Regeneração arbórea em distância à floresta contínua em pastagens abandonadas na região de Manaus

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Puerta, Rogério
Data de Publicação: 2000
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional do INPA
Texto Completo: https://repositorio.inpa.gov.br/handle/1/5191
http://lattes.cnpq.br/3968140468519921
Resumo: Foram delimitadas cinco parcelas de 200 x 250 m em pastagem abandonada, dominada por Brachiaria humidicola, formada há 18 anos e queimada pela última vez há cerca de três anos. Foram comparados cinco intervalos de distância à borda da floresta contínua, de 50 em 50 metros, até 250 metros. Foram estudadas a densidade, a freqüência e a diversidade das espécies arbóreas, avaliando-se separadamente a regeneração esparsa e a dos aglomerados de vegetação. O estudo foi feito na Fazenda Esteio, que é parte das reservas do convênio INPA/Smithsonian Institution e está localizada a cerca de 80 km ao norte de Manaus, Amazonas (Amazônia central). Em uma área total de 6,75 hectares, foram encontradas 65 espécies arbóreas, pertencentes a 54 gêneros de 27 famílias botânicas. As famílias com maior diversidade de espécies arbóreas foram Cecropiaceae (seis espécies de três gêneros) e Flacourtiaceae (cinco espécies de quatro gêneros). A diversidade de espécies arbóreas, pelo Índice de Diversidade de Shannon-Weaver, decresceu de 2,73 com 42 espécies distintas no intervalo dos 0-50 m para 2,39 com 20 diferentes espécies no intervalo dos 200-250 m. As três espécies com maior densidade de indivíduos foram Vismia japurensis e V. cayennensis (Clusiaceae), além de Goupia glabra (Celastraceae), enquanto que as três espécies mais freqüentes foram V. japurensis, V. cayennensis e V. guianensis. Não houve diferenças significativas para a variável número de indivíduos arbóreos ao longo dos intervalos de distância; no entanto, ficou demonstrada uma tendência de diminuição com as distâncias e descartando-se um dos blocos experimentais, que possuía valores discrepantes, a variável passou a apresentar diferenças significativas, com uma redução a partir da borda da floresta. Não houve diferenças significativas para a variável número de espécies arbóreas com a distância à borda da floresta, no entanto, também ficou demonstrada uma tendência de diminuição. A área e o número total de aglomerados de regeneração diminuíram significativamente com o aumento da distância à borda. Em média houve 87 m2 de regeneração aglomerada no intervalo 0-50 m contra 15 m² no intervalo 200-250 m, e em média dois aglomerados foram verificados aos 0-50 m contra 0,6 aglomerado aos 200-250 m. Houve uma tendência de diminuição da densidade de indivíduos arbóreos nos aglomerados com as distâncias à floresta: de 36 indivíduos/100 m² aos 0-50 m para 26 indivíduos/100 m² aos 200-250 m. Portanto, a influência da distância à borda da floresta foi mais acentuada nos aglomerados de vegetação, com uma clara diminuição da densidade e diversidade de espécies arbóreas.
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