Eventos adversos na unidade de terapia intensiva neonatal e sua interferência no óbito neonatal precoce

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Lanzillotti, Luciana da Silva
Data de Publicação: 2015
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA)
Texto Completo: https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/12847
Resumo: A mortalidade neonatal precoce é o componente da mortalidade infantil responsável por mais de 50 por cento dos óbitos ocorridos no primeiro ano de vida, e se relaciona com assistência pré-natal, parto e recém-nascido (RN). O estudo objetivou analisar os eventos adversos (EA) presentes nas unidades de terapia intensiva neonatal (UTIN) mediante revisão da literatura nacional e internacional, e análise dos dados do sistema de notificação brasileiro de eventos adversos, bem como estudar a influência dos EA no óbito neonatal precoce, em uma maternidade pública do município do Rio de Janeiro. A tese foi escrita sob a forma de três artigos. No primeiro, mediante revisão sistemática, apresentaram-se os incidentes medicamentosos como os mais frequentes e as infecções de origem hospitalar como precursoras de danos de maior gravidade. No segundo artigo um estudo quantitativo, descritivo, retrospectivo, com análise de dados secundários fornecidos pelo Sistema de Notificação em Vigilância Sanitária (NOTIVISA), desde sua implantação em 2007 a setembro de 2013 , a análise dos EA relacionados aos RN e às UTIN notificados revelou problemas na qualidade e no manejo do cateter central de inserção periférica (PICC), e no uso de antibióticos e nitrato de prata. No terceiro artigo, um estudo do tipo caso-controle pareado com relação 1:2, de revisão retrospectiva de prontuários com o uso de rastreadores (triggers), avaliaram-se os EA ocorridos no período neonatal precoce em uma UTIN no município do Rio de Janeiro e sua associação com o óbito neonatal precoce. Identificou-se o EA Extubação não planejada com comprometimento respiratório e necessidade de reintubação associado ao óbito neonatal precoce. Ressalta-se a ocorrência de EA de maior gravidade nos RN que evoluíram para o óbito quando comparados aos sobreviventes. Recomenda-se o uso do rastreador hipotermia, devido à identificação de sua alta frequência e associação com a bradicardia. Entende-se que muitos EA podem não estar descritos nos prontuários, sendo recomendado o investimento também em estudos observacionais para maior aproximação da realidade vivenciada nas UTIN. Os RN mais acometidos por EA também são os mais vulneráveis, como os prematuros e os de menor peso ao nascimento. É pertinente enfatizar medidas preventivas no âmbito dos serviços: treinamento contínuo da equipe multiprofissional, implementação de sistema informatizado no processo de prescrição e diagnóstico, discussão das falhas ocorridas e padronização dos cuidados de saúde e incentivo à cultura de segurança do paciente. Acredita-se que tais medidas possam melhorar o cuidado dos RN, sobretudo no momento mais crítico, os primeiros seis dias vida. Sugere-se o aprimoramento do sistema de notificação de eventos adversos.
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spelling Lanzillotti, Luciana da SilvaDe Seta, Marismary Horsth2016-02-26T13:26:13Z2016-02-26T13:26:13Z2015LANZILLOTTI, Luciana da Silva. Eventos adversos na unidade de terapia intensiva neonatal e sua interferência no óbito neonatal precoce. 2015. 151 f. Tese (Doutorado em Saúde Pública) - Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca, Fundação Oswaldo Cruz, Rio de Janeiro, 2015.https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/12847A mortalidade neonatal precoce é o componente da mortalidade infantil responsável por mais de 50 por cento dos óbitos ocorridos no primeiro ano de vida, e se relaciona com assistência pré-natal, parto e recém-nascido (RN). O estudo objetivou analisar os eventos adversos (EA) presentes nas unidades de terapia intensiva neonatal (UTIN) mediante revisão da literatura nacional e internacional, e análise dos dados do sistema de notificação brasileiro de eventos adversos, bem como estudar a influência dos EA no óbito neonatal precoce, em uma maternidade pública do município do Rio de Janeiro. A tese foi escrita sob a forma de três artigos. No primeiro, mediante revisão sistemática, apresentaram-se os incidentes medicamentosos como os mais frequentes e as infecções de origem hospitalar como precursoras de danos de maior gravidade. No segundo artigo um estudo quantitativo, descritivo, retrospectivo, com análise de dados secundários fornecidos pelo Sistema de Notificação em Vigilância Sanitária (NOTIVISA), desde sua implantação em 2007 a setembro de 2013 , a análise dos EA relacionados aos RN e às UTIN notificados revelou problemas na qualidade e no manejo do cateter central de inserção periférica (PICC), e no uso de antibióticos e nitrato de prata. No terceiro artigo, um estudo do tipo caso-controle pareado com relação 1:2, de revisão retrospectiva de prontuários com o uso de rastreadores (triggers), avaliaram-se os EA ocorridos no período neonatal precoce em uma UTIN no município do Rio de Janeiro e sua associação com o óbito neonatal precoce. Identificou-se o EA Extubação não planejada com comprometimento respiratório e necessidade de reintubação associado ao óbito neonatal precoce. Ressalta-se a ocorrência de EA de maior gravidade nos RN que evoluíram para o óbito quando comparados aos sobreviventes. Recomenda-se o uso do rastreador hipotermia, devido à identificação de sua alta frequência e associação com a bradicardia. Entende-se que muitos EA podem não estar descritos nos prontuários, sendo recomendado o investimento também em estudos observacionais para maior aproximação da realidade vivenciada nas UTIN. Os RN mais acometidos por EA também são os mais vulneráveis, como os prematuros e os de menor peso ao nascimento. É pertinente enfatizar medidas preventivas no âmbito dos serviços: treinamento contínuo da equipe multiprofissional, implementação de sistema informatizado no processo de prescrição e diagnóstico, discussão das falhas ocorridas e padronização dos cuidados de saúde e incentivo à cultura de segurança do paciente. Acredita-se que tais medidas possam melhorar o cuidado dos RN, sobretudo no momento mais crítico, os primeiros seis dias vida. Sugere-se o aprimoramento do sistema de notificação de eventos adversos.Early neonatal mortality is the infant mortality component that accounts for over 50 percent of deaths in the first year of life, being related to prenatal care, childbirth and newborn (NB). The study aimed to analyze adverse events (AE) in neonatal intensive care units (NICU) by reviewing national and international literature, and analyzing data from Brazil's adverse event reporting system, as well as studying the influence of AE s in early neonatal death, in a public maternity hospital in Rio de Janeiro city. The thesis was written in the form of three articles. In the first, through systematic review, medical incidents were presented as most frequent, and hospital infections as precursors of most serious damage. In the second article - a quantitative, descriptive, retrospective study, with analysis of secondary data provided by the Sanitary Surveillance Reporting System (NOTIVISA), since its creation in 2007 to September 2013 - the analysis of AE related to NB s and notified NICU revealed problems in the quality and management of peripheral insertion central catheter (PICC), and the use of antibiotics and silver nitrate. In the third article, a case-control study paired with 1:2 ratio, retrospective review of medical records with use of trackers (triggers), evaluated AE s in early neonatal period in a NICU in Rio de January, and its association with early neonatal death. It identified the AE "unplanned extubation with respiratory compromise and need for reintubation" associated with early neonatal death. It is noteworthy the occurrence of more severe AE s in infants who had a fatal outcome compared to survivors. It is recommended to use the tracker "Hypothermia", due to the identification of its high frequency and association with bradycardia. It is understood that many AE s may not be described in the medical records, and it is also recommended investment in observational studies to further approximation of reality experienced in the NICU. The infants most affected by AE s are also the most vulnerable, such as premature and low birth weight. It should be emphasized preventive measures within services: ongoing training of the multidisciplinary team, computerized system in the prescription and diagnostic process, discussing faults and standardization of health care and encouraging tehe culture of the patient s safety. It is believed that these measures may improve the care of newborns, especially at the most critical moment, the first six days of life. Improvement of the adverse event reporting system is suggested.Fundação Oswaldo Cruz. Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.porUnidades de Terapia Intensiva NeonatalEvento AdversoÓbito neonatal precoceQualidade dos serviços de saúdeSegurança do PacienteSistema de Notificação de Eventos AdversosNeonatal Intensive Care UnitsAdverse EventEarly Neonatal DeathQuality of health servicesPatient’s SafetyAdverse Events Notification SystemUnidades de Terapia Intensiva NeonatalMortalidade Neonatal PrecoceQualidade da Assistência à SaúdeSegurança do PacienteMortalidade InfantilCoeficiente de Mortalidade InfantilEventos adversos na unidade de terapia intensiva neonatal e sua interferência no óbito neonatal precoceAdverse events in the neonatal intensive care unit and its interference in the early neonatal deathinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisEscola Nacional de Saúde Pública Sergio AroucaRio de Janeiro/RJPrograma de Pós-Graduação em Saúde PúblicaPrograma de Pós-Graduação em Saúde Públicainfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA)instname:Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ)instacron:FIOCRUZORIGINALve_Luciana_da_Silva_ENSP_2015application/pdf2328281https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/12847/1/ve_Luciana_da_Silva_ENSP_20152ac6752621a2a37c0287955cf661364fMD51LICENSElicense.txttext/plain1748https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/12847/2/license.txt8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33MD52TEXT97.pdf.txt97.pdf.txtExtracted texttext/plain295737https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/12847/3/97.pdf.txt79d28b48364257d4751d41331b86a1d2MD53ve_Luciana_da_Silva_ENSP_2015.txtve_Luciana_da_Silva_ENSP_2015.txtExtracted texttext/plain295737https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/12847/4/ve_Luciana_da_Silva_ENSP_2015.txt79d28b48364257d4751d41331b86a1d2MD54icict/128472023-01-19 14:00:45.511oai:www.arca.fiocruz.br:icict/12847Tk9URTogUExBQ0UgWU9VUiBPV04gTElDRU5TRSBIRVJFClRoaXMgc2FtcGxlIGxpY2Vuc2UgaXMgcHJvdmlkZWQgZm9yIGluZm9ybWF0aW9uYWwgcHVycG9zZXMgb25seS4KCk5PTi1FWENMVVNJVkUgRElTVFJJQlVUSU9OIExJQ0VOU0UKCkJ5IHNpZ25pbmcgYW5kIHN1Ym1pdHRpbmcgdGhpcyBsaWNlbnNlLCB5b3UgKHRoZSBhdXRob3Iocykgb3IgY29weXJpZ2h0Cm93bmVyKSBncmFudHMgdG8gRFNwYWNlIFVuaXZlcnNpdHkgKERTVSkgdGhlIG5vbi1leGNsdXNpdmUgcmlnaHQgdG8gcmVwcm9kdWNlLAp0cmFuc2xhdGUgKGFzIGRlZmluZWQgYmVsb3cpLCBhbmQvb3IgZGlzdHJpYnV0ZSB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gKGluY2x1ZGluZwp0aGUgYWJzdHJhY3QpIHdvcmxkd2lkZSBpbiBwcmludCBhbmQgZWxlY3Ryb25pYyBmb3JtYXQgYW5kIGluIGFueSBtZWRpdW0sCmluY2x1ZGluZyBidXQgbm90IGxpbWl0ZWQgdG8gYXVkaW8gb3IgdmlkZW8uCgpZb3UgYWdyZWUgdGhhdCBEU1UgbWF5LCB3aXRob3V0IGNoYW5naW5nIHRoZSBjb250ZW50LCB0cmFuc2xhdGUgdGhlCnN1Ym1pc3Npb24gdG8gYW55IG1lZGl1bSBvciBmb3JtYXQgZm9yIHRoZSBwdXJwb3NlIG9mIHByZXNlcnZhdGlvbi4KCllvdSBhbHNvIGFncmVlIHRoYXQgRFNVIG1heSBrZWVwIG1vcmUgdGhhbiBvbmUgY29weSBvZiB0aGlzIHN1Ym1pc3Npb24gZm9yCnB1cnBvc2VzIG9mIHNlY3VyaXR5LCBiYWNrLXVwIGFuZCBwcmVzZXJ2YXRpb24uCgpZb3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgdGhlIHN1Ym1pc3Npb24gaXMgeW91ciBvcmlnaW5hbCB3b3JrLCBhbmQgdGhhdCB5b3UgaGF2ZQp0aGUgcmlnaHQgdG8gZ3JhbnQgdGhlIHJpZ2h0cyBjb250YWluZWQgaW4gdGhpcyBsaWNlbnNlLiBZb3UgYWxzbyByZXByZXNlbnQKdGhhdCB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gZG9lcyBub3QsIHRvIHRoZSBiZXN0IG9mIHlvdXIga25vd2xlZGdlLCBpbmZyaW5nZSB1cG9uCmFueW9uZSdzIGNvcHlyaWdodC4KCklmIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uIGNvbnRhaW5zIG1hdGVyaWFsIGZvciB3aGljaCB5b3UgZG8gbm90IGhvbGQgY29weXJpZ2h0LAp5b3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgeW91IGhhdmUgb2J0YWluZWQgdGhlIHVucmVzdHJpY3RlZCBwZXJtaXNzaW9uIG9mIHRoZQpjb3B5cmlnaHQgb3duZXIgdG8gZ3JhbnQgRFNVIHRoZSByaWdodHMgcmVxdWlyZWQgYnkgdGhpcyBsaWNlbnNlLCBhbmQgdGhhdApzdWNoIHRoaXJkLXBhcnR5IG93bmVkIG1hdGVyaWFsIGlzIGNsZWFybHkgaWRlbnRpZmllZCBhbmQgYWNrbm93bGVkZ2VkCndpdGhpbiB0aGUgdGV4dCBvciBjb250ZW50IG9mIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uLgoKSUYgVEhFIFNVQk1JU1NJT04gSVMgQkFTRUQgVVBPTiBXT1JLIFRIQVQgSEFTIEJFRU4gU1BPTlNPUkVEIE9SIFNVUFBPUlRFRApCWSBBTiBBR0VOQ1kgT1IgT1JHQU5JWkFUSU9OIE9USEVSIFRIQU4gRFNVLCBZT1UgUkVQUkVTRU5UIFRIQVQgWU9VIEhBVkUKRlVMRklMTEVEIEFOWSBSSUdIVCBPRiBSRVZJRVcgT1IgT1RIRVIgT0JMSUdBVElPTlMgUkVRVUlSRUQgQlkgU1VDSApDT05UUkFDVCBPUiBBR1JFRU1FTlQuCgpEU1Ugd2lsbCBjbGVhcmx5IGlkZW50aWZ5IHlvdXIgbmFtZShzKSBhcyB0aGUgYXV0aG9yKHMpIG9yIG93bmVyKHMpIG9mIHRoZQpzdWJtaXNzaW9uLCBhbmQgd2lsbCBub3QgbWFrZSBhbnkgYWx0ZXJhdGlvbiwgb3RoZXIgdGhhbiBhcyBhbGxvd2VkIGJ5IHRoaXMKbGljZW5zZSwgdG8geW91ciBzdWJtaXNzaW9uLgo=Repositório InstitucionalPUBhttps://www.arca.fiocruz.br/oai/requestrepositorio.arca@fiocruz.bropendoar:21352023-01-19T17:00:45Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA) - Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ)false
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