Dinâmica e complexidade da paisagem do Projeto de Assentamento Benfica, Sudeste Paraense.
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2008 |
Tipo de documento: | Tese |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da EMBRAPA (Repository Open Access to Scientific Information from EMBRAPA - Alice) |
Texto Completo: | http://www.alice.cnptia.embrapa.br/alice/handle/doc/409818 |
Resumo: | No cenário da ocupação recente da Amazônia, que ocasionou mudanças significativas na paisagem e perda de biodiversidade, através de diversas atividades antrópicas, a Mesorregião Sudeste Paraense representa hoje uma das áreas mais críticas de desflorestamento por frentes pioneiras. Neste contexto, este estudo teve como objetivo analisar a dinâmica e a complexidade da paisagem do Projeto de Assentamento Benfica (PA-Benfica), que representa hoje, uma das áreas mais críticas de desflorestamento por frentes pioneiras, no processo de ocupação, a partir de um conjunto de informações de campo sobre os Componentes da Paisagem (elementos constituintes como: floresta, capoeira, pastagem, etc.) e os Tipos de Paisagens (representativos de uma porção do espaço homogêneo, coerentes com o arranjo e a freqüência dos seus componentes). A estratégia metodológica exigiu uma abordagem geográfica, para compreender o contexto inerente à definição de uma tipologia de paisagens e aspectos de sua dinâmica e complexidade. Para isto foram utilizados produtos e técnicas de sensoriamento remoto orbital e geoprocessamento. As imagens de satélite Landsat- TM adquiridas para cinco datas distintas (1987, 1992, 1996 2001 e 2005) foram analisadas no sistema SPRING, considerando a classificação supervisionada por regiões para análise da dinâmica espacial. O uso do sensoriamento remoto integrado ao Sistema de Informações Geográficas (SIG), a um intenso trabalho de campo e aos modelos teóricos da paisagem, validou a identificação e caracterização de 10 Componentes da Paisagem, representativos dos padrões de cobertura vegetal e uso da terra: Floresta Remanescente (CP1); Mata ciliar (CP2); Brejos (CP3); Capoeira Alta (CP4); Capoeira com Jurubeba (CP5); Capoeira Baixa (CP6); Pasto com Lenhosas (CP7); Pasto com Babaçu (CP8); Floresta de babaçu (CP9) e Pasto Limpo (CPlO). A área do componente Floresta Remanescente (CP1) apresentou no período 1987-2005, 60% de área desflorestada. No mesmo período, as áreas de capoeira e pastagem apresentaram uma expansão correspondente a 30%, respectivamente. Além destes resultados, também foram identificados, delimitados e caracterizados cinco tipos de paisagens: Florestal (TPO), Mosaico Agrícola (TP1), Mosaico Agrícola com Pastagem (TP2), Grandes Extensões de Pastagem (TP3), Grandes Extensões Pasto com Babaçu (TP4) e Babaçual (TP5). Os resultados mostraram que no processo dinâmico ocorreu a conversão da floresta para pastagem, destacando-se as paisagens Grandes Extensões de Pastagem (TP3), Grandes Extensões Pasto com Babaçu (TP4) e Babaçual (TP5). Com base na integração das duas informações foi possível elaborar uma Escala de Complexidade específica, tanto para os Componentes da Paisagem, quanto para os Tipos de Paisagens, para estimar os graus de complexidade da paisagem, que vão do mais simples (O), ao mais complexo (12), com base em três indicadores da estrutura interna e da ordem das formações vegetais: Indicador de Diversidade, Indicador de Estratificação e Indicador de Transformação. Os graus de maior intensidade da complexidade correspondem aos Tipos de Paisagens Florestal (TPO), Mosaico Agrícola (TPI) e Mosaico Agrícola com Pastagem (TP2). O grau mediano refere-se ao Tipo de Paisagem Babaçual (CP4), enquanto o grau de menor intensidade está associado ao Tipo de Paisagem Grandes Extensões de Pastagem (TP3). A partir destes resultados foi possível avaliar a evolução da complexidade de todos os Tipos de Paisagens, para as datas consideradas neste estudo. O conjunto de resultados comprova que os Tipos de Paisagens podem ser considerados e avaliados, quanto ao maior ou menor impacto ambiental, diretamente relacionado a um intervalo de graus de complexidade de seus componentes. Assim, os mesmos podem ser utilizados como unidades de gestão territorial, para aplicação de políticas públicas voltadas para o planejamento do uso da terra e a conservação da biodiversidade. |
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A estratégia metodológica exigiu uma abordagem geográfica, para compreender o contexto inerente à definição de uma tipologia de paisagens e aspectos de sua dinâmica e complexidade. Para isto foram utilizados produtos e técnicas de sensoriamento remoto orbital e geoprocessamento. As imagens de satélite Landsat- TM adquiridas para cinco datas distintas (1987, 1992, 1996 2001 e 2005) foram analisadas no sistema SPRING, considerando a classificação supervisionada por regiões para análise da dinâmica espacial. O uso do sensoriamento remoto integrado ao Sistema de Informações Geográficas (SIG), a um intenso trabalho de campo e aos modelos teóricos da paisagem, validou a identificação e caracterização de 10 Componentes da Paisagem, representativos dos padrões de cobertura vegetal e uso da terra: Floresta Remanescente (CP1); Mata ciliar (CP2); Brejos (CP3); Capoeira Alta (CP4); Capoeira com Jurubeba (CP5); Capoeira Baixa (CP6); Pasto com Lenhosas (CP7); Pasto com Babaçu (CP8); Floresta de babaçu (CP9) e Pasto Limpo (CPlO). A área do componente Floresta Remanescente (CP1) apresentou no período 1987-2005, 60% de área desflorestada. No mesmo período, as áreas de capoeira e pastagem apresentaram uma expansão correspondente a 30%, respectivamente. Além destes resultados, também foram identificados, delimitados e caracterizados cinco tipos de paisagens: Florestal (TPO), Mosaico Agrícola (TP1), Mosaico Agrícola com Pastagem (TP2), Grandes Extensões de Pastagem (TP3), Grandes Extensões Pasto com Babaçu (TP4) e Babaçual (TP5). Os resultados mostraram que no processo dinâmico ocorreu a conversão da floresta para pastagem, destacando-se as paisagens Grandes Extensões de Pastagem (TP3), Grandes Extensões Pasto com Babaçu (TP4) e Babaçual (TP5). Com base na integração das duas informações foi possível elaborar uma Escala de Complexidade específica, tanto para os Componentes da Paisagem, quanto para os Tipos de Paisagens, para estimar os graus de complexidade da paisagem, que vão do mais simples (O), ao mais complexo (12), com base em três indicadores da estrutura interna e da ordem das formações vegetais: Indicador de Diversidade, Indicador de Estratificação e Indicador de Transformação. Os graus de maior intensidade da complexidade correspondem aos Tipos de Paisagens Florestal (TPO), Mosaico Agrícola (TPI) e Mosaico Agrícola com Pastagem (TP2). O grau mediano refere-se ao Tipo de Paisagem Babaçual (CP4), enquanto o grau de menor intensidade está associado ao Tipo de Paisagem Grandes Extensões de Pastagem (TP3). A partir destes resultados foi possível avaliar a evolução da complexidade de todos os Tipos de Paisagens, para as datas consideradas neste estudo. O conjunto de resultados comprova que os Tipos de Paisagens podem ser considerados e avaliados, quanto ao maior ou menor impacto ambiental, diretamente relacionado a um intervalo de graus de complexidade de seus componentes. Assim, os mesmos podem ser utilizados como unidades de gestão territorial, para aplicação de políticas públicas voltadas para o planejamento do uso da terra e a conservação da biodiversidade.Tese (Doutorado em Ciências Agrárias) - Universidade Federal Rural da Amazônia, Belém, PA. Orientadora: Izildinha Souza Miranda, UFRA.SANDRA MARIA NEIVA SAMPAIO, CPATU.SAMPAIO, S. M. N.2018-02-20T00:29:36Z2018-02-20T00:29:36Z2008-12-0520082018-02-20T00:29:36Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesis163 f.2008.http://www.alice.cnptia.embrapa.br/alice/handle/doc/409818porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da EMBRAPA (Repository Open Access to Scientific Information from EMBRAPA - Alice)instname:Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa)instacron:EMBRAPA2018-02-20T00:29:44Zoai:www.alice.cnptia.embrapa.br:doc/409818Repositório InstitucionalPUBhttps://www.alice.cnptia.embrapa.br/oai/requestcg-riaa@embrapa.bropendoar:21542018-02-20T00:29:44Repositório Institucional da EMBRAPA (Repository Open Access to Scientific Information from EMBRAPA - Alice) - Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa)false |
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No cenário da ocupação recente da Amazônia, que ocasionou mudanças significativas na paisagem e perda de biodiversidade, através de diversas atividades antrópicas, a Mesorregião Sudeste Paraense representa hoje uma das áreas mais críticas de desflorestamento por frentes pioneiras. Neste contexto, este estudo teve como objetivo analisar a dinâmica e a complexidade da paisagem do Projeto de Assentamento Benfica (PA-Benfica), que representa hoje, uma das áreas mais críticas de desflorestamento por frentes pioneiras, no processo de ocupação, a partir de um conjunto de informações de campo sobre os Componentes da Paisagem (elementos constituintes como: floresta, capoeira, pastagem, etc.) e os Tipos de Paisagens (representativos de uma porção do espaço homogêneo, coerentes com o arranjo e a freqüência dos seus componentes). A estratégia metodológica exigiu uma abordagem geográfica, para compreender o contexto inerente à definição de uma tipologia de paisagens e aspectos de sua dinâmica e complexidade. Para isto foram utilizados produtos e técnicas de sensoriamento remoto orbital e geoprocessamento. As imagens de satélite Landsat- TM adquiridas para cinco datas distintas (1987, 1992, 1996 2001 e 2005) foram analisadas no sistema SPRING, considerando a classificação supervisionada por regiões para análise da dinâmica espacial. O uso do sensoriamento remoto integrado ao Sistema de Informações Geográficas (SIG), a um intenso trabalho de campo e aos modelos teóricos da paisagem, validou a identificação e caracterização de 10 Componentes da Paisagem, representativos dos padrões de cobertura vegetal e uso da terra: Floresta Remanescente (CP1); Mata ciliar (CP2); Brejos (CP3); Capoeira Alta (CP4); Capoeira com Jurubeba (CP5); Capoeira Baixa (CP6); Pasto com Lenhosas (CP7); Pasto com Babaçu (CP8); Floresta de babaçu (CP9) e Pasto Limpo (CPlO). A área do componente Floresta Remanescente (CP1) apresentou no período 1987-2005, 60% de área desflorestada. No mesmo período, as áreas de capoeira e pastagem apresentaram uma expansão correspondente a 30%, respectivamente. Além destes resultados, também foram identificados, delimitados e caracterizados cinco tipos de paisagens: Florestal (TPO), Mosaico Agrícola (TP1), Mosaico Agrícola com Pastagem (TP2), Grandes Extensões de Pastagem (TP3), Grandes Extensões Pasto com Babaçu (TP4) e Babaçual (TP5). Os resultados mostraram que no processo dinâmico ocorreu a conversão da floresta para pastagem, destacando-se as paisagens Grandes Extensões de Pastagem (TP3), Grandes Extensões Pasto com Babaçu (TP4) e Babaçual (TP5). Com base na integração das duas informações foi possível elaborar uma Escala de Complexidade específica, tanto para os Componentes da Paisagem, quanto para os Tipos de Paisagens, para estimar os graus de complexidade da paisagem, que vão do mais simples (O), ao mais complexo (12), com base em três indicadores da estrutura interna e da ordem das formações vegetais: Indicador de Diversidade, Indicador de Estratificação e Indicador de Transformação. Os graus de maior intensidade da complexidade correspondem aos Tipos de Paisagens Florestal (TPO), Mosaico Agrícola (TPI) e Mosaico Agrícola com Pastagem (TP2). O grau mediano refere-se ao Tipo de Paisagem Babaçual (CP4), enquanto o grau de menor intensidade está associado ao Tipo de Paisagem Grandes Extensões de Pastagem (TP3). A partir destes resultados foi possível avaliar a evolução da complexidade de todos os Tipos de Paisagens, para as datas consideradas neste estudo. O conjunto de resultados comprova que os Tipos de Paisagens podem ser considerados e avaliados, quanto ao maior ou menor impacto ambiental, diretamente relacionado a um intervalo de graus de complexidade de seus componentes. Assim, os mesmos podem ser utilizados como unidades de gestão territorial, para aplicação de políticas públicas voltadas para o planejamento do uso da terra e a conservação da biodiversidade. |
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