Vasos sanguíneos em gânglios no esôfago humano poderiam explicar a maior freqüência de megaesôfago comparado com megacolon

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Adad, Sheila Jorge
Data de Publicação: 2014
Outros Autores: Etchebehere, Renata Margarida, Jammal, Alessandro Adad
Tipo de documento: Artigo
Idioma: eng
Título da fonte: Revista do Instituto de Medicina Tropical de São Paulo
Texto Completo: https://www.revistas.usp.br/rimtsp/article/view/87667
Resumo: Este estudo teve como objetivo avaliar se existem ou não vasos sanguíneos no interior de gânglios do plexo mientérico do esôfago e cólon humano. Foram examinados 15 casos de necrópsias de natimortos, recém-nascidos e crianças de até dois anos de idade, sem alterações gastrintestinais, que faleceram por doenças em outros órgãos. Foram analisados anéis do esôfago e cólon, fixados em formol e processados para inclusão em parafina. Cortes histológicos escalonados foram corados pelas técnicas de hematoxilina-eosina, Giemsa e imuno-histoquímica para caracterização das células endoteliais, utilizando-se os anticorpos anti-fator VIII e CD 31. Foram identificados vasos sanguíneos no interior de gânglios do plexo mientérico do esôfago em todos os casos e não foram vistos vasos sanguíneos em nenhum gânglio do cólon. Concluímos que os gânglios do plexo mientérico do esôfago são vascularizados e, os do cólon, avasculares. A vascularização no interior dos gânglios do esôfago pode facilitar a entrada de agentes infecciosos, bem como o desenvolvimento de respostas inflamatórias (ganglionite) e denervação, como encontrados na doença de Chagas e na acalásia idiopática. Isso pode explicar a frequência maior de megaesôfago comparado com megacólon.
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