Alterações morfológicas e hemodinâmica tardias no território esplênico de pacientes com esquitomosse mansônica hepatoesplênica pós-anastomose esplenorrenal distal . (Estudo com ultra-som Doppler)
Autor(a) principal: | |
---|---|
Data de Publicação: | 2002 |
Outros Autores: | , , , , |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Arquivos de gastroenterologia (Online) |
Texto Completo: | http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0004-28032002000400003 |
Resumo: | RACIONAL: A anastomose esplenorrenal distal (operação de Warren) tem sido indicada para tratamento do sangramento digestivo provocado pelas varizes esofágicas pois, idealmente, reduziria a pressão venosa no território cardiotuberositário sem alterar o fluxo mesentérico-portal. Entretanto, as mudanças que esta operação provoca no território esplênico não foram totalmente esclarecidas. OBJETIVO: Avaliar alterações morfológicas e hemodinâmicas tardias no território esplênico decorrentes da anastomose esplenorrenal distal, em pacientes com hipertensão portal por esquistossomose mansônica hepatoesplênica complicada com hemorragia pelas varizes esofágicas. MÉTODO: Estudo, mediante ultra-som-Doppler, da região esplênica de 52 pacientes com hipertensão portal por esquistossomose hepatoesplênica divididos em dois grupos: 40 não-operados e 12 com anastomose esplenorrenal distal. Neles foram comparados: a) parâmetros morfométricos (diâmetro da artéria e veia esplênicas, diâmetros esplênicos: longitudinal, transversal e ântero-posterior); b) parâmetros velocimétricos do fluxo nos vasos esplênicos (velocidade de pico sistólico na artéria esplênica e velocidade média de fluxo na veia esplênica); c) índice biométrico do baço (longitudinal x transversal); d) índice volumétrico do baço (longitudinal x transversal x ântero-posterior x 0,523); e) índices hemodinâmicos de impedância na artéria esplênica (pulsatilidade e resistividade). RESULTADOS: Nos pacientes com anastomose esplenorrenal distal observaram-se: a) redução - índice volumétrico (não-operados 903,83 ± 452,77 cm³/anastomose esplenorrenal distal 482,32 ± 208,02 cm³ (46,64%)) e biométrico esplênico (não-operados 138,14 ± 51,89 cm²/anastomose esplenorrenal distal 94,83 ± 39,83 cm² (33,35%)); b) ausência de variação - artéria esplênica: diâmetro (não-operados 0,57 ± 0,16 cm/anastomose esplenorrenal distal 0,57 ± 0,23 cm)), velocidade de pico sistólico na artéria esplênica (não-operados 107 ± 42,02 cm/seg/ anastomose esplenorrenal distal 89,81 ± 41,20 cm/seg)), índice de resistividade (não-operados 0,58 ± 0,008/anastomose esplenorrenal distal 0,56 ± 0,06)) e índice de pulsatilidade (não-operados 0,91 ± 0,19/anastomose esplenorrenal distal 0,86 ± 0,15); - veia esplênica (não-operados 1,10 ± 0,30 cm/anastomose esplenorrenal distal 1,19 ± 0,29 cm)); c) aumento - da velocidade média de fluxo na veia esplênica (não-operados 20,54 ± 8,45 cm/seg/anastomose esplenorrenal distal 27,83 ± 9,29 cm/seg)). CONCLUSÕES: A comparação dos exames ultra-som-Doppler entre os dois grupos (não-operados e anastomose esplenorrenal distal) mostrou que nos pacientes com esquistossomose mansônica hepatoesplênica e operados de anastomose esplenorrenal distal há redução dos índices biométrico e volumétrico do baço; não há modificação dos parâmetros morfológicos e hemodinâmicos nem dos índices velocimétricos da artéria esplênica; há aumento da velocidade média de fluxo na veia esplênica. |
id |
IBEPEGE-1_c03a72b2ac10fced08cd157dca6eb8a5 |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:scielo:S0004-28032002000400003 |
network_acronym_str |
IBEPEGE-1 |
network_name_str |
Arquivos de gastroenterologia (Online) |
repository_id_str |
|
spelling |
Alterações morfológicas e hemodinâmica tardias no território esplênico de pacientes com esquitomosse mansônica hepatoesplênica pós-anastomose esplenorrenal distal . (Estudo com ultra-som Doppler)BaçoEsquistossomose mansoniHipertensão portalAnastomose cirúrgicaUltra-sonografia DopplerRACIONAL: A anastomose esplenorrenal distal (operação de Warren) tem sido indicada para tratamento do sangramento digestivo provocado pelas varizes esofágicas pois, idealmente, reduziria a pressão venosa no território cardiotuberositário sem alterar o fluxo mesentérico-portal. Entretanto, as mudanças que esta operação provoca no território esplênico não foram totalmente esclarecidas. OBJETIVO: Avaliar alterações morfológicas e hemodinâmicas tardias no território esplênico decorrentes da anastomose esplenorrenal distal, em pacientes com hipertensão portal por esquistossomose mansônica hepatoesplênica complicada com hemorragia pelas varizes esofágicas. MÉTODO: Estudo, mediante ultra-som-Doppler, da região esplênica de 52 pacientes com hipertensão portal por esquistossomose hepatoesplênica divididos em dois grupos: 40 não-operados e 12 com anastomose esplenorrenal distal. Neles foram comparados: a) parâmetros morfométricos (diâmetro da artéria e veia esplênicas, diâmetros esplênicos: longitudinal, transversal e ântero-posterior); b) parâmetros velocimétricos do fluxo nos vasos esplênicos (velocidade de pico sistólico na artéria esplênica e velocidade média de fluxo na veia esplênica); c) índice biométrico do baço (longitudinal x transversal); d) índice volumétrico do baço (longitudinal x transversal x ântero-posterior x 0,523); e) índices hemodinâmicos de impedância na artéria esplênica (pulsatilidade e resistividade). RESULTADOS: Nos pacientes com anastomose esplenorrenal distal observaram-se: a) redução - índice volumétrico (não-operados 903,83 ± 452,77 cm³/anastomose esplenorrenal distal 482,32 ± 208,02 cm³ (46,64%)) e biométrico esplênico (não-operados 138,14 ± 51,89 cm²/anastomose esplenorrenal distal 94,83 ± 39,83 cm² (33,35%)); b) ausência de variação - artéria esplênica: diâmetro (não-operados 0,57 ± 0,16 cm/anastomose esplenorrenal distal 0,57 ± 0,23 cm)), velocidade de pico sistólico na artéria esplênica (não-operados 107 ± 42,02 cm/seg/ anastomose esplenorrenal distal 89,81 ± 41,20 cm/seg)), índice de resistividade (não-operados 0,58 ± 0,008/anastomose esplenorrenal distal 0,56 ± 0,06)) e índice de pulsatilidade (não-operados 0,91 ± 0,19/anastomose esplenorrenal distal 0,86 ± 0,15); - veia esplênica (não-operados 1,10 ± 0,30 cm/anastomose esplenorrenal distal 1,19 ± 0,29 cm)); c) aumento - da velocidade média de fluxo na veia esplênica (não-operados 20,54 ± 8,45 cm/seg/anastomose esplenorrenal distal 27,83 ± 9,29 cm/seg)). CONCLUSÕES: A comparação dos exames ultra-som-Doppler entre os dois grupos (não-operados e anastomose esplenorrenal distal) mostrou que nos pacientes com esquistossomose mansônica hepatoesplênica e operados de anastomose esplenorrenal distal há redução dos índices biométrico e volumétrico do baço; não há modificação dos parâmetros morfológicos e hemodinâmicos nem dos índices velocimétricos da artéria esplênica; há aumento da velocidade média de fluxo na veia esplênica.Instituto Brasileiro de Estudos e Pesquisas de Gastroenterologia e Outras Especialidades - IBEPEGE. 2002-10-01info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersiontext/htmlhttp://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0004-28032002000400003Arquivos de Gastroenterologia v.39 n.4 2002reponame:Arquivos de gastroenterologia (Online)instname:Instituto Brasileiro de Estudos e Pesquisas de Gastroenterologiainstacron:IBEPEGE10.1590/S0004-28032002000400003info:eu-repo/semantics/openAccessWidman,AzzoOliveira,Ilka Regina Souza deSperanzini,Manlio BasílioCerri,Giovanni GuidoSaad,William AbrãoGama-Rodrigues,Joaquimpor2003-07-15T00:00:00Zoai:scielo:S0004-28032002000400003Revistahttp://www.scielo.br/aghttps://old.scielo.br/oai/scielo-oai.php||secretariaarqgastr@hospitaligesp.com.br1678-42190004-2803opendoar:2003-07-15T00:00Arquivos de gastroenterologia (Online) - Instituto Brasileiro de Estudos e Pesquisas de Gastroenterologiafalse |
dc.title.none.fl_str_mv |
Alterações morfológicas e hemodinâmica tardias no território esplênico de pacientes com esquitomosse mansônica hepatoesplênica pós-anastomose esplenorrenal distal . (Estudo com ultra-som Doppler) |
title |
Alterações morfológicas e hemodinâmica tardias no território esplênico de pacientes com esquitomosse mansônica hepatoesplênica pós-anastomose esplenorrenal distal . (Estudo com ultra-som Doppler) |
spellingShingle |
Alterações morfológicas e hemodinâmica tardias no território esplênico de pacientes com esquitomosse mansônica hepatoesplênica pós-anastomose esplenorrenal distal . (Estudo com ultra-som Doppler) Widman,Azzo Baço Esquistossomose mansoni Hipertensão portal Anastomose cirúrgica Ultra-sonografia Doppler |
title_short |
Alterações morfológicas e hemodinâmica tardias no território esplênico de pacientes com esquitomosse mansônica hepatoesplênica pós-anastomose esplenorrenal distal . (Estudo com ultra-som Doppler) |
title_full |
Alterações morfológicas e hemodinâmica tardias no território esplênico de pacientes com esquitomosse mansônica hepatoesplênica pós-anastomose esplenorrenal distal . (Estudo com ultra-som Doppler) |
title_fullStr |
Alterações morfológicas e hemodinâmica tardias no território esplênico de pacientes com esquitomosse mansônica hepatoesplênica pós-anastomose esplenorrenal distal . (Estudo com ultra-som Doppler) |
title_full_unstemmed |
Alterações morfológicas e hemodinâmica tardias no território esplênico de pacientes com esquitomosse mansônica hepatoesplênica pós-anastomose esplenorrenal distal . (Estudo com ultra-som Doppler) |
title_sort |
Alterações morfológicas e hemodinâmica tardias no território esplênico de pacientes com esquitomosse mansônica hepatoesplênica pós-anastomose esplenorrenal distal . (Estudo com ultra-som Doppler) |
author |
Widman,Azzo |
author_facet |
Widman,Azzo Oliveira,Ilka Regina Souza de Speranzini,Manlio Basílio Cerri,Giovanni Guido Saad,William Abrão Gama-Rodrigues,Joaquim |
author_role |
author |
author2 |
Oliveira,Ilka Regina Souza de Speranzini,Manlio Basílio Cerri,Giovanni Guido Saad,William Abrão Gama-Rodrigues,Joaquim |
author2_role |
author author author author author |
dc.contributor.author.fl_str_mv |
Widman,Azzo Oliveira,Ilka Regina Souza de Speranzini,Manlio Basílio Cerri,Giovanni Guido Saad,William Abrão Gama-Rodrigues,Joaquim |
dc.subject.por.fl_str_mv |
Baço Esquistossomose mansoni Hipertensão portal Anastomose cirúrgica Ultra-sonografia Doppler |
topic |
Baço Esquistossomose mansoni Hipertensão portal Anastomose cirúrgica Ultra-sonografia Doppler |
description |
RACIONAL: A anastomose esplenorrenal distal (operação de Warren) tem sido indicada para tratamento do sangramento digestivo provocado pelas varizes esofágicas pois, idealmente, reduziria a pressão venosa no território cardiotuberositário sem alterar o fluxo mesentérico-portal. Entretanto, as mudanças que esta operação provoca no território esplênico não foram totalmente esclarecidas. OBJETIVO: Avaliar alterações morfológicas e hemodinâmicas tardias no território esplênico decorrentes da anastomose esplenorrenal distal, em pacientes com hipertensão portal por esquistossomose mansônica hepatoesplênica complicada com hemorragia pelas varizes esofágicas. MÉTODO: Estudo, mediante ultra-som-Doppler, da região esplênica de 52 pacientes com hipertensão portal por esquistossomose hepatoesplênica divididos em dois grupos: 40 não-operados e 12 com anastomose esplenorrenal distal. Neles foram comparados: a) parâmetros morfométricos (diâmetro da artéria e veia esplênicas, diâmetros esplênicos: longitudinal, transversal e ântero-posterior); b) parâmetros velocimétricos do fluxo nos vasos esplênicos (velocidade de pico sistólico na artéria esplênica e velocidade média de fluxo na veia esplênica); c) índice biométrico do baço (longitudinal x transversal); d) índice volumétrico do baço (longitudinal x transversal x ântero-posterior x 0,523); e) índices hemodinâmicos de impedância na artéria esplênica (pulsatilidade e resistividade). RESULTADOS: Nos pacientes com anastomose esplenorrenal distal observaram-se: a) redução - índice volumétrico (não-operados 903,83 ± 452,77 cm³/anastomose esplenorrenal distal 482,32 ± 208,02 cm³ (46,64%)) e biométrico esplênico (não-operados 138,14 ± 51,89 cm²/anastomose esplenorrenal distal 94,83 ± 39,83 cm² (33,35%)); b) ausência de variação - artéria esplênica: diâmetro (não-operados 0,57 ± 0,16 cm/anastomose esplenorrenal distal 0,57 ± 0,23 cm)), velocidade de pico sistólico na artéria esplênica (não-operados 107 ± 42,02 cm/seg/ anastomose esplenorrenal distal 89,81 ± 41,20 cm/seg)), índice de resistividade (não-operados 0,58 ± 0,008/anastomose esplenorrenal distal 0,56 ± 0,06)) e índice de pulsatilidade (não-operados 0,91 ± 0,19/anastomose esplenorrenal distal 0,86 ± 0,15); - veia esplênica (não-operados 1,10 ± 0,30 cm/anastomose esplenorrenal distal 1,19 ± 0,29 cm)); c) aumento - da velocidade média de fluxo na veia esplênica (não-operados 20,54 ± 8,45 cm/seg/anastomose esplenorrenal distal 27,83 ± 9,29 cm/seg)). CONCLUSÕES: A comparação dos exames ultra-som-Doppler entre os dois grupos (não-operados e anastomose esplenorrenal distal) mostrou que nos pacientes com esquistossomose mansônica hepatoesplênica e operados de anastomose esplenorrenal distal há redução dos índices biométrico e volumétrico do baço; não há modificação dos parâmetros morfológicos e hemodinâmicos nem dos índices velocimétricos da artéria esplênica; há aumento da velocidade média de fluxo na veia esplênica. |
publishDate |
2002 |
dc.date.none.fl_str_mv |
2002-10-01 |
dc.type.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/article |
dc.type.status.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/publishedVersion |
format |
article |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0004-28032002000400003 |
url |
http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0004-28032002000400003 |
dc.language.iso.fl_str_mv |
por |
language |
por |
dc.relation.none.fl_str_mv |
10.1590/S0004-28032002000400003 |
dc.rights.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/openAccess |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.format.none.fl_str_mv |
text/html |
dc.publisher.none.fl_str_mv |
Instituto Brasileiro de Estudos e Pesquisas de Gastroenterologia e Outras Especialidades - IBEPEGE. |
publisher.none.fl_str_mv |
Instituto Brasileiro de Estudos e Pesquisas de Gastroenterologia e Outras Especialidades - IBEPEGE. |
dc.source.none.fl_str_mv |
Arquivos de Gastroenterologia v.39 n.4 2002 reponame:Arquivos de gastroenterologia (Online) instname:Instituto Brasileiro de Estudos e Pesquisas de Gastroenterologia instacron:IBEPEGE |
instname_str |
Instituto Brasileiro de Estudos e Pesquisas de Gastroenterologia |
instacron_str |
IBEPEGE |
institution |
IBEPEGE |
reponame_str |
Arquivos de gastroenterologia (Online) |
collection |
Arquivos de gastroenterologia (Online) |
repository.name.fl_str_mv |
Arquivos de gastroenterologia (Online) - Instituto Brasileiro de Estudos e Pesquisas de Gastroenterologia |
repository.mail.fl_str_mv |
||secretariaarqgastr@hospitaligesp.com.br |
_version_ |
1754193342763106304 |