sexo feminino (p=0,01). Consideram-se esclarecidos sobre métodos contracetivos 64,2%, sendo o grau de esclarecimento semelhante em G1 e G2, mas superior nas raparigas frequentadoras das consultas (p=0,03). Iniciaram relações sexuais 21,1%, com mediana da idade de início de 15A, superior à dos adolescentes do G1 não frequentadores das consultas de medicina do adolescente/planeamento familiar (p=0,007). Em 32,8% dos adolescentes sexualmente ativos existiram relações sexuais desprotegidas, sobretudo no G2, e 8 não usavam habitualmente métodos contracetivos, sem diferença quanto à frequência das consultas. “A falta de abertura por parte dos profissionais, medo de serem mal interpretados e medo de que o profissional de saúde quebre a confidencialidade” foram os fatores mais frequentemente apontados como limitantes na comunicação com os profissionais de saúde. Discussão/Conclusão: Frequentavam as consultas de medicina do adolescente/planeamento familiar 30,8%, com predomínio do G1 e sexo feminino, com idade mais tardia da primeira relação sexual e a registar melhor esclarecimento sobre métodos contracetivos, respetivamente. Os fatores apontados como limitantes da comunicação com profissionais de saúde salientam a necessidade destes, a par dos cuidados de saúde preventivos, rastreio de comportamentos de risco e aconselhamento sobre saúde sexual, adotarem estratégias eficazes de comunicação com os adolescentes. |
id |
BJRH-0_fb221b8dfadcb648c3922d36e1bf4bf1 |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:ojs2.ojs.brazilianjournals.com.br:article/55642 |
network_acronym_str |
BJRH-0 |
network_name_str |
Brazilian Journal of Health Review |
repository_id_str |
|
spelling |
Acesso a cuidados de saúde sexual e planeamento familiar em adolescentes: Reproductive and sexual health care in adolescentssaúde sexualplaneamento familiarcontraceçãocomportamentos de riscoIntrodução: Os adolescentes valorizam o aconselhamento os profissionais de saúde sobre métodos contracetivos e sexualidade como fonte de informação. Objetivos: Caracterizar o conhecimento dos adolescentes sobre sexualidade e a adesão às consultas de medicina do adolescente/planeamento familiar; avaliar diferenças no conhecimento sobre métodos contracetivos e comportamentos sexuais de risco no grupo que frequenta as consultas; analisar limitações na comunicação sobre sexualidade com profissionais de saúde. Material e métodos: Estudo transversal e observacional, com amostra não probabilística e intencional, constituída por adolescentes de duas escolas do centro do país, dividida em dois grupos etários: G1 (13-15A); G2 (16-19A). Após consentimento informado dos pais e participantes aplicou-se um instrumento de colheita de dados, assumindo-se nível de significância estatística quando p<0,05. Resultados: Incluídos 394 adolescentes, 276 (70%) do G1, 53% do sexo feminino avaliam os serviços de saúde como fonte de informação fidedigna. Frequentavam as consultas de medicina do adolescente/planeamento familiar 119 (30,8%), destes 61,3% do G1 (p=0,02) e 66,3% do sexo feminino (p=0,01). Consideram-se esclarecidos sobre métodos contracetivos 64,2%, sendo o grau de esclarecimento semelhante em G1 e G2, mas superior nas raparigas frequentadoras das consultas (p=0,03). Iniciaram relações sexuais 21,1%, com mediana da idade de início de 15A, superior à dos adolescentes do G1 não frequentadores das consultas de medicina do adolescente/planeamento familiar (p=0,007). Em 32,8% dos adolescentes sexualmente ativos existiram relações sexuais desprotegidas, sobretudo no G2, e 8 não usavam habitualmente métodos contracetivos, sem diferença quanto à frequência das consultas. “A falta de abertura por parte dos profissionais, medo de serem mal interpretados e medo de que o profissional de saúde quebre a confidencialidade” foram os fatores mais frequentemente apontados como limitantes na comunicação com os profissionais de saúde. Discussão/Conclusão: Frequentavam as consultas de medicina do adolescente/planeamento familiar 30,8%, com predomínio do G1 e sexo feminino, com idade mais tardia da primeira relação sexual e a registar melhor esclarecimento sobre métodos contracetivos, respetivamente. Os fatores apontados como limitantes da comunicação com profissionais de saúde salientam a necessidade destes, a par dos cuidados de saúde preventivos, rastreio de comportamentos de risco e aconselhamento sobre saúde sexual, adotarem estratégias eficazes de comunicação com os adolescentes. Brazilian Journals Publicações de Periódicos e Editora Ltda.2022-12-22info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionapplication/pdfhttps://ojs.brazilianjournals.com.br/ojs/index.php/BJHR/article/view/5564210.34119/bjhrv5n6-254Brazilian Journal of Health Review; Vol. 5 No. 6 (2022); 25120-25138Brazilian Journal of Health Review; v. 5 n. 6 (2022); 25120-251382595-6825reponame:Brazilian Journal of Health Reviewinstname:Federação das Indústrias do Estado do Paraná (FIEP)instacron:BJRHporhttps://ojs.brazilianjournals.com.br/ojs/index.php/BJHR/article/view/55642/40942Copyright (c) 2022 Brazilian Journal of Health Reviewinfo:eu-repo/semantics/openAccessTeixeira, Catarina Sofia SerrasqueiroPedrosa, Inês VeríssimoFrade, João Manuel GraçaRamalho, Sónia Isabel Horta Salvo Moreira de AlmeidaDixe, Maria dos Anjos Coelho RodriguesBarros, Teresa Madalena Kraus Brincheiro HüttelMoleiro, Pascoal2022-12-22T13:20:17Zoai:ojs2.ojs.brazilianjournals.com.br:article/55642Revistahttp://www.brazilianjournals.com/index.php/BJHR/indexPRIhttps://ojs.brazilianjournals.com.br/ojs/index.php/BJHR/oai|| brazilianjhr@gmail.com2595-68252595-6825opendoar:2022-12-22T13:20:17Brazilian Journal of Health Review - Federação das Indústrias do Estado do Paraná (FIEP)false |
dc.title.none.fl_str_mv |
Acesso a cuidados de saúde sexual e planeamento familiar em adolescentes: Reproductive and sexual health care in adolescents |
title |
Acesso a cuidados de saúde sexual e planeamento familiar em adolescentes: Reproductive and sexual health care in adolescents |
spellingShingle |
Acesso a cuidados de saúde sexual e planeamento familiar em adolescentes: Reproductive and sexual health care in adolescents Teixeira, Catarina Sofia Serrasqueiro saúde sexual planeamento familiar contraceção comportamentos de risco |
title_short |
Acesso a cuidados de saúde sexual e planeamento familiar em adolescentes: Reproductive and sexual health care in adolescents |
title_full |
Acesso a cuidados de saúde sexual e planeamento familiar em adolescentes: Reproductive and sexual health care in adolescents |
title_fullStr |
Acesso a cuidados de saúde sexual e planeamento familiar em adolescentes: Reproductive and sexual health care in adolescents |
title_full_unstemmed |
Acesso a cuidados de saúde sexual e planeamento familiar em adolescentes: Reproductive and sexual health care in adolescents |
title_sort |
Acesso a cuidados de saúde sexual e planeamento familiar em adolescentes: Reproductive and sexual health care in adolescents |
author |
Teixeira, Catarina Sofia Serrasqueiro |
author_facet |
Teixeira, Catarina Sofia Serrasqueiro Pedrosa, Inês Veríssimo Frade, João Manuel Graça Ramalho, Sónia Isabel Horta Salvo Moreira de Almeida Dixe, Maria dos Anjos Coelho Rodrigues Barros, Teresa Madalena Kraus Brincheiro Hüttel Moleiro, Pascoal |
author_role |
author |
author2 |
Pedrosa, Inês Veríssimo Frade, João Manuel Graça Ramalho, Sónia Isabel Horta Salvo Moreira de Almeida Dixe, Maria dos Anjos Coelho Rodrigues Barros, Teresa Madalena Kraus Brincheiro Hüttel Moleiro, Pascoal |
author2_role |
author author author author author author |
dc.contributor.author.fl_str_mv |
Teixeira, Catarina Sofia Serrasqueiro Pedrosa, Inês Veríssimo Frade, João Manuel Graça Ramalho, Sónia Isabel Horta Salvo Moreira de Almeida Dixe, Maria dos Anjos Coelho Rodrigues Barros, Teresa Madalena Kraus Brincheiro Hüttel Moleiro, Pascoal |
dc.subject.por.fl_str_mv |
saúde sexual planeamento familiar contraceção comportamentos de risco |
topic |
saúde sexual planeamento familiar contraceção comportamentos de risco |
description |
Introdução: Os adolescentes valorizam o aconselhamento os profissionais de saúde sobre métodos contracetivos e sexualidade como fonte de informação. Objetivos: Caracterizar o conhecimento dos adolescentes sobre sexualidade e a adesão às consultas de medicina do adolescente/planeamento familiar; avaliar diferenças no conhecimento sobre métodos contracetivos e comportamentos sexuais de risco no grupo que frequenta as consultas; analisar limitações na comunicação sobre sexualidade com profissionais de saúde. Material e métodos: Estudo transversal e observacional, com amostra não probabilística e intencional, constituída por adolescentes de duas escolas do centro do país, dividida em dois grupos etários: G1 (13-15A); G2 (16-19A). Após consentimento informado dos pais e participantes aplicou-se um instrumento de colheita de dados, assumindo-se nível de significância estatística quando p<0,05. Resultados: Incluídos 394 adolescentes, 276 (70%) do G1, 53% do sexo feminino avaliam os serviços de saúde como fonte de informação fidedigna. Frequentavam as consultas de medicina do adolescente/planeamento familiar 119 (30,8%), destes 61,3% do G1 (p=0,02) e 66,3% do sexo feminino (p=0,01). Consideram-se esclarecidos sobre métodos contracetivos 64,2%, sendo o grau de esclarecimento semelhante em G1 e G2, mas superior nas raparigas frequentadoras das consultas (p=0,03). Iniciaram relações sexuais 21,1%, com mediana da idade de início de 15A, superior à dos adolescentes do G1 não frequentadores das consultas de medicina do adolescente/planeamento familiar (p=0,007). Em 32,8% dos adolescentes sexualmente ativos existiram relações sexuais desprotegidas, sobretudo no G2, e 8 não usavam habitualmente métodos contracetivos, sem diferença quanto à frequência das consultas. “A falta de abertura por parte dos profissionais, medo de serem mal interpretados e medo de que o profissional de saúde quebre a confidencialidade” foram os fatores mais frequentemente apontados como limitantes na comunicação com os profissionais de saúde. Discussão/Conclusão: Frequentavam as consultas de medicina do adolescente/planeamento familiar 30,8%, com predomínio do G1 e sexo feminino, com idade mais tardia da primeira relação sexual e a registar melhor esclarecimento sobre métodos contracetivos, respetivamente. Os fatores apontados como limitantes da comunicação com profissionais de saúde salientam a necessidade destes, a par dos cuidados de saúde preventivos, rastreio de comportamentos de risco e aconselhamento sobre saúde sexual, adotarem estratégias eficazes de comunicação com os adolescentes. |
publishDate |
2022 |
dc.date.none.fl_str_mv |
2022-12-22 |
dc.type.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/article info:eu-repo/semantics/publishedVersion |
format |
article |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
https://ojs.brazilianjournals.com.br/ojs/index.php/BJHR/article/view/55642 10.34119/bjhrv5n6-254 |
url |
https://ojs.brazilianjournals.com.br/ojs/index.php/BJHR/article/view/55642 |
identifier_str_mv |
10.34119/bjhrv5n6-254 |
dc.language.iso.fl_str_mv |
por |
language |
por |
dc.relation.none.fl_str_mv |
https://ojs.brazilianjournals.com.br/ojs/index.php/BJHR/article/view/55642/40942 |
dc.rights.driver.fl_str_mv |
Copyright (c) 2022 Brazilian Journal of Health Review info:eu-repo/semantics/openAccess |
rights_invalid_str_mv |
Copyright (c) 2022 Brazilian Journal of Health Review |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.format.none.fl_str_mv |
application/pdf |
dc.publisher.none.fl_str_mv |
Brazilian Journals Publicações de Periódicos e Editora Ltda. |
publisher.none.fl_str_mv |
Brazilian Journals Publicações de Periódicos e Editora Ltda. |
dc.source.none.fl_str_mv |
Brazilian Journal of Health Review; Vol. 5 No. 6 (2022); 25120-25138 Brazilian Journal of Health Review; v. 5 n. 6 (2022); 25120-25138 2595-6825 reponame:Brazilian Journal of Health Review instname:Federação das Indústrias do Estado do Paraná (FIEP) instacron:BJRH |
instname_str |
Federação das Indústrias do Estado do Paraná (FIEP) |
instacron_str |
BJRH |
institution |
BJRH |
reponame_str |
Brazilian Journal of Health Review |
collection |
Brazilian Journal of Health Review |
repository.name.fl_str_mv |
Brazilian Journal of Health Review - Federação das Indústrias do Estado do Paraná (FIEP) |
repository.mail.fl_str_mv |
|| brazilianjhr@gmail.com |
_version_ |
1797240080604069888 |