Geologia e recursos minerais da folha Bonhu: SB.24-X-A-V

• Autor(a) principal: CALADO, Bruno de Oliveira
• Data de Publicação: 2017
• Tipo de documento: Relatório
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional de Geociências - RIGEO
• Texto Completo: https://rigeo.cprm.gov.br/handle/doc/19023
• topic: RECURSOS MINERAIS; GEOLOGIA REGIONAL; PETROLOGIA; ESTRATIGRAFIA; PROSPECÇÃO GEOQUÍMICA; GEOTECTÔNICA; SB.24-X-A-V; CEARÁ; BONHU; ESCALA 1:100.000

Este trabalho apresenta a nota explicativa da carta geológica da folha Bonhu (SB.24- X-A-V), na escala 1:100.000, integrante do Programa Geológicos do Brasil – PGB, em execução pelo Serviço Geológico do Brasil – CPRM, com recursos do Programa de Aceleração ao Crescimento – PAC, do Governo Federal. A folha é limitada pelos meridianos 38º00´ - 38º30´W e paralelos 4º30´ - 5º00´S e situa-se na região semiárida do Nordeste do Brasil, porção nordeste do Estado do Ceará. É constituída dominantemente por rochas pré-cambrianas da Província Borborema, sendo recobertas por coberturas sedimentares de idades paleogenas/ neógenas e quaternárias. A área pré-cambriana foi dividida em domínios tectono-estratigraficos, limitados por expressivas zonas de cisalhamentos neoproterozoicas, denominada Senador Pompeu e Orós-Jaguaribe, de cinemática transpressiva dextral, e que limita os domínios Ceará Central (noroeste) e Orós-Jaguaribe (sudeste). O Domínio Ceará Central compreende um embasamento paleoproterozoico, assim como o domínio Orós-Jaguaribe, sendo este ultimo coberto por uma sequencia metavulcanossedimentar associada com ortognaisses porfiríticos, depositados em sistema tipo rifte continental, de idade mesoproterozoica (Grupo Orós). Este embasamento apresenta indícios de migmatização durante o Ciclo Transamazônico, enquanto as supracrustais só foram deformadas no Ciclo Brasiliano. A orogênese brasiliana afetou todos os terrenos através de um evento colisional com importante plutonismo granítico, formando suítes colocadas nos estágios sin a tardi tectônicas. Os principais bens minerais cadastrados em campo foram classificados segundo sua tipologia genética em: (i) depósitos de manganês metamórfico, intercalado na sequencia paraderivada do Complexo Jaguaretama; (ii) depósitos magmáticos pegmatíticos, associado a evolução final do plutonismo granítico no neoproterozoico, e (iii) bens minerais empregados na construção civil e na indústria, como areia, argila e granito.