Análise espacial dos casos de malária em crianças em uma área endêmica no Pará

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Santos, Natália Cristina Costa dos
Data de Publicação: 2019
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Digital do Instituto Evandro Chagas (Patuá)
Texto Completo: https://patua.iec.gov.br/handle/iec/4418
Resumo: A malária é uma doença infecciosa febril aguda cujos agentes etiológicos são protozoários do gênero Plasmodium transmitidos pela fêmea infectada do mosquito Anopheles. A doença apresenta considerável extensão territorial, haja vista que a maioria da população mundial está exposta a riscos. Em áreas com alta transmissão de malária, crianças com menos de cinco anos são particularmente suscetíveis à infecção, doença e morte. No Brasil, a preocupação com o agravo se dá principalmente pela elevada incidência na região Amazônica, área endêmica para a doença. A malária permanece ocasionando casos no estado do Pará devido às condições favoráveis encontradas que são as características geográficas, ecológicas e socioeconômicas. O objetivo deste estudo foi analisar a distribuição espacial dos casos de malária em crianças no município de Anajás/Pará, no período de 2008- 2017 e sua relação com o meio ambiente. Este é um estudo epidemiológico, de caráter ecológico, retrospectivo e transversal. Os casos de malária foram obtidos do Sistema de Informação de Vigilância Epidemiológica de Malária (Sivep-Malária). As variáveis ambientais foram o índice de vegetação, temperatura, precipitação e elevação do Google Earth Engine e os dados de desmatamento e uso do solo do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE). Os dados de localidade e limites de município do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e de hidrografia da Agência Nacional de Águas (ANA). Durante o período de estudo em Anajás/PA ocorreram 139.099 casos de malária, sendo que 46,6% foram em crianças na faixa etária de 0 a 9 anos. Houve predomínio da malária em crianças na faixa etária de escolares de 5-9 anos (40,5%), do sexo masculino (52,6%), da raça parda (98,1%) e residentes na zona rural (85%). O P. vivax ocasionou 54% dos casos, 96% das crianças doentes apresentaram sintomas e apenas 0,27% apresentou parasitemia para quatro cruzes. O mês com maior número de casos foi agosto. O Índice Parasitário Anual (IPA) do município foi de alto risco e sempre se mostrou superior aos do Brasil e Pará. Os casos apresentaram autocorrelação espacial nos anos de 2013, 2014 e 2015. O estimador de densidade Kernel mostrou a ocorrência de aglomerados em todo o município. Os casos de malária apresentaram correlação direta com o índice de vegetação e a temperatura do dia, e inversa com a temperatura da noite e precipitação. Em relação ao uso do solo o maior número de casos ocorreu nas classes floresta e hidrografia. Estudos que busquem analisar as consequências ocasionadas pela malária em crianças são vitais para a elaboração de medidas de prevenção e para o desenvolvimento do monitoramento e controle dessa enfermidade.
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Em áreas com alta transmissão de malária, crianças com menos de cinco anos são particularmente suscetíveis à infecção, doença e morte. No Brasil, a preocupação com o agravo se dá principalmente pela elevada incidência na região Amazônica, área endêmica para a doença. A malária permanece ocasionando casos no estado do Pará devido às condições favoráveis encontradas que são as características geográficas, ecológicas e socioeconômicas. O objetivo deste estudo foi analisar a distribuição espacial dos casos de malária em crianças no município de Anajás/Pará, no período de 2008- 2017 e sua relação com o meio ambiente. Este é um estudo epidemiológico, de caráter ecológico, retrospectivo e transversal. Os casos de malária foram obtidos do Sistema de Informação de Vigilância Epidemiológica de Malária (Sivep-Malária). As variáveis ambientais foram o índice de vegetação, temperatura, precipitação e elevação do Google Earth Engine e os dados de desmatamento e uso do solo do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE). Os dados de localidade e limites de município do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e de hidrografia da Agência Nacional de Águas (ANA). Durante o período de estudo em Anajás/PA ocorreram 139.099 casos de malária, sendo que 46,6% foram em crianças na faixa etária de 0 a 9 anos. Houve predomínio da malária em crianças na faixa etária de escolares de 5-9 anos (40,5%), do sexo masculino (52,6%), da raça parda (98,1%) e residentes na zona rural (85%). O P. vivax ocasionou 54% dos casos, 96% das crianças doentes apresentaram sintomas e apenas 0,27% apresentou parasitemia para quatro cruzes. O mês com maior número de casos foi agosto. O Índice Parasitário Anual (IPA) do município foi de alto risco e sempre se mostrou superior aos do Brasil e Pará. 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Ananindeua, PA, Brasil.porMS/SVS/Instituto Evandro ChagasAnálise espacial dos casos de malária em crianças em uma área endêmica no Paráinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesis2019-08-28Núcleo de Ensino e Pós-GraduaçãoMS/SVS/Instituto Evandro ChagasMestrado AcadêmicoAnanindeua / PAPrograma de Pós-Graduação em Epidemiologia e Vigilância em SaúdeMalária / diagnósticoMalária / transmissãoAnálise EspacialMapeamento GeográficoMenores de Idade / estatística & dados numéricosMonitoramento EpidemiológicoAnajás (PA)info:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Digital do Instituto Evandro Chagas (Patuá)instname:Instituto Evandro Chagas (IEC)instacron:IECORIGINALAnálise espacial dos casos de malária em crianças em uma área endêmica no Pará.pdfAnálise espacial dos casos de malária em crianças em uma área endêmica no Pará.pdfapplication/pdf2248639https://patua.iec.gov.br/bitstreams/9eea07d0-5781-4592-a6dd-0a598eb4b4d3/downloadaca2b2df7a21630b369937ca69e427d5MD51LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; 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