Distribuição espacial da leishmaniose visceral no estado do Piauí, no período de 2008-2012
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Data de Publicação: | 2015 |
Tipo de documento: | Dissertação |
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Título da fonte: | Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA) |
Texto Completo: | https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/24541 |
Resumo: | A leishmaniose visceral (LV) humana é a forma mais grave das leishmanioses, pois, quando não tratada, pode evoluir para óbito em mais de 90% dos casos, é uma doença de notificação compulsória e endêmica no Brasil. O Piauí é um estado endêmico para LV e está entre os estados brasileiros com maior número de casos da doença. A distribuição geográfica de agravos à saúde tem sido largamente avaliada em estudos epidemiológicos, incluindo nos relacionados à LV. O objetivo do presente estudo foi realizar a análise da distribuição espacial da LV no Piauí durante o período de 2008 a 2012. Foi realizado um estudo ecológico descritivo, com as características epidemiológicas dos casos novos de LV, enfatizando a análise espacial da doença segundo município de infecção. A pesquisa utilizou dados do Sistema de Informação de Agravos de Notificação e dados do censo demográfico 2010 e de estimativas intercensitárias do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Foi feita a descrição dos casos novos de LV e foram construídos mapas temáticos a partir do cálculo da média de casos novos de LV para os cinco anos de estudo e das taxas de incidência média anual bruta e suavizadas pelo método bayesiano global e local, por 100.000 habitantes. A pesquisa de autocorrelação espacial foi realizada através do cálculo dos índices de Moran global e local. No período de estudo foram notificados 990 casos segundo município de infecção, 858 (86,67%) eram casos novos e 87 (8,79%) tiveram o campo de preenchimento “tipo de entrada” como ignorado/branco. Teresina foi responsável por 33,80% dos casos do Piauí durante o período analisado, o estado apresentou uma taxa de incidência média bruta de 5,50 casos por 100 mil habitantes no período de estudo, com maior incidência registrada no ano de 2011 com 6,37 casos por 100 mil habitantes, enquanto Teresina apresentou maior taxa de incidência em 2008, com taxa de incidência anual 8,35 casos por 100 mil habitantes. Cerca de 2/3 dos casos eram de indivíduos residentes em área urbana e do sexo masculino, 44,38% dos casos ocorreram em menores de 10 anos de idade, a coinfecção HIV/LV foi vista em 12,24% e quase todos os casos foram autóctones do município de residência e notificados no próprio estado do Piauí. O estudo observou que 127 (56,70%) municípios piauienses apresentaram casos de LV no período e que a distribuição espacial dos municípios com as maiores médias de casos demonstra uma concentração em municípios mais populosos do estado, e mais da metade dos municípios com transmissão intensa da LV fazem fronteira com o Maranhão, além disso, as regiões centro e norte do estado apresentaram maior transmissão da doença com quase todos os municípios com casos no período. As taxas de incidência bruta e suavizada pelo método bayesiano global demonstraram falta de padrão espacial típico e baixo índice de Moran global, porém estatisticamente significativo (p<0,05). Através da análise da taxa de incidência suavizada pelo método bayesiano local foi possível observar áreas com maior incidência da doença e um aglomerado de municípios com elevada incidência, formando um corredor que vai do norte piauiense seguindo espacialmente pelo lado da fronteira com o Maranhão até a fronteira com a Bahia. Além disso, com o índice de Moran local e a taxa de incidência suavizada pelo método bayesiano local, foi possível a identificação das áreas com maior risco de adoecimento por LV e as áreas com menor incidência da doença no estado. Portanto, o conhecimento das características dos casos de LV no Piauí e a identificação de áreas do estado com maior risco de LV podem contribuir para o fornecimento de informações para o desenvolvimento de ações efetivas direcionadas ao controle e vigilância da LV. |
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Ferreira, Pablo Ricardo BarbosaWerneck, Guilherme Loureiro2018-02-01T13:24:59Z2018-02-01T13:24:59Z2015FERREIRA, Pablo Ricardo Barbosa. Distribuição espacial da leishmaniose visceral no estado do Piauí, no período de 2008-2012. 2015. 70 f. Dissertação (Mestrado em Epidemiologia em Saúde Pública) - Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca, Fundação Oswaldo Cruz, Rio de Janeiro, 2015.https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/24541A leishmaniose visceral (LV) humana é a forma mais grave das leishmanioses, pois, quando não tratada, pode evoluir para óbito em mais de 90% dos casos, é uma doença de notificação compulsória e endêmica no Brasil. O Piauí é um estado endêmico para LV e está entre os estados brasileiros com maior número de casos da doença. A distribuição geográfica de agravos à saúde tem sido largamente avaliada em estudos epidemiológicos, incluindo nos relacionados à LV. O objetivo do presente estudo foi realizar a análise da distribuição espacial da LV no Piauí durante o período de 2008 a 2012. Foi realizado um estudo ecológico descritivo, com as características epidemiológicas dos casos novos de LV, enfatizando a análise espacial da doença segundo município de infecção. A pesquisa utilizou dados do Sistema de Informação de Agravos de Notificação e dados do censo demográfico 2010 e de estimativas intercensitárias do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Foi feita a descrição dos casos novos de LV e foram construídos mapas temáticos a partir do cálculo da média de casos novos de LV para os cinco anos de estudo e das taxas de incidência média anual bruta e suavizadas pelo método bayesiano global e local, por 100.000 habitantes. A pesquisa de autocorrelação espacial foi realizada através do cálculo dos índices de Moran global e local. 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O estudo observou que 127 (56,70%) municípios piauienses apresentaram casos de LV no período e que a distribuição espacial dos municípios com as maiores médias de casos demonstra uma concentração em municípios mais populosos do estado, e mais da metade dos municípios com transmissão intensa da LV fazem fronteira com o Maranhão, além disso, as regiões centro e norte do estado apresentaram maior transmissão da doença com quase todos os municípios com casos no período. As taxas de incidência bruta e suavizada pelo método bayesiano global demonstraram falta de padrão espacial típico e baixo índice de Moran global, porém estatisticamente significativo (p<0,05). Através da análise da taxa de incidência suavizada pelo método bayesiano local foi possível observar áreas com maior incidência da doença e um aglomerado de municípios com elevada incidência, formando um corredor que vai do norte piauiense seguindo espacialmente pelo lado da fronteira com o Maranhão até a fronteira com a Bahia. Além disso, com o índice de Moran local e a taxa de incidência suavizada pelo método bayesiano local, foi possível a identificação das áreas com maior risco de adoecimento por LV e as áreas com menor incidência da doença no estado. Portanto, o conhecimento das características dos casos de LV no Piauí e a identificação de áreas do estado com maior risco de LV podem contribuir para o fornecimento de informações para o desenvolvimento de ações efetivas direcionadas ao controle e vigilância da LV.Human Visceral Leishmaniasis (VL) is the most severe form of leishmaniasis, because when left untreated, can lead to death in more than 90% of cases, is a compulsory notifiable disease and endemic in Brazil. Piauí is an endemic state to VL and, is among the Brazilian states, the one with the highest number of cases. The geographical distribution of health problems has been widely evaluated in epidemiological studies, including the related LV. The aim of this study was to analyze the spatial distribution of VL in Piauí during the period 2008 to 2012. This was a descriptive ecological study with the epidemiological characteristics of new cases of VL, emphasizing the spatial analysis of the disease according to the municipality. The research used data from Diseases Information System Notification and data from the 2010's census and intercensal estimates of the Brazilian Institute of Geography and Statistics. Was made the description of the new VL cases and were constructed thematic maps from the average calculation of new cases of VL for the five years of study and brute average annual incidence rates and softened by global Bayesian method and place, for 100,000 inhabitants. The spatial autocorrelation survey was conducted by calculating the global and local Moran indices. During the study period 990 cases of infection were reported by the municipality, 858 (86.67%) were new cases and 87 (8.79%) had the fill-in field "type of input" as ignored/white. Teresina accounted for 33.80% of the cases of Piauí during the period analyzed, the state had an average crude incidence rate of 5.50 cases per 100,000 inhabitants in the study period, with the highest incidence recorded in 2011 with 6.37 cases per 100,000 inhabitants, while Teresina had a higher incidence rate in 2008, with an annual incidence rate of 8.35 cases per 100 thousand inhabitants. About 2/3 of cases were individuals living in urban areas and male, 44.38% of the cases were children under 10 years of age, the co-infection HIV/VL was seen in 12.24% and almost all cases were native the municipality of residence and notified within the state of Piauí. The study found that 127 (56.70%) of Piauí's municipalities present cases of VL in the period and that the spatial distribution of the municipalities with the highest average of cases shows a concentration in the most populous municipalities in the state, and more than half of the municipalities with transmission intense VL border with Maranhão, in addition, the central and northern regions of the state had higher disease transmission with almost all municipalities with cases in the period. The crude incidence rates and softened by global Bayesian method showed lack of typical and low global Moran index spatial pattern, but statistically significant (p<0.05). Through the analysis of the incidence rate smoothed by Bayesian local method was possible to observe areas with the highest incidence of the disease and a cluster of municipalities with high incidence, forming a corridor that runs from north Piauí following spatially by the side of the border with Maranhão to the border with Bahia. Moreover, with the local Moran index and the incidence rate smoothed by the local Bayesian method, was possible to identify the areas most at risk of illness by VL and areas with lower incidence of the disease in the state. Therefore, knowledge of the characteristics of cases of VL in Piauí and the identification of areas of the state with increased risk of VL can contribute to the provision of information for developing effective actions leading to the control and surveillance of VL.Fundação Oswaldo Cruz. Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.porLeishmaniose visceralAnálise espacialVigilância em saúdeVisceral leishmaniasisSpatial analysisHealth surveillanceLeishmaniose VisceralAnálise EspacialVigilância em Saúde PúblicaDistribuição Espacial da PopulaçãoIncidênciaDistribuição espacial da leishmaniose visceral no estado do Piauí, no período de 2008-2012Spatial distribution of visceral leishmaniasis in Piauí, in the period 2008-2012info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisFundação Oswaldo Cruz. Escola Nacional de Saúde Pública Sergio AroucaMestrado ProfissionalRio de Janeiro/RJPrograma de Pós-Graduação em Saúde Públicainfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA)instname:Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ)instacron:FIOCRUZORIGINALve_Pablo_Ricardo_ENSP_2015application/pdf2685400https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/24541/1/ve_Pablo_Ricardo_ENSP_2015720890de3933213257ce73d56abedeebMD51LICENSElicense.txttext/plain1748https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/24541/2/license.txt8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33MD52TEXT6.pdf.txt6.pdf.txtExtracted texttext/plain146126https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/24541/3/6.pdf.txtc824966852525b4a0b187a4143952182MD53ve_Pablo_Ricardo_ENSP_2015.txtve_Pablo_Ricardo_ENSP_2015.txtExtracted texttext/plain146126https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/24541/4/ve_Pablo_Ricardo_ENSP_2015.txtc824966852525b4a0b187a4143952182MD54icict/245412023-01-19 14:33:53.456oai:www.arca.fiocruz.br:icict/24541Tk9URTogUExBQ0UgWU9VUiBPV04gTElDRU5TRSBIRVJFClRoaXMgc2FtcGxlIGxpY2Vuc2UgaXMgcHJvdmlkZWQgZm9yIGluZm9ybWF0aW9uYWwgcHVycG9zZXMgb25seS4KCk5PTi1FWENMVVNJVkUgRElTVFJJQlVUSU9OIExJQ0VOU0UKCkJ5IHNpZ25pbmcgYW5kIHN1Ym1pdHRpbmcgdGhpcyBsaWNlbnNlLCB5b3UgKHRoZSBhdXRob3Iocykgb3IgY29weXJpZ2h0Cm93bmVyKSBncmFudHMgdG8gRFNwYWNlIFVuaXZlcnNpdHkgKERTVSkgdGhlIG5vbi1leGNsdXNpdmUgcmlnaHQgdG8gcmVwcm9kdWNlLAp0cmFuc2xhdGUgKGFzIGRlZmluZWQgYmVsb3cpLCBhbmQvb3IgZGlzdHJpYnV0ZSB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gKGluY2x1ZGluZwp0aGUgYWJzdHJhY3QpIHdvcmxkd2lkZSBpbiBwcmludCBhbmQgZWxlY3Ryb25pYyBmb3JtYXQgYW5kIGluIGFueSBtZWRpdW0sCmluY2x1ZGluZyBidXQgbm90IGxpbWl0ZWQgdG8gYXVkaW8gb3IgdmlkZW8uCgpZb3UgYWdyZWUgdGhhdCBEU1UgbWF5LCB3aXRob3V0IGNoYW5naW5nIHRoZSBjb250ZW50LCB0cmFuc2xhdGUgdGhlCnN1Ym1pc3Npb24gdG8gYW55IG1lZGl1bSBvciBmb3JtYXQgZm9yIHRoZSBwdXJwb3NlIG9mIHByZXNlcnZhdGlvbi4KCllvdSBhbHNvIGFncmVlIHRoYXQgRFNVIG1heSBrZWVwIG1vcmUgdGhhbiBvbmUgY29weSBvZiB0aGlzIHN1Ym1pc3Npb24gZm9yCnB1cnBvc2VzIG9mIHNlY3VyaXR5LCBiYWNrLXVwIGFuZCBwcmVzZXJ2YXRpb24uCgpZb3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgdGhlIHN1Ym1pc3Npb24gaXMgeW91ciBvcmlnaW5hbCB3b3JrLCBhbmQgdGhhdCB5b3UgaGF2ZQp0aGUgcmlnaHQgdG8gZ3JhbnQgdGhlIHJpZ2h0cyBjb250YWluZWQgaW4gdGhpcyBsaWNlbnNlLiBZb3UgYWxzbyByZXByZXNlbnQKdGhhdCB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gZG9lcyBub3QsIHRvIHRoZSBiZXN0IG9mIHlvdXIga25vd2xlZGdlLCBpbmZyaW5nZSB1cG9uCmFueW9uZSdzIGNvcHlyaWdodC4KCklmIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uIGNvbnRhaW5zIG1hdGVyaWFsIGZvciB3aGljaCB5b3UgZG8gbm90IGhvbGQgY29weXJpZ2h0LAp5b3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgeW91IGhhdmUgb2J0YWluZWQgdGhlIHVucmVzdHJpY3RlZCBwZXJtaXNzaW9uIG9mIHRoZQpjb3B5cmlnaHQgb3duZXIgdG8gZ3JhbnQgRFNVIHRoZSByaWdodHMgcmVxdWlyZWQgYnkgdGhpcyBsaWNlbnNlLCBhbmQgdGhhdApzdWNoIHRoaXJkLXBhcnR5IG93bmVkIG1hdGVyaWFsIGlzIGNsZWFybHkgaWRlbnRpZmllZCBhbmQgYWNrbm93bGVkZ2VkCndpdGhpbiB0aGUgdGV4dCBvciBjb250ZW50IG9mIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uLgoKSUYgVEhFIFNVQk1JU1NJT04gSVMgQkFTRUQgVVBPTiBXT1JLIFRIQVQgSEFTIEJFRU4gU1BPTlNPUkVEIE9SIFNVUFBPUlRFRApCWSBBTiBBR0VOQ1kgT1IgT1JHQU5JWkFUSU9OIE9USEVSIFRIQU4gRFNVLCBZT1UgUkVQUkVTRU5UIFRIQVQgWU9VIEhBVkUKRlVMRklMTEVEIEFOWSBSSUdIVCBPRiBSRVZJRVcgT1IgT1RIRVIgT0JMSUdBVElPTlMgUkVRVUlSRUQgQlkgU1VDSApDT05UUkFDVCBPUiBBR1JFRU1FTlQuCgpEU1Ugd2lsbCBjbGVhcmx5IGlkZW50aWZ5IHlvdXIgbmFtZShzKSBhcyB0aGUgYXV0aG9yKHMpIG9yIG93bmVyKHMpIG9mIHRoZQpzdWJtaXNzaW9uLCBhbmQgd2lsbCBub3QgbWFrZSBhbnkgYWx0ZXJhdGlvbiwgb3RoZXIgdGhhbiBhcyBhbGxvd2VkIGJ5IHRoaXMKbGljZW5zZSwgdG8geW91ciBzdWJtaXNzaW9uLgo=Repositório InstitucionalPUBhttps://www.arca.fiocruz.br/oai/requestrepositorio.arca@fiocruz.bropendoar:21352023-01-19T17:33:53Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA) - Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ)false |
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