Sazonalidade da renovação de folhas no dossel ao longo de uma topossequência e em ano de seca severa em floresta de terra firme na Amazônia Central

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Valle, Dalton Freitas do
Data de Publicação: 2016
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações do INPA
Texto Completo: https://repositorio.inpa.gov.br/handle/1/5158
http://lattes.cnpq.br/3354137047126970
Resumo: Na Amazônia Central, perto de Manaus, a produção de folhas caídas na serapilheira e o estoque de folhas vivas no dossel foram medidos, e a produção de folhas novas foi inferida, mensalmente de abril de 2015 a março de 2016, em quatro tipos de floresta de terra firme dispostas ao longo de um gradiente topográfico, desde a zona ripária com areia branca mal drenada até o platô com solo argiloso bem drenado. A produção mensal de folhas caídas na serapilheira seguiu o mesmo padrão nos quatro ambientes, com um comportamento mensal similar. Durante os cinco meses mais secos, as taxas de produção de folhas caídas na serapilheira e de folhas novas formadas no dossel foram 2,3-2,7 vezes maior do que nos cinco meses mais úmidos (utilizando médias mensais de - históricos de precipitação). Isso resulta em uma forte sazonalidade na estrutura etária das folhas no dossel, antes documentada apenas na floresta de platô na Amazônia Central. Detectar o mesmo padrão em todas as partes da paisagem local é importante porque os platôs ocupam menos de 50% da área de terra firme da Amazônia Central e porque a mudança sazonal na estrutura etária das folhas no dossel é a principal causa da sazonalidade na capacidade fotossintética do dossel e da sazonalidade de GEP - Produtividade Bruta do Ecossistema. A produção de serapilheira foi mais fortemente correlacionada com as médias mensais históricas de duas variáveis climáticas (precipitação e cobertura de nuvens) do que com seus valores mensais no período de estudo, apesar de o estudo ocorrer durante a seca mais intensa desde 1997-98. Isto sugere que a fenologia florestal está programada para seguir o clima sazonal histórico. Uma possível exceção - uma breve resposta à seca do período de estudo - foi um segundo pico, anômalo, na produção de folhas na serapilheira durante o mês 15/09-15/10 de 2015. Neste período ocorreu o menor valor (63 mm) para a precipitação acumulada de 60 dias, desde 1998. Este segundo pico na queda de folhas não é visível nas médias mensais (2004-2008) de dados de serapilheira obtidos para o platô no mesmo local pelo projeto TEAM (Tropical Ecology Assessment & Monitoring). Na floresta de baixio foram registradas as menores taxas de produção de folhas na serapilheira e de produção de folhas novas no dossel; o maior tempo de residência das folhas no dossel; e a menor área foliar específica (SLA), em comparação com os outros três tipos de floresta. Os outros três tipos de floresta não foram separáveis quanto a esses atributos.
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Isso resulta em uma forte sazonalidade na estrutura etária das folhas no dossel, antes documentada apenas na floresta de platô na Amazônia Central. Detectar o mesmo padrão em todas as partes da paisagem local é importante porque os platôs ocupam menos de 50% da área de terra firme da Amazônia Central e porque a mudança sazonal na estrutura etária das folhas no dossel é a principal causa da sazonalidade na capacidade fotossintética do dossel e da sazonalidade de GEP - Produtividade Bruta do Ecossistema. A produção de serapilheira foi mais fortemente correlacionada com as médias mensais históricas de duas variáveis climáticas (precipitação e cobertura de nuvens) do que com seus valores mensais no período de estudo, apesar de o estudo ocorrer durante a seca mais intensa desde 1997-98. Isto sugere que a fenologia florestal está programada para seguir o clima sazonal histórico. Uma possível exceção - uma breve resposta à seca do período de estudo - foi um segundo pico, anômalo, na produção de folhas na serapilheira durante o mês 15/09-15/10 de 2015. Neste período ocorreu o menor valor (63 mm) para a precipitação acumulada de 60 dias, desde 1998. Este segundo pico na queda de folhas não é visível nas médias mensais (2004-2008) de dados de serapilheira obtidos para o platô no mesmo local pelo projeto TEAM (Tropical Ecology Assessment & Monitoring). Na floresta de baixio foram registradas as menores taxas de produção de folhas na serapilheira e de produção de folhas novas no dossel; o maior tempo de residência das folhas no dossel; e a menor área foliar específica (SLA), em comparação com os outros três tipos de floresta. Os outros três tipos de floresta não foram separáveis quanto a esses atributos.In the central Amazon near Manaus, leaf litter production and canopy leaf stock were measured and new leaf production was inferred, at monthly increments from April 2015 to March 2016, for four upland forest types arrayed along a topographic gradient ranging from poorly drained white sand riparian zone to well drained clay-loam plateau. All four-forest types closely tracked one to another on a monthly basis. Production rates of leaf litter and of new leaves in the canopy during the five driest months were 2.3-2.7 times higher than in the five wettest months, using historical monthly rainfall means. This results in a strong seasonality in the leaf-age structure, previously documented only for central Amazon plateau forests. Detecting the same pattern in all parts of the local upland landscape is important because plateaus occupy less than 50% of the area of central Amazon upland and because seasonal change in leaf age structure is the main driver of seasonality in canopy photosynthetic capacity and Gross Ecosystem Productivity (GEP). Leaf-litter production was more strongly correlated with historical monthly means of two climate variables (rainfall and cloud cover) than with the study period values of these two climate variables, despite of this study was carried out during the most extreme El Nino drought since 1997-98. This suggests that forest phenology is programmed to follow expected (historical) seasonal climate. A possible exception - a brief response to the study period El Niño - was an anomalous second peak in leaf litter rates during the month 15Sept-15Oct 2015, when accumulated 60-day rainfall reached its lowest level (63 mm) since at least 1998. This second peak in leaf drop was not visible in the monthly averages (2004-2008) of leaf litter data obtained for plateau by TEAM for the same site. Riparian forest had the lowest levels of leaf litter production, of new leaf production, longer leaf residence time and lower specific leaf area, compared to the other three forest types. The other three forest types were not separable on these attributes.porInstituto Nacional de Pesquisas da Amazônia - INPACiências de Florestas Tropicais - CFTAttribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Brazilhttp://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/info:eu-repo/semantics/openAccessFloresta tropicalFenologia foliarTopossequênciaDensidade de área foliarDemografia foliarSazonalidade da renovação de folhas no dossel ao longo de uma topossequência e em ano de seca severa em floresta de terra firme na Amazônia Centralinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisreponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações do INPAinstname:Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA)instacron:INPAORIGINALDalton_Valle.pdfDalton_Valle.pdfapplication/pdf2496660https://repositorio.inpa.gov.br/bitstream/1/5158/1/Dalton_Valle.pdf7a57189bf09b8a484a2d792bbba13511MD511/51582020-01-20 11:13:12.079oai:repositorio:1/5158Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttps://bdtd.inpa.gov.br/PUBhttps://repositorio.inpa.gov.br/oai/requestrepositorio@inpa.gov.br||repositorio@inpa.gov.bropendoar:2020-01-20T15:13:12Biblioteca Digital de Teses e Dissertações do INPA - Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA)false
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