Limites ao crescimento econômico e à eficiência técnica em organizações alternativas: suficiência e convivencialidade

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Adversi,Laira Gonçalves
Data de Publicação: 2022
Outros Autores: Seifert,Rene Eugenio
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Cadernos EBAPE.BR
Texto Completo: http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1679-39512022000100077
Resumo: Resumo Esta pesquisa investiga uma associação comunitária cujo modo de organizar evidenciou um desalinhamento com o modelo organizacional dominante. Os resultados apontam o termo “limites” como elo para estabelecer um modo de organização orientado para a “suficiência” e a “convivencialidade”, como alternativa ao crescimento econômico e à eficiência técnica, características da lógica organizacional dominante. A suficiência se caracterizou pela vivência qualitativa do momento presente, com valorização da simplicidade e do bem viver, elaborado com base na renúncia do trabalho direcionado ao acúmulo de bens materiais. A convivencialidade foi demonstrada por meio da valorização das relações afetivas em detrimento único dos resultados baseados em desempenho, da condução da organização por meio de procedimentos intuitivos e contingenciais em detrimento dos planejamentos formais, do desenvolvimento de habilidades emancipatórias para alcance de autonomia frente ao sistema industrial e, por último, da aprendizagem por meio de experimentações livres. A noção de “limites” na organização estudada também se alinha a uma narrativa de renúncia ao modelo dominante e de sacralização humana e da natureza. Nas discussões, o estudo observa que a busca por emancipação à dominação técnica pode suscitar outras formas de dominação. Além disso, chama à discussão a necessidade de definições mais precisas quanto à diferenciação entre organizações convencionais e alternativas, visto que algumas características que a literatura atribui às organizações alternativas são apropriadas pelo modelo dominante. Por último, aponta que “eficiência técnica” e “modos capitalistas de organização” não necessariamente são categorias interdependentes.
id FGV-9_6ccb955b993d71fba9a48d7ee211faee
oai_identifier_str oai:scielo:S1679-39512022000100077
network_acronym_str FGV-9
network_name_str Cadernos EBAPE.BR
repository_id_str
spelling Limites ao crescimento econômico e à eficiência técnica em organizações alternativas: suficiência e convivencialidadeOrganizações alternativasNovas formas organizacionaisLimites ao crescimento econômico e à eficiência técnicaSuficiência e convivencialidadeResumo Esta pesquisa investiga uma associação comunitária cujo modo de organizar evidenciou um desalinhamento com o modelo organizacional dominante. Os resultados apontam o termo “limites” como elo para estabelecer um modo de organização orientado para a “suficiência” e a “convivencialidade”, como alternativa ao crescimento econômico e à eficiência técnica, características da lógica organizacional dominante. A suficiência se caracterizou pela vivência qualitativa do momento presente, com valorização da simplicidade e do bem viver, elaborado com base na renúncia do trabalho direcionado ao acúmulo de bens materiais. A convivencialidade foi demonstrada por meio da valorização das relações afetivas em detrimento único dos resultados baseados em desempenho, da condução da organização por meio de procedimentos intuitivos e contingenciais em detrimento dos planejamentos formais, do desenvolvimento de habilidades emancipatórias para alcance de autonomia frente ao sistema industrial e, por último, da aprendizagem por meio de experimentações livres. A noção de “limites” na organização estudada também se alinha a uma narrativa de renúncia ao modelo dominante e de sacralização humana e da natureza. Nas discussões, o estudo observa que a busca por emancipação à dominação técnica pode suscitar outras formas de dominação. Além disso, chama à discussão a necessidade de definições mais precisas quanto à diferenciação entre organizações convencionais e alternativas, visto que algumas características que a literatura atribui às organizações alternativas são apropriadas pelo modelo dominante. Por último, aponta que “eficiência técnica” e “modos capitalistas de organização” não necessariamente são categorias interdependentes.Fundação Getulio Vargas, Escola Brasileira de Administração Pública e de Empresas2022-01-01info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersiontext/htmlhttp://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1679-39512022000100077Cadernos EBAPE.BR v.20 n.1 2022reponame:Cadernos EBAPE.BRinstname:Fundação Getulio Vargas (FGV)instacron:FGV10.1590/1679-395120200215info:eu-repo/semantics/openAccessAdversi,Laira GonçalvesSeifert,Rene Eugeniopor2022-03-08T00:00:00Zoai:scielo:S1679-39512022000100077Revistahttp://bibliotecadigital.fgv.br/ojs/index.php/cadernosebape/indexhttps://old.scielo.br/oai/scielo-oai.phpcadernosebape@fgv.br||cadernosebape@fgv.br1679-39511679-3951opendoar:2022-03-08T00:00Cadernos EBAPE.BR - Fundação Getulio Vargas (FGV)false
dc.title.none.fl_str_mv Limites ao crescimento econômico e à eficiência técnica em organizações alternativas: suficiência e convivencialidade
title Limites ao crescimento econômico e à eficiência técnica em organizações alternativas: suficiência e convivencialidade
spellingShingle Limites ao crescimento econômico e à eficiência técnica em organizações alternativas: suficiência e convivencialidade
Adversi,Laira Gonçalves
Organizações alternativas
Novas formas organizacionais
Limites ao crescimento econômico e à eficiência técnica
Suficiência e convivencialidade
title_short Limites ao crescimento econômico e à eficiência técnica em organizações alternativas: suficiência e convivencialidade
title_full Limites ao crescimento econômico e à eficiência técnica em organizações alternativas: suficiência e convivencialidade
title_fullStr Limites ao crescimento econômico e à eficiência técnica em organizações alternativas: suficiência e convivencialidade
title_full_unstemmed Limites ao crescimento econômico e à eficiência técnica em organizações alternativas: suficiência e convivencialidade
title_sort Limites ao crescimento econômico e à eficiência técnica em organizações alternativas: suficiência e convivencialidade
author Adversi,Laira Gonçalves
author_facet Adversi,Laira Gonçalves
Seifert,Rene Eugenio
author_role author
author2 Seifert,Rene Eugenio
author2_role author
dc.contributor.author.fl_str_mv Adversi,Laira Gonçalves
Seifert,Rene Eugenio
dc.subject.por.fl_str_mv Organizações alternativas
Novas formas organizacionais
Limites ao crescimento econômico e à eficiência técnica
Suficiência e convivencialidade
topic Organizações alternativas
Novas formas organizacionais
Limites ao crescimento econômico e à eficiência técnica
Suficiência e convivencialidade
description Resumo Esta pesquisa investiga uma associação comunitária cujo modo de organizar evidenciou um desalinhamento com o modelo organizacional dominante. Os resultados apontam o termo “limites” como elo para estabelecer um modo de organização orientado para a “suficiência” e a “convivencialidade”, como alternativa ao crescimento econômico e à eficiência técnica, características da lógica organizacional dominante. A suficiência se caracterizou pela vivência qualitativa do momento presente, com valorização da simplicidade e do bem viver, elaborado com base na renúncia do trabalho direcionado ao acúmulo de bens materiais. A convivencialidade foi demonstrada por meio da valorização das relações afetivas em detrimento único dos resultados baseados em desempenho, da condução da organização por meio de procedimentos intuitivos e contingenciais em detrimento dos planejamentos formais, do desenvolvimento de habilidades emancipatórias para alcance de autonomia frente ao sistema industrial e, por último, da aprendizagem por meio de experimentações livres. A noção de “limites” na organização estudada também se alinha a uma narrativa de renúncia ao modelo dominante e de sacralização humana e da natureza. Nas discussões, o estudo observa que a busca por emancipação à dominação técnica pode suscitar outras formas de dominação. Além disso, chama à discussão a necessidade de definições mais precisas quanto à diferenciação entre organizações convencionais e alternativas, visto que algumas características que a literatura atribui às organizações alternativas são apropriadas pelo modelo dominante. Por último, aponta que “eficiência técnica” e “modos capitalistas de organização” não necessariamente são categorias interdependentes.
publishDate 2022
dc.date.none.fl_str_mv 2022-01-01
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/article
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
format article
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1679-39512022000100077
url http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1679-39512022000100077
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.relation.none.fl_str_mv 10.1590/1679-395120200215
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.format.none.fl_str_mv text/html
dc.publisher.none.fl_str_mv Fundação Getulio Vargas, Escola Brasileira de Administração Pública e de Empresas
publisher.none.fl_str_mv Fundação Getulio Vargas, Escola Brasileira de Administração Pública e de Empresas
dc.source.none.fl_str_mv Cadernos EBAPE.BR v.20 n.1 2022
reponame:Cadernos EBAPE.BR
instname:Fundação Getulio Vargas (FGV)
instacron:FGV
instname_str Fundação Getulio Vargas (FGV)
instacron_str FGV
institution FGV
reponame_str Cadernos EBAPE.BR
collection Cadernos EBAPE.BR
repository.name.fl_str_mv Cadernos EBAPE.BR - Fundação Getulio Vargas (FGV)
repository.mail.fl_str_mv cadernosebape@fgv.br||cadernosebape@fgv.br
_version_ 1754115887169798144