Hábito de crescimento de Colletotrichum gossypii e C. gossypii var. Cephalosporioides em sementes de algodoeiro

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Tanaka,Maria Aparecida de Souza
Data de Publicação: 1996
Outros Autores: Menten,José Otavio Machado, Machado,José da Cruz
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Bragantia
Texto Completo: http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0006-87051996000100011
Resumo: Observações sobre o hábito de crescimento de Colletotrichum gossypii e C. gossypii var. cephalosporioides em sementes de algodoeiro, inoculadas artificialmente e incubadas a 20-22°C durante cinco a sete dias, evidenciaram as seguintes características: (a) em raízes: acérvulos isolados ou em grupos, massa conidial cor branco-suja, alaranjada ou salmão (mais freqüente), setas marrom-escuras, muitas vezes encobertas pela matriz gelatinosa; conídios produzidos também no micélio aéreo ou nas extremidades das setas, onde ficam aderidos, formando pequenos aglomerados; (b) na superfície das sementes: conídios produzidos nos ápices de setas que emergem diretamente do tegumento, ficando aderidos uns aos outros, formando cachos, semelhantes a cadeias, que são vistos brilhantes sob a luz, em estereomicroscópio. As setas férteis são formadas também no micélio aéreo que recobre as sementes, geralmente após cinco dias de incubação. Os acérvulos com massa conidial raramente são visíveis, exceto em sementes danificadas ou mortas. Como característica de C. gossypii, observou-se que as sementes exibem, de modo geral, uma coloração rosada, em decorrência da abundante esporulação; a ausência ou escassez de micélio aéreo e as setas curtas resultam em um crescimento rente ao tegumento e aspecto compacto. Comparativamente, nas sementes com C. gossypii var. cephalosporioides, as setas são mais longas e menos densas; o micélio aéreo com setas férteis ocorre com mais freqüência, conferindo às sementes tonalidades acinzentadas e aspecto solto. A constatação de setas férteis em lesões foliares de ramulose evidencia que, no campo, essas estruturas podem funcionar como autênticos conidióforos, desempenhando um importante papel epidemiológico, ao possibilitar a disseminação dos esporos pelos ventos, a longas distâncias.
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