Dez anos de epidemia de esporotricose no estado do Rio de Janeiro: estudo clínicoepidemiológico e terapêutico dos casos atendidos no Instituto de Pesquisa Clínica Evandro Chagas entre 2005-2008

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Freitas, Dayvison Francis Saraiva
Data de Publicação: 2009
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA)
Texto Completo: https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/27881
Resumo: A esporotricose sob forma de zoonose é rara. Entretanto, desde 1998, está ocorrendo em áreas carentes do município do Rio de Janeiro e arredores, a maior epidemia mundial zoonótica de esporotricose transmitida pelo gato. Desde o início da epidemia o Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas/Fiocruz foi o único centro estruturado de atendimento clínico, laboratorial e fornecimento de tratamento gratuito no estado, o que pode refletir os casos do Rio de Janeiro. Foram estudados 759 casos no período de 1998 a 2004 e observadas, além das formas clínicas clássicas de esporotricose (linfocutânea, cutânea fixa), formas pouco usuais como cutânea disseminada, acometimento de mucosa conjuntival e manifestações de hipersensibilidade, como eritema nodoso e eritema multiforme. Este estudo teve como objetivo avaliar clínica, epidemiológica e evolutivamente os pacientes com esporotricose cujo diagnóstico foi realizado por isolamento do fungo em cultivo e com primeiro atendimento entre janeiro de 2005 e dezembro de 2008 Foram avaliados 804 pacientes sendo que 49,0% eram provenientes do município do Rio de Janeiro (de bairros das zonas norte e oeste da capital) e o restante principalmente de Duque de Caxias, São João de Meriti, Nova Iguaçu, Nilópolis e Mesquita. A coinfecção pelo HIV ocorreu em 1,7% dos casos. As mulheres entre a 4ª e a 6ª década de vida e com atividades domésticas foram a principal população afetada e o contato com o gato doente ocorreu em 86,7% dos pacientes. Os gatos tiveram destino inadequado por parte de seus donos em 71,0%dos casos. A forma clínica linfocutânea ocorreu em 65,8% dos pacientes, a fixa em 25,4%, cutânea disseminada em 7,2% e disseminada em 1,5%, sendo a mucosa conjuntival o principal foco extracutâneo. Os membros superiores foram o segmento do corpo mais afetado. As principais manifestações inflamatórias foram artralgia (29,6%), eritema nodoso e eritema multiforme. Excetuando esta última, estiveram associadas ao gênero feminino. Houve cura de 718 (89,3%) pacientes, 90 (11,2%) por cura espontânea Os dois principaisfármacos utilizados (itraconazol 100mg/dia e terbinafina 250mg/dia) apresentaram taxas decura acima de 80,0%, com duração média de uso de 12,0 e 13,4 semanas, respectivamente. Crioterapia foi utilizada como terapia adjuvante em 53 (6,6%) pacientes, com bons resultados. Durante o tratamento, seis pacientes foram hospitalizados e destes, dois (0,2%) foram a óbito. Em relação ao seguimento, a recidiva ocorreu em 13 (1,6%) e houve abandono por 73 (9,1%) pacientes. Conclui-se que a esporotricose de transmissão zoonótica no Rio de Janeiro manteve o mesmo padrão epidemiológico, sócio-demográfico e clínico, quando comparado aos anos anteriores. Entretanto observa-se um crescimento médio anual de 85,0% dos casos, assim como uma ascensão na população com infecção pelo HIV. Atribuem-se estes incrementos a um programa ineficaz para controle da esporotricose felina.
id CRUZ_29a3cbc2287cf70f4bc08ada61bf0475
oai_identifier_str oai:www.arca.fiocruz.br:icict/27881
network_acronym_str CRUZ
network_name_str Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA)
repository_id_str 2135
spelling Freitas, Dayvison Francis SaraivaGalhardo, Maria Clara GutierrezValle, Antonio Carlos Francesconi do2018-08-06T13:14:56Z2018-08-06T13:14:56Z2009FREITAS, Dayvison Francis Saraiva. Dez anos de epidemia de esporotricose no estado do Rio de Janeiro: estudo clínico-epidemiológico e terapêutico dos casos atendidos no Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas entre 2005-2008. 2009. 75 f. Dissertação (Mestrado em Pesquisa Clínica em Doenças Infecciosas)-Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas, Fundação Oswaldo Cruz, Rio de Janeiro, 2009.https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/27881A esporotricose sob forma de zoonose é rara. Entretanto, desde 1998, está ocorrendo em áreas carentes do município do Rio de Janeiro e arredores, a maior epidemia mundial zoonótica de esporotricose transmitida pelo gato. Desde o início da epidemia o Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas/Fiocruz foi o único centro estruturado de atendimento clínico, laboratorial e fornecimento de tratamento gratuito no estado, o que pode refletir os casos do Rio de Janeiro. Foram estudados 759 casos no período de 1998 a 2004 e observadas, além das formas clínicas clássicas de esporotricose (linfocutânea, cutânea fixa), formas pouco usuais como cutânea disseminada, acometimento de mucosa conjuntival e manifestações de hipersensibilidade, como eritema nodoso e eritema multiforme. Este estudo teve como objetivo avaliar clínica, epidemiológica e evolutivamente os pacientes com esporotricose cujo diagnóstico foi realizado por isolamento do fungo em cultivo e com primeiro atendimento entre janeiro de 2005 e dezembro de 2008 Foram avaliados 804 pacientes sendo que 49,0% eram provenientes do município do Rio de Janeiro (de bairros das zonas norte e oeste da capital) e o restante principalmente de Duque de Caxias, São João de Meriti, Nova Iguaçu, Nilópolis e Mesquita. A coinfecção pelo HIV ocorreu em 1,7% dos casos. As mulheres entre a 4ª e a 6ª década de vida e com atividades domésticas foram a principal população afetada e o contato com o gato doente ocorreu em 86,7% dos pacientes. Os gatos tiveram destino inadequado por parte de seus donos em 71,0%dos casos. A forma clínica linfocutânea ocorreu em 65,8% dos pacientes, a fixa em 25,4%, cutânea disseminada em 7,2% e disseminada em 1,5%, sendo a mucosa conjuntival o principal foco extracutâneo. Os membros superiores foram o segmento do corpo mais afetado. As principais manifestações inflamatórias foram artralgia (29,6%), eritema nodoso e eritema multiforme. Excetuando esta última, estiveram associadas ao gênero feminino. Houve cura de 718 (89,3%) pacientes, 90 (11,2%) por cura espontânea Os dois principaisfármacos utilizados (itraconazol 100mg/dia e terbinafina 250mg/dia) apresentaram taxas decura acima de 80,0%, com duração média de uso de 12,0 e 13,4 semanas, respectivamente. Crioterapia foi utilizada como terapia adjuvante em 53 (6,6%) pacientes, com bons resultados. Durante o tratamento, seis pacientes foram hospitalizados e destes, dois (0,2%) foram a óbito. Em relação ao seguimento, a recidiva ocorreu em 13 (1,6%) e houve abandono por 73 (9,1%) pacientes. Conclui-se que a esporotricose de transmissão zoonótica no Rio de Janeiro manteve o mesmo padrão epidemiológico, sócio-demográfico e clínico, quando comparado aos anos anteriores. Entretanto observa-se um crescimento médio anual de 85,0% dos casos, assim como uma ascensão na população com infecção pelo HIV. Atribuem-se estes incrementos a um programa ineficaz para controle da esporotricose felina.Zoonotic sporotrichosis is rare. However, since 1998, it has been reported the biggest cat-transmitted zoonotic sporotrichosis epidemic in the deprived metropolitan area of Rio de Janeiro. Since the beginning Evandro Chagas Clinical Research Institute, Oswaldo Cruz Foundation was unique in offering free clinical, laboratorial and treatment support in the state, thus reflecting the cases in Rio de Janeiro. Between 1998 and 2004 there have been 759 cases and the observed clinical picture comprised the classic forms of sporotrichosis (lymphocutaneous and cutaneous fixed) and also less usual forms like the disseminated cutaneous, conjunctival mucosa and hypersensitivity manifestations, as erythema nodosum and erythema multiforme. The aim of this study was to evaluate clinical, epidemiological and evolutive aspects of the patients with culture-proven sporotrichosis and first attended between January 2005 and December 2008. A total of 804 patients were evaluated, 49.0% came from the city of Rio de Janeiro (districts of the north and west zones of the city) and the others mainly from Duque de Caxias, São João de Meriti, Nova Iguaçu, Nilópolis and Mesquita. HIV coinfection occurred in 1.7% of the cases. Women between the 4th and the 6th decade of life and with in-house activities were the most affected population and the contact with sick cats occurred in 86.7% of the patients. Cats had inappropriate destination by their owners in 71.0% of the cases The lymphocutaneous aspect occurred in 65.8% of the patients, the fixed in 25.4%, disseminated cutaneous in 7.2% and the disseminated in 1.5% with the conjunctival mucosa as the main extracutaneous site. Upper limbs were the most affected site of the body. The main inflammatory manifestations were arthralgia (29.6%), erythema nodosum and erythema multiforme which, with the exception of this last, had been associated with the female gender. The cure was achieved in 718 (89.3%) patients, 90 (11.2%) by spontaneous cure. The two main used drugs (itraconazole 100mg/day and terbinafine 250mg/day) presented cure taxes above 80.0% with mean use duration of 12.0 and 13.4 weeks, respectively. Cryotherapy was used as adjuvant therapy in 53 (6.6%) patients, with good results. During treatment six patients were hospitalized and among these two (0.2%) died. In relation to the follow up, the return of lesions occurred in 13 (1.6%) and the lost by 73 (9.1%) patients. It can be concluded that the zoonotic transmission of sporotrichosis in Rio de Janeiro kept the same epidemiological, social-demographic and clinical pattern, when compared with the previous years. Meanwhile an 85.0% mean annual rising of the cases and an increase among the HIV infected population were observed. These increments can be attributed to an inefficient feline sporotrichosis control program.Fundação Oswaldo Cruz. Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.porEsporotricoseTerapiaTransmissãoZoonosesEpidemiologiaDez anos de epidemia de esporotricose no estado do Rio de Janeiro: estudo clínicoepidemiológico e terapêutico dos casos atendidos no Instituto de Pesquisa Clínica Evandro Chagas entre 2005-2008info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesis2009Instituto Nacional de Infectologia Evandro ChagasFundação Oswaldo CruzRio de JaneiroPrograma de Pós-Graduação em Pesquisa Clínica em Doenças Infecciosasinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA)instname:Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ)instacron:FIOCRUZLICENSElicense.txttext/plain1748https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/27881/1/license.txt8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33MD51ORIGINALdayvison_f_s_freitas_ipec_pcdi_mest_2009.pdfdayvison_f_s_freitas_ipec_pcdi_mest_2009.pdfapplication/pdf1724615https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/27881/2/dayvison_f_s_freitas_ipec_pcdi_mest_2009.pdff268b77a7b343439c8d84939068b8dd9MD52TEXTdayvison_f_s_freitas_ipec_pcdi_mest_2009.pdf.txtdayvison_f_s_freitas_ipec_pcdi_mest_2009.pdf.txtExtracted texttext/plain137199https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/27881/3/dayvison_f_s_freitas_ipec_pcdi_mest_2009.pdf.txtb71f7853ac639f0327704fc339fb5529MD53icict/278812018-08-15 03:51:18.701oai:www.arca.fiocruz.br:icict/27881Tk9URTogUExBQ0UgWU9VUiBPV04gTElDRU5TRSBIRVJFClRoaXMgc2FtcGxlIGxpY2Vuc2UgaXMgcHJvdmlkZWQgZm9yIGluZm9ybWF0aW9uYWwgcHVycG9zZXMgb25seS4KCk5PTi1FWENMVVNJVkUgRElTVFJJQlVUSU9OIExJQ0VOU0UKCkJ5IHNpZ25pbmcgYW5kIHN1Ym1pdHRpbmcgdGhpcyBsaWNlbnNlLCB5b3UgKHRoZSBhdXRob3Iocykgb3IgY29weXJpZ2h0Cm93bmVyKSBncmFudHMgdG8gRFNwYWNlIFVuaXZlcnNpdHkgKERTVSkgdGhlIG5vbi1leGNsdXNpdmUgcmlnaHQgdG8gcmVwcm9kdWNlLAp0cmFuc2xhdGUgKGFzIGRlZmluZWQgYmVsb3cpLCBhbmQvb3IgZGlzdHJpYnV0ZSB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gKGluY2x1ZGluZwp0aGUgYWJzdHJhY3QpIHdvcmxkd2lkZSBpbiBwcmludCBhbmQgZWxlY3Ryb25pYyBmb3JtYXQgYW5kIGluIGFueSBtZWRpdW0sCmluY2x1ZGluZyBidXQgbm90IGxpbWl0ZWQgdG8gYXVkaW8gb3IgdmlkZW8uCgpZb3UgYWdyZWUgdGhhdCBEU1UgbWF5LCB3aXRob3V0IGNoYW5naW5nIHRoZSBjb250ZW50LCB0cmFuc2xhdGUgdGhlCnN1Ym1pc3Npb24gdG8gYW55IG1lZGl1bSBvciBmb3JtYXQgZm9yIHRoZSBwdXJwb3NlIG9mIHByZXNlcnZhdGlvbi4KCllvdSBhbHNvIGFncmVlIHRoYXQgRFNVIG1heSBrZWVwIG1vcmUgdGhhbiBvbmUgY29weSBvZiB0aGlzIHN1Ym1pc3Npb24gZm9yCnB1cnBvc2VzIG9mIHNlY3VyaXR5LCBiYWNrLXVwIGFuZCBwcmVzZXJ2YXRpb24uCgpZb3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgdGhlIHN1Ym1pc3Npb24gaXMgeW91ciBvcmlnaW5hbCB3b3JrLCBhbmQgdGhhdCB5b3UgaGF2ZQp0aGUgcmlnaHQgdG8gZ3JhbnQgdGhlIHJpZ2h0cyBjb250YWluZWQgaW4gdGhpcyBsaWNlbnNlLiBZb3UgYWxzbyByZXByZXNlbnQKdGhhdCB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gZG9lcyBub3QsIHRvIHRoZSBiZXN0IG9mIHlvdXIga25vd2xlZGdlLCBpbmZyaW5nZSB1cG9uCmFueW9uZSdzIGNvcHlyaWdodC4KCklmIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uIGNvbnRhaW5zIG1hdGVyaWFsIGZvciB3aGljaCB5b3UgZG8gbm90IGhvbGQgY29weXJpZ2h0LAp5b3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgeW91IGhhdmUgb2J0YWluZWQgdGhlIHVucmVzdHJpY3RlZCBwZXJtaXNzaW9uIG9mIHRoZQpjb3B5cmlnaHQgb3duZXIgdG8gZ3JhbnQgRFNVIHRoZSByaWdodHMgcmVxdWlyZWQgYnkgdGhpcyBsaWNlbnNlLCBhbmQgdGhhdApzdWNoIHRoaXJkLXBhcnR5IG93bmVkIG1hdGVyaWFsIGlzIGNsZWFybHkgaWRlbnRpZmllZCBhbmQgYWNrbm93bGVkZ2VkCndpdGhpbiB0aGUgdGV4dCBvciBjb250ZW50IG9mIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uLgoKSUYgVEhFIFNVQk1JU1NJT04gSVMgQkFTRUQgVVBPTiBXT1JLIFRIQVQgSEFTIEJFRU4gU1BPTlNPUkVEIE9SIFNVUFBPUlRFRApCWSBBTiBBR0VOQ1kgT1IgT1JHQU5JWkFUSU9OIE9USEVSIFRIQU4gRFNVLCBZT1UgUkVQUkVTRU5UIFRIQVQgWU9VIEhBVkUKRlVMRklMTEVEIEFOWSBSSUdIVCBPRiBSRVZJRVcgT1IgT1RIRVIgT0JMSUdBVElPTlMgUkVRVUlSRUQgQlkgU1VDSApDT05UUkFDVCBPUiBBR1JFRU1FTlQuCgpEU1Ugd2lsbCBjbGVhcmx5IGlkZW50aWZ5IHlvdXIgbmFtZShzKSBhcyB0aGUgYXV0aG9yKHMpIG9yIG93bmVyKHMpIG9mIHRoZQpzdWJtaXNzaW9uLCBhbmQgd2lsbCBub3QgbWFrZSBhbnkgYWx0ZXJhdGlvbiwgb3RoZXIgdGhhbiBhcyBhbGxvd2VkIGJ5IHRoaXMKbGljZW5zZSwgdG8geW91ciBzdWJtaXNzaW9uLgo=Repositório InstitucionalPUBhttps://www.arca.fiocruz.br/oai/requestrepositorio.arca@fiocruz.bropendoar:21352018-08-15T06:51:18Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA) - Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ)false
dc.title.pt_BR.fl_str_mv Dez anos de epidemia de esporotricose no estado do Rio de Janeiro: estudo clínicoepidemiológico e terapêutico dos casos atendidos no Instituto de Pesquisa Clínica Evandro Chagas entre 2005-2008
title Dez anos de epidemia de esporotricose no estado do Rio de Janeiro: estudo clínicoepidemiológico e terapêutico dos casos atendidos no Instituto de Pesquisa Clínica Evandro Chagas entre 2005-2008
spellingShingle Dez anos de epidemia de esporotricose no estado do Rio de Janeiro: estudo clínicoepidemiológico e terapêutico dos casos atendidos no Instituto de Pesquisa Clínica Evandro Chagas entre 2005-2008
Freitas, Dayvison Francis Saraiva
Esporotricose
Terapia
Transmissão
Zoonoses
Epidemiologia
title_short Dez anos de epidemia de esporotricose no estado do Rio de Janeiro: estudo clínicoepidemiológico e terapêutico dos casos atendidos no Instituto de Pesquisa Clínica Evandro Chagas entre 2005-2008
title_full Dez anos de epidemia de esporotricose no estado do Rio de Janeiro: estudo clínicoepidemiológico e terapêutico dos casos atendidos no Instituto de Pesquisa Clínica Evandro Chagas entre 2005-2008
title_fullStr Dez anos de epidemia de esporotricose no estado do Rio de Janeiro: estudo clínicoepidemiológico e terapêutico dos casos atendidos no Instituto de Pesquisa Clínica Evandro Chagas entre 2005-2008
title_full_unstemmed Dez anos de epidemia de esporotricose no estado do Rio de Janeiro: estudo clínicoepidemiológico e terapêutico dos casos atendidos no Instituto de Pesquisa Clínica Evandro Chagas entre 2005-2008
title_sort Dez anos de epidemia de esporotricose no estado do Rio de Janeiro: estudo clínicoepidemiológico e terapêutico dos casos atendidos no Instituto de Pesquisa Clínica Evandro Chagas entre 2005-2008
author Freitas, Dayvison Francis Saraiva
author_facet Freitas, Dayvison Francis Saraiva
author_role author
dc.contributor.author.fl_str_mv Freitas, Dayvison Francis Saraiva
dc.contributor.advisor1.fl_str_mv Galhardo, Maria Clara Gutierrez
Valle, Antonio Carlos Francesconi do
contributor_str_mv Galhardo, Maria Clara Gutierrez
Valle, Antonio Carlos Francesconi do
dc.subject.other.pt_BR.fl_str_mv Esporotricose
Terapia
Transmissão
Zoonoses
Epidemiologia
topic Esporotricose
Terapia
Transmissão
Zoonoses
Epidemiologia
description A esporotricose sob forma de zoonose é rara. Entretanto, desde 1998, está ocorrendo em áreas carentes do município do Rio de Janeiro e arredores, a maior epidemia mundial zoonótica de esporotricose transmitida pelo gato. Desde o início da epidemia o Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas/Fiocruz foi o único centro estruturado de atendimento clínico, laboratorial e fornecimento de tratamento gratuito no estado, o que pode refletir os casos do Rio de Janeiro. Foram estudados 759 casos no período de 1998 a 2004 e observadas, além das formas clínicas clássicas de esporotricose (linfocutânea, cutânea fixa), formas pouco usuais como cutânea disseminada, acometimento de mucosa conjuntival e manifestações de hipersensibilidade, como eritema nodoso e eritema multiforme. Este estudo teve como objetivo avaliar clínica, epidemiológica e evolutivamente os pacientes com esporotricose cujo diagnóstico foi realizado por isolamento do fungo em cultivo e com primeiro atendimento entre janeiro de 2005 e dezembro de 2008 Foram avaliados 804 pacientes sendo que 49,0% eram provenientes do município do Rio de Janeiro (de bairros das zonas norte e oeste da capital) e o restante principalmente de Duque de Caxias, São João de Meriti, Nova Iguaçu, Nilópolis e Mesquita. A coinfecção pelo HIV ocorreu em 1,7% dos casos. As mulheres entre a 4ª e a 6ª década de vida e com atividades domésticas foram a principal população afetada e o contato com o gato doente ocorreu em 86,7% dos pacientes. Os gatos tiveram destino inadequado por parte de seus donos em 71,0%dos casos. A forma clínica linfocutânea ocorreu em 65,8% dos pacientes, a fixa em 25,4%, cutânea disseminada em 7,2% e disseminada em 1,5%, sendo a mucosa conjuntival o principal foco extracutâneo. Os membros superiores foram o segmento do corpo mais afetado. As principais manifestações inflamatórias foram artralgia (29,6%), eritema nodoso e eritema multiforme. Excetuando esta última, estiveram associadas ao gênero feminino. Houve cura de 718 (89,3%) pacientes, 90 (11,2%) por cura espontânea Os dois principaisfármacos utilizados (itraconazol 100mg/dia e terbinafina 250mg/dia) apresentaram taxas decura acima de 80,0%, com duração média de uso de 12,0 e 13,4 semanas, respectivamente. Crioterapia foi utilizada como terapia adjuvante em 53 (6,6%) pacientes, com bons resultados. Durante o tratamento, seis pacientes foram hospitalizados e destes, dois (0,2%) foram a óbito. Em relação ao seguimento, a recidiva ocorreu em 13 (1,6%) e houve abandono por 73 (9,1%) pacientes. Conclui-se que a esporotricose de transmissão zoonótica no Rio de Janeiro manteve o mesmo padrão epidemiológico, sócio-demográfico e clínico, quando comparado aos anos anteriores. Entretanto observa-se um crescimento médio anual de 85,0% dos casos, assim como uma ascensão na população com infecção pelo HIV. Atribuem-se estes incrementos a um programa ineficaz para controle da esporotricose felina.
publishDate 2009
dc.date.issued.fl_str_mv 2009
dc.date.accessioned.fl_str_mv 2018-08-06T13:14:56Z
dc.date.available.fl_str_mv 2018-08-06T13:14:56Z
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/masterThesis
format masterThesis
status_str publishedVersion
dc.identifier.citation.fl_str_mv FREITAS, Dayvison Francis Saraiva. Dez anos de epidemia de esporotricose no estado do Rio de Janeiro: estudo clínico-epidemiológico e terapêutico dos casos atendidos no Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas entre 2005-2008. 2009. 75 f. Dissertação (Mestrado em Pesquisa Clínica em Doenças Infecciosas)-Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas, Fundação Oswaldo Cruz, Rio de Janeiro, 2009.
dc.identifier.uri.fl_str_mv https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/27881
identifier_str_mv FREITAS, Dayvison Francis Saraiva. Dez anos de epidemia de esporotricose no estado do Rio de Janeiro: estudo clínico-epidemiológico e terapêutico dos casos atendidos no Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas entre 2005-2008. 2009. 75 f. Dissertação (Mestrado em Pesquisa Clínica em Doenças Infecciosas)-Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas, Fundação Oswaldo Cruz, Rio de Janeiro, 2009.
url https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/27881
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA)
instname:Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ)
instacron:FIOCRUZ
instname_str Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ)
instacron_str FIOCRUZ
institution FIOCRUZ
reponame_str Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA)
collection Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA)
bitstream.url.fl_str_mv https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/27881/1/license.txt
https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/27881/2/dayvison_f_s_freitas_ipec_pcdi_mest_2009.pdf
https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/27881/3/dayvison_f_s_freitas_ipec_pcdi_mest_2009.pdf.txt
bitstream.checksum.fl_str_mv 8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33
f268b77a7b343439c8d84939068b8dd9
b71f7853ac639f0327704fc339fb5529
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv MD5
MD5
MD5
repository.name.fl_str_mv Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA) - Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ)
repository.mail.fl_str_mv repositorio.arca@fiocruz.br
_version_ 1798324895244877824