Compreendendo traços tratáveis extrapulmonares e comportamentais de adultos com asma: da avaliação à intervenção

• Autor(a) principal: OLIVEIRA, Joice Mara de
• Data de Publicação: 2024
• Tipo de documento: Tese
• Idioma: por
• Título da fonte: Scientia – Repositório Institucional
• Texto Completo: https://repositorio.pgsscogna.com.br//handle/123456789/67950
• topic: Asma; Medicina Personalizada

compreender traços tratáveis extra-pulmonares e comportamentais de adultos com asma por meio de estudos que contemplem a endurance dos músculos do core, capacidade funcional de exercício, uso de terapia biológica, dispneia como limitante nas atividades de vida diária, atividade física (AF) e sedentarismo. Metodologia: esta tese elaborou sete estudos: quatro transversais (E1-4), sendo um deles de validação (E4); um de coorte (E5); um protocolo de ensaio clínico aleatorizado (ECA) (E6); e um ECA (E7). Todos os estudos incluíram adultos com diagnóstico de asma. Alguns estudos incluíram adultos sem a doença (E1-2) e/ou com outra doença respiratória (E2) para comparação dos achados. Em geral, os participantes foram avaliados quanto à: dados antropométricos e socio-demográficos, função pulmonar, gravidade da doença, uso de medicações para asma, controle da asma, qualidade de vida, capacidade funcional de exercício, endurance dos músculos do core, dispneia, limitação nas atividades de vida diária (AVD) pela dispneia, AF e sedentarismo (objetiva e subjetiva), estágio de mudança de comportamento para AF, satisfação das necessidades psicológicas básicas para exercício e regulações motivacionais para AF. Resultados: E1: adultos com asma grave têm pior endurance do core comparado a pessoas sem a doença, independente do sexo. Homens com asma grave apresentam melhor endurance na lateral do core do que mulheres. O endurance do core correlaciona-se fraca a moderadamente com sintomas respiratórios. E2: não houve eventos adversos relacionados ao teste de caminhada de 6 minutos (TC6min) em pessoas com asma grave. Não houve diferença na distância do TC6min entre pessoas com asma grave tratadas ou não com biológicos. E3: adultos com asma grave que receberam terapia com Omalizumabe apresentaram menor limitação por dispneia nas AVD. E4: o International Physical Activity Questionnaire (IPAQ) - short form correlaciona-se fraca a moderadamente com variáveis objetivas de AF e sedentarismo. E5: adultos com asma reduziram aproximadamente 1.421 passos/dia e 6 minutos/dia de AF moderada à vigorosa durante a pandemia de COVID-19, comparado ao período pré-pandemia. E6/E7: um protocolo inédito de ECA com terapia de mudança de comportamento de AF foi desenvolvido, unindo características e técnicas do Modelo Transteórico e Teoria da Autodeterminação. A intervenção foi online, com contato semanal direto com fisioterapeuta, uso de pedômetro e metas semanais de passos. E7: o grupo que recebeu a intervenção de mudança de comportamento (GI) aumentou AF durante a intervenção, entretanto, não houve diferença com o grupo controle nas avaliações posteriores. A intervenção melhorou o controle da asma, a qualidade de vida e a competência para o exercício, e levou à uma motivação mais autodeterminada para o exercício. Conclusão: esta tese possibilitou a compreensão de traços tratáveis extrapulmonares e comportamentais de adultos com asma através da investigação de: endurance do core e sua correlação com sintomas respiratórios; segurança do TC6min para pessoas com asma grave; influência de tratamentos biológicos no TC6min e na limitação das AVD por dispneia; verificação da validade do IPAQ; impacto da pandemia de COVID-19 na AF e sedentarismo; desenvolvimento e aplicação de uma estratégia para melhorar AF e sedentarismo.