As Redes Vivas na produção do acesso de usuários da área ribeirinha aos serviços de saúde mental no município de Parintins, Amazonas

• Autor(a) principal: Moura, Glenda Patrícia da Silva Vieira
• Data de Publicação: 2022
• Tipo de documento: Dissertação
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA)
• Texto Completo: https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/56488
• topic: Redes Vivas de saúde; Saúde mental; acesso ao serviço de saúde; Ribeirinhos – Amazonas; Living Health Networks; mental health; Access to health services; Ribeirinhos – Amazon; Serviços de Saúde; Saúde Mental; Saúde da População Rural

A Amazônia possui singularidades que constituem um desafio no que concerne à integração política, social e sanitária para o país. Na questão saúde, adaptar os modos de fazer saúde às necessidades deste contexto requer traçar estratégias, a nível de gestão, que sejam direcionadas ao contexto e às particularidades de cada local. Nesse contexto, a política de Saúde Mental também precisa ser analisada a partir das características do território, dos usuários e das questões étnicas e sociais. O interesse nesse tema foi motivado pela inquietação do tipo de cuidado de saúde mental da população no Amazonas, especialmente aos ribeirinhos. O objetivo geral dessa pesquisa foi compreender a produção de redes vivas na produção do acesso da população ribeirinha ao serviço de saúde mental no município de Parintins -Am. A ferramenta utilizada foi a escolha do usuário guia e teve como objetivo narrar o percurso e vivencias do indivíduo durante o uso do serviço de saúde e as redes vivas que possuem relação com sua conexão ao serviço de saúde. Esse estudo apontou que o Centro de Atenção Psicossocial (CAPS) Antônio Laurindo atua como protagonista no cuidado em saúde mental no município, criando estratégias para proporcionar assistência, mesmo em tempo de pandemia. Além do CAPS, outros serviços especializados atuam ofertando o serviço em casos específicos. O acesso se baseia na relação entre o período de cheia e seca dos rios, que impactam diretamente no tempo e custo para buscar o serviço, porém essas não se tornam barreiras de acesso. O usuário guia, protagonista do cuidado, traçou suas redes vivas formais e informais, que durante a busca por atendimento impactou direta ou indiretamente o cuidado. Por fim, esperamos que essa pesquisa proporcione reflexões e novos estudos acerca do acesso aos serviços de saúde mental para a população ribeirinha a fim de que o cuidado possa ser integral, acolhedor, respeitoso e inclusivo.