Efeitos da indução de tolerância oral a antígenos cardíacos na progressão de modelos agudo e crônico de cardiomiopatia com componente imuno-inflamatório
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Data de Publicação: | 2017 |
Tipo de documento: | Tese |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA) |
Texto Completo: | https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/37819 |
Resumo: | Introdução: A insuficiência cardíaca é considerada uma doença multifatorial complexa com alta prevalência na população. A hipertensão e a doença de chagas compartilham em seu estagio final a insuficiência cardíaca. Evidências recentes mostram a ativação crônica de mecanismos inflamatórios e do sistema imune adaptativo em seu desenvolvimento. Objetivo: Avaliar se o tratamento com antígenos totais cardíacos (tolerância oral) é capaz de influenciar a progressão da cardiomiopatia em ratos hipertensos e camundongos com miocardite chagásica. Métodos: Foram utilizados ratos espontaneamente hipertensos e camundongos infectados intraperitonealmente com T. cruzi, cepa Y. Em ambos modelos, utilizamos o protocolo para indução de tolerância oral, com 20mg de extrato de proteínas cardíacas por via oral e, em seguida, imunização ou infecção. Resultados: Em machos hipertensos tratados por via oral e intraperitoneal com extrato de proteínas cardíacas, observamos um aumento percentual significativo de linfócitos CD4+CD25+ no tecido cardíaco, comparado a machos e femeas hipertensos não tratados. Também observamos no coração de machos hipertensos tratados uma redução no percentual de linfócitos CD4+TCRJG e CD28+, enquanto linfócitos CD3+CD4+ e CD3+CD4+CD44+ se mantiveram nos mesmos níveis a de machos hipertensos não tratados Na análise histológica do tecido cardíaco, machos hipertensos não tratados apresentaram extensos focos inflamatórios, enquanto o grupo de machos hipertensos tratados mostrou infiltrados leucocitários organizados no endomísio e perimísio. Em camundongos com miocardite chagásica aguda, observamos no grupo tratado por via oral e infectado um maior percentual de linfócitos T CD8+ no tecido cardíaco, com um perfil de células menos ativado (CD4+CD44+), comparado ao grupo infectado não-tratado. Na avaliação histológica do tecido cardíaco, o grupo infectado tratado apresentou uma infiltração inflamatória mais difusa e com menos focos, em contraste com o grupo infectado não tratado, que mostrou uma infiltração inflamatória mais exuberante com muitos focos. Conclusão: A exposição oral a antígenos cardíacos em ambos modelos mostrou efeitos sobre o perfil de células no tecido cardíaco, sendo na miocardite chagásica aguda a indução de maior migração de células T CD8+; e, na cardiopatia hipertensiva, um aumento no percentual de células T CD4+CD25+. |
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Moscavitch, Samuel DatumFaria Neto, Hugo Caire de Castro2019-12-10T18:19:08Z2019-12-10T18:19:08Z2017MOSCAVITCH, Samuel Datum. Efeitos da indução de tolerância oral a antígenos cardíacos na progressão de modelos agudo e crônico de cardiomiopatia com componente imuno-inflamatório. 2017. 100 f. Tese (Doutorado em Biologia Celular e Molecular) - Instituto Oswaldo Cruz, Fundação Oswaldo Cruz, Rio de Janeiro, 2017.https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/37819Introdução: A insuficiência cardíaca é considerada uma doença multifatorial complexa com alta prevalência na população. A hipertensão e a doença de chagas compartilham em seu estagio final a insuficiência cardíaca. Evidências recentes mostram a ativação crônica de mecanismos inflamatórios e do sistema imune adaptativo em seu desenvolvimento. Objetivo: Avaliar se o tratamento com antígenos totais cardíacos (tolerância oral) é capaz de influenciar a progressão da cardiomiopatia em ratos hipertensos e camundongos com miocardite chagásica. Métodos: Foram utilizados ratos espontaneamente hipertensos e camundongos infectados intraperitonealmente com T. cruzi, cepa Y. Em ambos modelos, utilizamos o protocolo para indução de tolerância oral, com 20mg de extrato de proteínas cardíacas por via oral e, em seguida, imunização ou infecção. Resultados: Em machos hipertensos tratados por via oral e intraperitoneal com extrato de proteínas cardíacas, observamos um aumento percentual significativo de linfócitos CD4+CD25+ no tecido cardíaco, comparado a machos e femeas hipertensos não tratados. 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Conclusão: A exposição oral a antígenos cardíacos em ambos modelos mostrou efeitos sobre o perfil de células no tecido cardíaco, sendo na miocardite chagásica aguda a indução de maior migração de células T CD8+; e, na cardiopatia hipertensiva, um aumento no percentual de células T CD4+CD25+.Background: Heart failure is considered a complex multifactorial disease with high prevalence in general population. End stage of most of cardiomyopathies, as hypertension and Chagas' disease, is heart failure. Recent evidences associates chronic activation of innate and adaptive immunity with the progression into heart failure. Aim: To investigate the effects of oral tolerance to cardiac antigens into the progression of hypertensive cardiomyopathy and Chagas myocarditis. Methods: It was used spontaneously hypertensive rats and, for Chagas, mice infected intraperitoneally with T. cruzi, strain Y. Protocol of oral tolerance was done by feeding animal models with 20mg of cardiac protein extract, followed by an immunization with same protein extract or, for Chagas, by an intraperitoneal infection. Results: In hypertensive male rats treated orally and intraperitoneally with cardiac proteins, we observed a significant increase on the percentage of CD4+CD25+ lymphocytes in cardiac tissue, compared to untreated hypertensive males and females. We also observed a reduction in the percentage of CD4+TCRJG and CD28+ lymphocytes in the cardiac tissue of treated hypertensive rats, while CD3+CD4+ and CD3+CD4+CD44+ lymphocytes remained at same levels on the untreated groups. In the histology analysis of cardiac tissue, untreated hypertensive male rats presented extensive inflammatory foci, while the group of treated hypertensive rats showed leukocyte infiltrates organized in the endomysium and perimysium. In acute Chagas¶myocarditis, we observed in infected mice that received oral pre-treatment a higher percentage of CD8+ T lymphocytes, with a less activated cell profile (CD4+CD44+) compared with untreated infected mice. In histology analysis, the cardiac tissue of orally treated infected mice presented a more diffuse inflammatory infiltration with fewer foci, in contrast to untreated infected mice, which showed a more exuberant inflammatory infiltration with many foci. Conclusion: Oral exposure to cardiac antigens in both models showed effects on the O\PSKRF\WHV phenotype from cardiac tissue. These effects in acute Chagas myocarditis model consisted in a greater migration of CD8+ T cells; and, in hypertensive cardiomyopathy model, as an increase in the percentage of CD4+CD25+ T cells.2019-12-14Fundação Oswaldo Cruz. Instituto Oswaldo Cruz. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.porMiocarditeTolerância oralHipertensãoInsuficiência cardíacaChagasMiocarditeCardiomiopatia ChagasicaTolerância a medicamentosResistência a meticilinaHipertensãoInsuficiência cardíacaDoença de ChagasEfeitos da indução de tolerância oral a antígenos cardíacos na progressão de modelos agudo e crônico de cardiomiopatia com componente imuno-inflamatórioinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesis2017Instituto Oswaldo CruzFundação Oswaldo CruzRio de JaneiroPrograma de Pós-Graduação em Biologia Celular e Molecularinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA)instname:Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ)instacron:FIOCRUZLICENSElicense.txttext/plain1748https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/37819/1/license.txt8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33MD51ORIGINALsamuel_moscavitch_ioc_dout_2017.pdfsamuel_moscavitch_ioc_dout_2017.pdfapplication/pdf1779593https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/37819/2/samuel_moscavitch_ioc_dout_2017.pdfdcc3eae121e71acf5e9804697cdf0b5bMD52TEXTsamuel_moscavitch_ioc_dout_2017.pdf.txtsamuel_moscavitch_ioc_dout_2017.pdf.txtExtracted texttext/plain176281https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/37819/3/samuel_moscavitch_ioc_dout_2017.pdf.txt66d0dfa7fc7d97e7349fb8125a9d9975MD53icict/378192021-03-24 16:32:25.689oai:www.arca.fiocruz.br:icict/37819Tk9URTogUExBQ0UgWU9VUiBPV04gTElDRU5TRSBIRVJFClRoaXMgc2FtcGxlIGxpY2Vuc2UgaXMgcHJvdmlkZWQgZm9yIGluZm9ybWF0aW9uYWwgcHVycG9zZXMgb25seS4KCk5PTi1FWENMVVNJVkUgRElTVFJJQlVUSU9OIExJQ0VOU0UKCkJ5IHNpZ25pbmcgYW5kIHN1Ym1pdHRpbmcgdGhpcyBsaWNlbnNlLCB5b3UgKHRoZSBhdXRob3Iocykgb3IgY29weXJpZ2h0Cm93bmVyKSBncmFudHMgdG8gRFNwYWNlIFVuaXZlcnNpdHkgKERTVSkgdGhlIG5vbi1leGNsdXNpdmUgcmlnaHQgdG8gcmVwcm9kdWNlLAp0cmFuc2xhdGUgKGFzIGRlZmluZWQgYmVsb3cpLCBhbmQvb3IgZGlzdHJpYnV0ZSB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gKGluY2x1ZGluZwp0aGUgYWJzdHJhY3QpIHdvcmxkd2lkZSBpbiBwcmludCBhbmQgZWxlY3Ryb25pYyBmb3JtYXQgYW5kIGluIGFueSBtZWRpdW0sCmluY2x1ZGluZyBidXQgbm90IGxpbWl0ZWQgdG8gYXVkaW8gb3IgdmlkZW8uCgpZb3UgYWdyZWUgdGhhdCBEU1UgbWF5LCB3aXRob3V0IGNoYW5naW5nIHRoZSBjb250ZW50LCB0cmFuc2xhdGUgdGhlCnN1Ym1pc3Npb24gdG8gYW55IG1lZGl1bSBvciBmb3JtYXQgZm9yIHRoZSBwdXJwb3NlIG9mIHByZXNlcnZhdGlvbi4KCllvdSBhbHNvIGFncmVlIHRoYXQgRFNVIG1heSBrZWVwIG1vcmUgdGhhbiBvbmUgY29weSBvZiB0aGlzIHN1Ym1pc3Npb24gZm9yCnB1cnBvc2VzIG9mIHNlY3VyaXR5LCBiYWNrLXVwIGFuZCBwcmVzZXJ2YXRpb24uCgpZb3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgdGhlIHN1Ym1pc3Npb24gaXMgeW91ciBvcmlnaW5hbCB3b3JrLCBhbmQgdGhhdCB5b3UgaGF2ZQp0aGUgcmlnaHQgdG8gZ3JhbnQgdGhlIHJpZ2h0cyBjb250YWluZWQgaW4gdGhpcyBsaWNlbnNlLiBZb3UgYWxzbyByZXByZXNlbnQKdGhhdCB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gZG9lcyBub3QsIHRvIHRoZSBiZXN0IG9mIHlvdXIga25vd2xlZGdlLCBpbmZyaW5nZSB1cG9uCmFueW9uZSdzIGNvcHlyaWdodC4KCklmIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uIGNvbnRhaW5zIG1hdGVyaWFsIGZvciB3aGljaCB5b3UgZG8gbm90IGhvbGQgY29weXJpZ2h0LAp5b3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgeW91IGhhdmUgb2J0YWluZWQgdGhlIHVucmVzdHJpY3RlZCBwZXJtaXNzaW9uIG9mIHRoZQpjb3B5cmlnaHQgb3duZXIgdG8gZ3JhbnQgRFNVIHRoZSByaWdodHMgcmVxdWlyZWQgYnkgdGhpcyBsaWNlbnNlLCBhbmQgdGhhdApzdWNoIHRoaXJkLXBhcnR5IG93bmVkIG1hdGVyaWFsIGlzIGNsZWFybHkgaWRlbnRpZmllZCBhbmQgYWNrbm93bGVkZ2VkCndpdGhpbiB0aGUgdGV4dCBvciBjb250ZW50IG9mIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uLgoKSUYgVEhFIFNVQk1JU1NJT04gSVMgQkFTRUQgVVBPTiBXT1JLIFRIQVQgSEFTIEJFRU4gU1BPTlNPUkVEIE9SIFNVUFBPUlRFRApCWSBBTiBBR0VOQ1kgT1IgT1JHQU5JWkFUSU9OIE9USEVSIFRIQU4gRFNVLCBZT1UgUkVQUkVTRU5UIFRIQVQgWU9VIEhBVkUKRlVMRklMTEVEIEFOWSBSSUdIVCBPRiBSRVZJRVcgT1IgT1RIRVIgT0JMSUdBVElPTlMgUkVRVUlSRUQgQlkgU1VDSApDT05UUkFDVCBPUiBBR1JFRU1FTlQuCgpEU1Ugd2lsbCBjbGVhcmx5IGlkZW50aWZ5IHlvdXIgbmFtZShzKSBhcyB0aGUgYXV0aG9yKHMpIG9yIG93bmVyKHMpIG9mIHRoZQpzdWJtaXNzaW9uLCBhbmQgd2lsbCBub3QgbWFrZSBhbnkgYWx0ZXJhdGlvbiwgb3RoZXIgdGhhbiBhcyBhbGxvd2VkIGJ5IHRoaXMKbGljZW5zZSwgdG8geW91ciBzdWJtaXNzaW9uLgo=Repositório InstitucionalPUBhttps://www.arca.fiocruz.br/oai/requestrepositorio.arca@fiocruz.bropendoar:21352021-03-24T19:32:25Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA) - Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ)false |
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