O Aproveitamento dos Rios da Bacia do Prata: o Projeto Itaipu como centro da crise entre Argentina e Brasil

• Autor(a) principal: Cunha, Carlos Felipe Correa da
• Data de Publicação: 2020
• Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da Produção Científica da Marinha do Brasil (RI-MB)
• Texto Completo: http://www.repositorio.mar.mil.br/handle/ripcmb/844954
• topic: Bacia do Prata; Teoria Realista; Itaipu; Defesa Nacional; Geopolítica

A bacia do Prata é constituída por três grandes eixos fluviais: os rios Paraguai, Paraná e Uruguai, abrangendo os territórios de cinco Estados: Argentina, Bolívia, Brasil, Paraguai e Uruguai. A maior parte da área da bacia se encontra no Brasil, seguido pela Argentina. Esses dois últimos Países, antes do projeto Itaipu, já não gozavam de um clima muito amistoso devido à questão da mudança do eixo de tráfego comercial, onde a Argentina obedecia ao eixo norte-sul, privilegiando o porto de Buenos Aires. Enquanto o Brasil propunha uma política de deslocamento leste-oeste, no qual tinha a intenção de favorecer o escoamento da produção do interior do subcontinente, interligando rodovias e ferrovias até os portos do Atlântico Sul, política que ficou conhecida como corredores de exportação. O aproveitamento dos rios internacionais da bacia Platina foi o grande motivo de conflitos de interesses entre os dois Estados durante o período de 1960 a 1980. Diante dessa crise, nos propusemos a fundamentar a teoria realista das relações internacionais de Hobbes, Morgenthau e Homer-Dixon associada aos pensamentos dos geopolíticos brasileiros como: Mário Travassos, General Golbery do Couto e Silva, Meira Mattos e a professora Therezinha de Castro. Dentro desse contexto, analisamos a decisão do Brasil pela construção da hidrelétrica de Itaipu com o Paraguai e concluirmos de forma sucinta, que a estratégia obedecida pelo governo brasileiro foi de cunho geopolítico e, com objetivo de buscar a supremacia na América do Sul.