Sofrimento na vigilância prisional: o trabalho e a atenção em saúde mental

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Rumin,Cassiano Ricardo
Data de Publicação: 2006
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Psicologia (Conselho Federal de Psicologia. Online)
Texto Completo: http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1414-98932006000400005
Resumo: Neste trabalho, apresentaremos uma caracterização das condições de trabalho dos agentes de segurança penitenciária (ASPs) e uma intervenção que culminou com a constituição de um espaço para o acolhimento do sofrimento psíquico dos trabalhadores. Realizamos trinta entrevistas semidirigidas individuais com ASPs de uma unidade prisional de regime fechado. O discurso dos ASPs apontou as seguintes situações ansiogênicas: risco constante de exposição à violência física no cotidiano prisional, temor em relação à segurança de seus familiares, exposição a doenças como tuberculose, hepatite C e HIV, percepção da degradação da saúde mental, trabalho monótono e sensação de enclausuramento em algumas funções, representação social pejorativa desse trabalho pela comunidade, baixa remuneração e restrição dos serviços de saúde oferecidos aos ASPs e seus dependentes. Após o reconhecimento dos determinantes de agravo à saúde, organizamos um espaço de escuta aos trabalhadores com a participação de graduandos que realizavam estágio profissionalizante em Psicologia. Esse espaço evoluiu da mobilização subjetiva para o enfrentamento das dinâmicas disciplinares institucionais às dinâmicas afetivas dos trabalhadores e ofereceu acolhida ao seu sofrimento, tendo sido organizado numa modalidade de atenção emergencial em saúde mental e em encontros individuais com os trabalhadores.
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