Inflamabilidade de Espécies Ornamentais Urbanas para Uso em Cortinas de Segurança

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Moura Fonseca Lucas, Fernanda
Data de Publicação: 2019
Outros Autores: Kovalsyki, Bruna, de Cerqueira Jacobs, Rudolfo, França Tetto, Alexandre, Batista, Antonio Carlos
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Biodiversidade Brasileira
Texto Completo: https://revistaeletronica.icmbio.gov.br/BioBR/article/view/1029
Resumo: Incêndios florestais promovem perturbações nos ecossistemas, sendo que uma das medidas preventivas adotadas para reduzir os seus efeitos são as cortinas de segurança. Esta medida consiste em plantios ao longo de faixas e em diferentes estratos com espécies de baixa inflamabilidade, que atuam como uma barreira física reduzindo ou evitando a passagem do fogo. A caracterização de espécies que possam vir a compor estas cortinas são estudos básicos e essenciais para adequação de medidas preventivas, capazes de atender outros setores como o paisagístico. Diante disto, este trabalho teve como objetivo avaliar a inflamabilidade de duas espécies ornamentais urbanas: Eugenia uniflora L. e Persea gratissima Gaertner F. para utilização em cortinas de segurança. O experimento foi conduzido no Laboratório de Proteção Florestal da Universidade Federal do Paraná. A inflamabilidade foi testada a partir da queima controlada em um epirradiador, com temperatura variando de 320 a 390 °C, na qual se utilizou 1 g de material vegetal fino maduro recém coletado (< 0,7 cm de diâmetro). Foram realizadas 50 repetições por espécie, sendo determinado: tempo de ignição, duração da combustão, altura de chama e frequência de ignição. A partir da média dessas variáveis obteve-se o valor da inflamabilidade e da intensidade para as duas espécies. Além disso, foi determinada a massa verde de uma fração do material vegetal e, após permanecer na estufa por 48 horas a 75 °C, a massa seca, para estimativa do teor de umidade. Conforme os testes realizados, foi constatado que E. uniflora apresentou a maior frequência de ignição (37) em relação a P. gratissima (28). Isto pode estar correlacionado com um menor teor de umidade encontrado no material combustível da primeira espécie (87,10%) em relação à segunda (150,91%). Ambas apresentaram elevada intensidade de combustão, com comprimento médio da chama superior a 12 cm. No entanto, com base na frequência e no tempo para entrar em ignição (média de 28 segundos para E. uniflora e 35,4 segundos para P. gratissima), as duas foram consideradas fracamente inflamáveis, apresentando assim, além da qualidade ornamental um potencial para utilização em cortinas de segurança na prevenção de incêndios.
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