Ensinar e pensar o Direito com “não juristas” e com juristas que duvidam
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2012 |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Meritum (Belo Horizonte. Online) |
Texto Completo: | http://revista.fumec.br/index.php/meritum/article/view/1058 |
Resumo: | O direito e a justiça evoluem de acordo com o desenvolvimento social. Marca da pós-modernidade, a pluralidade das práticas e dos atores de direito continuam, no entanto, mal definidos pelo universo das escolas de direito. A época contemporânea parece impor uma reformulação tanto do ensino como da pesquisa em direito. Surge, então, um paradoxo: a mudança é exigida por uma grande parte da população, enquanto o mercado procura, sem cessar, transformar os cidadãos em consumidores de direito. O problema do professor-pesquisador em direito é, dessa forma, a grande distância entre sua função imediatamente útil, que é formar juristas operacionais para sua geração, e sua função de pesquisador, que deveria, em nome da liberdade juridicamente consagrada, autorizar-lhe todas as ousadias concernentes ao futuro. Essa liberdade parece destruída tanto pela capa da normalização que afeta a primeira como pela sua asfixia financeira. Diante dessas dificuldades, ensinar e pesquisar supõem conceber junto o objeto da transmissão, depois ir o mais distante possível e, enfim, organizar a mudança para que ela seja possível e progressiva. |
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Ensinar e pensar o Direito com “não juristas” e com juristas que duvidamEnsino superior. Criatividade jurídica. Autonomia. Transformação do Direito.O direito e a justiça evoluem de acordo com o desenvolvimento social. Marca da pós-modernidade, a pluralidade das práticas e dos atores de direito continuam, no entanto, mal definidos pelo universo das escolas de direito. A época contemporânea parece impor uma reformulação tanto do ensino como da pesquisa em direito. Surge, então, um paradoxo: a mudança é exigida por uma grande parte da população, enquanto o mercado procura, sem cessar, transformar os cidadãos em consumidores de direito. O problema do professor-pesquisador em direito é, dessa forma, a grande distância entre sua função imediatamente útil, que é formar juristas operacionais para sua geração, e sua função de pesquisador, que deveria, em nome da liberdade juridicamente consagrada, autorizar-lhe todas as ousadias concernentes ao futuro. Essa liberdade parece destruída tanto pela capa da normalização que afeta a primeira como pela sua asfixia financeira. Diante dessas dificuldades, ensinar e pesquisar supõem conceber junto o objeto da transmissão, depois ir o mais distante possível e, enfim, organizar a mudança para que ela seja possível e progressiva.Universidade FUMEC2012-05-04info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionapplication/pdfhttp://revista.fumec.br/index.php/meritum/article/view/105810.46560/meritum.v5i2.1058Meritum, Law Journal of FUMEC University; Vol. 5, Nº 02 - julho/dezembro 2010Meritum, Revista de Derecho de la Universidad FUMEC; Vol. 5, Nº 02 - julho/dezembro 2010Meritum, Journal de droit de l'Université FUMEC; Vol. 5, Nº 02 - julho/dezembro 2010Meritum, Revista de Direito da Universidade FUMEC; Vol. 5, Nº 02 - julho/dezembro 20102238-69391980-207210.46560/meritum.v5i2reponame:Meritum (Belo Horizonte. Online)instname:Universidade FUMECinstacron:FUMECporhttp://revista.fumec.br/index.php/meritum/article/view/1058/751Nicolau, Gildainfo:eu-repo/semantics/openAccess2024-05-13T13:30:58Zoai:ojs.fumec.br:article/1058Revistahttp://revista.fumec.br/index.php/meritumPUBhttps://revista.fumec.br/index.php/meritum/oairevistameritum@fumec.br2238-69391980-2072opendoar:2024-05-13T13:30:58Meritum (Belo Horizonte. Online) - Universidade FUMECfalse |
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