O Delicado Manejo da Transferência em Paciente de Difícil Acesso
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Data de Publicação: | 2015 |
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Título da fonte: | Psicologia (Conselho Federal de Psicologia. Online) |
Texto Completo: | http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1414-98932015000401074 |
Resumo: | Resumo A transferência constitui um acervo de experiências emocionais revividas pelo paciente com o analista. Em pacientes de difícil acesso, as manifestações transferenciais costumam ser intensas e imprevisíveis. Este artigo tem por objetivo analisar algumas vivências transferenciais de uma paciente de 29 anos durante seu atendimento psicoterápico em um serviço-escola de Psicologia. Utilizou-se como estratégia metodológica o estudo de caso e o enfoque psicanalítico para análise dos dados. Durante o processo terapêutico em questão, o vínculo era constantemente atacado por defesas paranoides e por manifestações de angústia, que interrompiam o fluxo associativo, por vezes recuperado mediante a continência afetiva do terapeuta. Do ponto de vista transferencial, notou-se que a permanência do contato analítico desestabilizava os padrões de pensamento e condutas defensivas da paciente, o que suscitava-lhe o sentimento de que parte de seu mundo interno estava desorganizado. Em vários momentos, a paciente sinalizou estar incomodada com as interpretações. Conclui-se que, frente à potencial desorganização do mundo interno, as possibilidades interpretativas advindas da transferência devem ser manejadas com cautela pelo psicoterapeuta, para que não intensifiquem estados primitivos de fragmentação egoica. |
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