Falência Bancária e Capital Regulatório: Evidência para o Brasil
Autor(a) principal: | |
---|---|
Data de Publicação: | 2018 |
Outros Autores: | , |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Revista Brasileira de Economia (Online) |
Texto Completo: | http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0034-71402018000100080 |
Resumo: | O objetivo deste artigo é avaliar empíricamente em que medida o nível de capital sobre os ativos ponderados pelo risco, o Índice de Basileia, é capaz de prevenir a falência de instituições financeiras. Adicionalmente, compara-se o desempenho desse indicador nessa tarefa com o do índice simples de capitalização, sem a ponderação pelo risco dos ativos. Um dos desafios para a realização de estudos dessa natureza no Brasil é que o Índice de Basileia reportado para cada instituição está disponível publicamente apenas a partir de 2009, ao passo que grande parte das falências bancárias ocorreu no período entre 1995 e 2005. A partir dos balanços e demonstrações de resultados de 313 instituições financeiras brasileiras, e de resoluções do Conselho Monetário Nacional (CMN) e circulares do Banco Central (BACEN) sobre regulação bancária no Brasil, construiu-se um Índice de Basileia Sintético (IBS) para cada uma das instituições analisadas para o período de dezembro de 1995 a dezembro de 2014. A partir do IBS, avaliou-se se (e em que magnitude) um nível mais alto de capital em relação aos ativos de risco diminui a probabilidade de falência da instituição. Utilizando modelos logit, estimou-se que aumento de um ponto percentual no IBS aumenta em 1,04 vezes a chance de uma instituição financeira não falir. Uma análise do tipo survival mostra que um aumento de um ponto percentual no IBS atrasa a falência de uma instituição financeira em 1,08 vezes. O IBS tem um desempenho superior ao do índice de capitalização simples na previsão de falências. Os resultados obtidos corroboram a hipótese de uma relação inversa entre nível de exigências de capital sobre ativos ponderados pelo risco e a probabilidade de falência bancária. |
id |
FGV-8_e5dc0dd0e5db37c6814334c504c6c227 |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:scielo:S0034-71402018000100080 |
network_acronym_str |
FGV-8 |
network_name_str |
Revista Brasileira de Economia (Online) |
repository_id_str |
|
spelling |
Falência Bancária e Capital Regulatório: Evidência para o BrasilFalência BancáriaIndice de BasileiaCapital RegulatórioO objetivo deste artigo é avaliar empíricamente em que medida o nível de capital sobre os ativos ponderados pelo risco, o Índice de Basileia, é capaz de prevenir a falência de instituições financeiras. Adicionalmente, compara-se o desempenho desse indicador nessa tarefa com o do índice simples de capitalização, sem a ponderação pelo risco dos ativos. Um dos desafios para a realização de estudos dessa natureza no Brasil é que o Índice de Basileia reportado para cada instituição está disponível publicamente apenas a partir de 2009, ao passo que grande parte das falências bancárias ocorreu no período entre 1995 e 2005. A partir dos balanços e demonstrações de resultados de 313 instituições financeiras brasileiras, e de resoluções do Conselho Monetário Nacional (CMN) e circulares do Banco Central (BACEN) sobre regulação bancária no Brasil, construiu-se um Índice de Basileia Sintético (IBS) para cada uma das instituições analisadas para o período de dezembro de 1995 a dezembro de 2014. A partir do IBS, avaliou-se se (e em que magnitude) um nível mais alto de capital em relação aos ativos de risco diminui a probabilidade de falência da instituição. Utilizando modelos logit, estimou-se que aumento de um ponto percentual no IBS aumenta em 1,04 vezes a chance de uma instituição financeira não falir. Uma análise do tipo survival mostra que um aumento de um ponto percentual no IBS atrasa a falência de uma instituição financeira em 1,08 vezes. O IBS tem um desempenho superior ao do índice de capitalização simples na previsão de falências. Os resultados obtidos corroboram a hipótese de uma relação inversa entre nível de exigências de capital sobre ativos ponderados pelo risco e a probabilidade de falência bancária.Fundação Getúlio Vargas2018-03-01info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersiontext/htmlhttp://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0034-71402018000100080Revista Brasileira de Economia v.72 n.1 2018reponame:Revista Brasileira de Economia (Online)instname:Fundação Getulio Vargas (FGV)instacron:FGV10.5935/0034-7140.20180005info:eu-repo/semantics/openAccessLiberman,MarceloBarbosa,KlenioPires,Jorgepor2018-12-18T00:00:00Zoai:scielo:S0034-71402018000100080Revistahttp://bibliotecadigital.fgv.br/ojs/index.php/rbe/issue/archivehttps://old.scielo.br/oai/scielo-oai.php||rbe@fgv.br1806-91340034-7140opendoar:2018-12-18T00:00Revista Brasileira de Economia (Online) - Fundação Getulio Vargas (FGV)false |
dc.title.none.fl_str_mv |
Falência Bancária e Capital Regulatório: Evidência para o Brasil |
title |
Falência Bancária e Capital Regulatório: Evidência para o Brasil |
spellingShingle |
Falência Bancária e Capital Regulatório: Evidência para o Brasil Liberman,Marcelo Falência Bancária Indice de Basileia Capital Regulatório |
title_short |
Falência Bancária e Capital Regulatório: Evidência para o Brasil |
title_full |
Falência Bancária e Capital Regulatório: Evidência para o Brasil |
title_fullStr |
Falência Bancária e Capital Regulatório: Evidência para o Brasil |
title_full_unstemmed |
Falência Bancária e Capital Regulatório: Evidência para o Brasil |
title_sort |
Falência Bancária e Capital Regulatório: Evidência para o Brasil |
author |
Liberman,Marcelo |
author_facet |
Liberman,Marcelo Barbosa,Klenio Pires,Jorge |
author_role |
author |
author2 |
Barbosa,Klenio Pires,Jorge |
author2_role |
author author |
dc.contributor.author.fl_str_mv |
Liberman,Marcelo Barbosa,Klenio Pires,Jorge |
dc.subject.por.fl_str_mv |
Falência Bancária Indice de Basileia Capital Regulatório |
topic |
Falência Bancária Indice de Basileia Capital Regulatório |
description |
O objetivo deste artigo é avaliar empíricamente em que medida o nível de capital sobre os ativos ponderados pelo risco, o Índice de Basileia, é capaz de prevenir a falência de instituições financeiras. Adicionalmente, compara-se o desempenho desse indicador nessa tarefa com o do índice simples de capitalização, sem a ponderação pelo risco dos ativos. Um dos desafios para a realização de estudos dessa natureza no Brasil é que o Índice de Basileia reportado para cada instituição está disponível publicamente apenas a partir de 2009, ao passo que grande parte das falências bancárias ocorreu no período entre 1995 e 2005. A partir dos balanços e demonstrações de resultados de 313 instituições financeiras brasileiras, e de resoluções do Conselho Monetário Nacional (CMN) e circulares do Banco Central (BACEN) sobre regulação bancária no Brasil, construiu-se um Índice de Basileia Sintético (IBS) para cada uma das instituições analisadas para o período de dezembro de 1995 a dezembro de 2014. A partir do IBS, avaliou-se se (e em que magnitude) um nível mais alto de capital em relação aos ativos de risco diminui a probabilidade de falência da instituição. Utilizando modelos logit, estimou-se que aumento de um ponto percentual no IBS aumenta em 1,04 vezes a chance de uma instituição financeira não falir. Uma análise do tipo survival mostra que um aumento de um ponto percentual no IBS atrasa a falência de uma instituição financeira em 1,08 vezes. O IBS tem um desempenho superior ao do índice de capitalização simples na previsão de falências. Os resultados obtidos corroboram a hipótese de uma relação inversa entre nível de exigências de capital sobre ativos ponderados pelo risco e a probabilidade de falência bancária. |
publishDate |
2018 |
dc.date.none.fl_str_mv |
2018-03-01 |
dc.type.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/article |
dc.type.status.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/publishedVersion |
format |
article |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0034-71402018000100080 |
url |
http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0034-71402018000100080 |
dc.language.iso.fl_str_mv |
por |
language |
por |
dc.relation.none.fl_str_mv |
10.5935/0034-7140.20180005 |
dc.rights.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/openAccess |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.format.none.fl_str_mv |
text/html |
dc.publisher.none.fl_str_mv |
Fundação Getúlio Vargas |
publisher.none.fl_str_mv |
Fundação Getúlio Vargas |
dc.source.none.fl_str_mv |
Revista Brasileira de Economia v.72 n.1 2018 reponame:Revista Brasileira de Economia (Online) instname:Fundação Getulio Vargas (FGV) instacron:FGV |
instname_str |
Fundação Getulio Vargas (FGV) |
instacron_str |
FGV |
institution |
FGV |
reponame_str |
Revista Brasileira de Economia (Online) |
collection |
Revista Brasileira de Economia (Online) |
repository.name.fl_str_mv |
Revista Brasileira de Economia (Online) - Fundação Getulio Vargas (FGV) |
repository.mail.fl_str_mv |
||rbe@fgv.br |
_version_ |
1754115905948745728 |