Efeito da umidade na respiração de serrapilheira grossa e fina em uma floresta tropical de terra-firme da Amazônia Central /

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Toledo, Lígia Cristina
Data de Publicação: 2002
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações do INPA
Texto Completo: https://repositorio.inpa.gov.br/handle/1/5201
Resumo: A respiração de serrapilheira de superfície é um importante componente das emissões de CO2 das florestas tropicais para a atmosfera. O presente trabalho teve como objetivo principal determinar o papel da umidade, proveniente das mudanças na precipitação, na respiração da serrapilheira grossa e fina. O estudo enfocou a respiração heterotrófica ocorrente nesta serrapilheira de superfície, na Estação Experimental de Silvicultura Tropical (EEST/INPA), situada a 65 km ao norte de Manaus - AM, junto à estrada ZF-2. Para se obter o fluxo respiratório de um ecossistema, faz-se necessário o conhecimento dos estoques deste ecossistema e, neste estudo o estoque médio de serrapilheira fina (biomassa seca) foi aproximadamente 5.7 Mg ha-¹ (2.8 Mg C ha-¹). As taxas de respiração de serrapilheira fina foram significativamente correlatas com a umidade (r²adj = 0.72), aumentando linearmente com os valores de umidade atingindo um máximo de 1.6 g H2O g-¹ matéria seca e, estabilizando com valores de umidade acima de 1.6 g H2O g-¹ matéria seca, atingingo assim um fluxo de 2.0 µmol CO2 m-² s-¹ (0.69SD). Taxas de respiração de serrapilheira grossa foram fortemente correlacionadas com a densiade da madeira (r2adj = 0.41) e mais fracas com umidade da madeira (r²adj = 0.11). As correlações entre respiração e umidade para serrapilheira grossa apresentaram respostas mais baixas em função do ano de 2001 ter apresentado uma estação chuvosa mais prolongada, com uma curta estação seca. Utilizando o modelo de regressão para respiração de serrapilheira fina em função da umidade, o fluxo de CO2 no ecossistema foi comparado entre um ano chuvoso e outro ano seco. O fluxo para o ano seco foi de 2.2 Mg C ha-¹ e para o úmido foi de 2.6 Mg C ha-¹, apresentando uma diferença de 0.4 Mg C ha-¹. Assumindo que a respiração de serrapilheira grossa apresentasse uma resposta similar a encontrada para serrapilheira fina, o fluxo de CO2 provavelmente apresentaria uma variação de 0.8 Mg C ha-¹, entre o ano seco e o chuvoso.
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