GOVERNANÇA CORPORATIVA E ÍNDICE DE SUSTENTABILIDADE EMPRESARIAL: UMA ANÁLISE DO VALOR DAS AÇÕES

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Caldas, Cláudia Bomfá
Data de Publicação: 2012
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da Metodista
Texto Completo: http://tede.metodista.br/jspui/handle/tede/18
Resumo: A Governança Corporativa, que surge com uma superação ao conflito de agência, exige dentre seus princípios que as organizações adotem uma estrutura que proteja os direitos dos acionistas e assegure a divulgação e a transparência de fatos relevantes e suas demonstrações contábeis. No Brasil, em 2000, a BM&FBOVESPA criou níveis diferenciados de Governança Corporativa a fim de estimular o interesse de investidores e auxiliar na valorização das empresas que podem aderir voluntariamente a um dos segmentos. Juntamente à preocupação quanto às boas práticas de governança, existe outra questão altamente importante e preocupante que se refere à sustentabilidade. Cada vez mais investidores buscam empresas que atuam sob os princípios do Triple Bottom Line, o qual abrange elementos das esferas ambientais, sociais e econômicas, como uma forma de segurança para seus investimentos. Em 2005, foi criado o Índice de Sustentabilidade Empresarial (ISE), pela BM&FBOVESPA, como uma referência nas boas práticas de sustentabilidade e comprometimento das empresas com a sustentabilidade empresarial. Neste contexto, este estudo visa verificar se existem diferenças entre as médias dos retornos mensais das ações, no período de cinco anos antes e após a sua adesão à Governança Corporativa e ao Índice de Sustentabilidade Empresarial. O método utilizado para testar as hipóteses das três amostras selecionadas foi o Paired-Samples T Test, por meio do software SPSS, versão 18.0. Os resultados obtidos demonstraram que, no caso das amostras do ISE (p= 0,006 < 0,05) e GC_ISE (p= 0,030 < 0,05) a hipótese nula é rejeitada, pois existe diferença significativa entre as médias dos retornos mensais e no caso da amostra de GC (p= 0,081 > 0,05) a hipótese nula não é rejeitada, pois não existe diferença significativa entre estas médias. Analisando os valores das médias é possível perceber que a maioria delas sofre queda no segundo momento de análise, apesar disso não é possível generalizar afirmando que a Governança Corporativa e o Índice de Sustentabilidade Empresarial não agregam valor às empresas e aos acionistas. Isto porque o momento econômico analisado coincide com a crise financeira do subprime, que atingiu as principais bolsas de valores do mundo e influenciou fortemente as ações na BM&FBovespa, principalmente em 2008.
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spelling GOVERNANÇA CORPORATIVA E ÍNDICE DE SUSTENTABILIDADE EMPRESARIAL: UMA ANÁLISE DO VALOR DAS AÇÕESGovernança Corporativa, Índice de Sustentabilidade Empresarial, valor das ações &#8195Corporate Governance, Corporate Sustainability Index, value of stockCNPQ::CIENCIAS SOCIAIS APLICADAS::ADMINISTRACAOA Governança Corporativa, que surge com uma superação ao conflito de agência, exige dentre seus princípios que as organizações adotem uma estrutura que proteja os direitos dos acionistas e assegure a divulgação e a transparência de fatos relevantes e suas demonstrações contábeis. No Brasil, em 2000, a BM&FBOVESPA criou níveis diferenciados de Governança Corporativa a fim de estimular o interesse de investidores e auxiliar na valorização das empresas que podem aderir voluntariamente a um dos segmentos. Juntamente à preocupação quanto às boas práticas de governança, existe outra questão altamente importante e preocupante que se refere à sustentabilidade. Cada vez mais investidores buscam empresas que atuam sob os princípios do Triple Bottom Line, o qual abrange elementos das esferas ambientais, sociais e econômicas, como uma forma de segurança para seus investimentos. Em 2005, foi criado o Índice de Sustentabilidade Empresarial (ISE), pela BM&FBOVESPA, como uma referência nas boas práticas de sustentabilidade e comprometimento das empresas com a sustentabilidade empresarial. Neste contexto, este estudo visa verificar se existem diferenças entre as médias dos retornos mensais das ações, no período de cinco anos antes e após a sua adesão à Governança Corporativa e ao Índice de Sustentabilidade Empresarial. O método utilizado para testar as hipóteses das três amostras selecionadas foi o Paired-Samples T Test, por meio do software SPSS, versão 18.0. Os resultados obtidos demonstraram que, no caso das amostras do ISE (p= 0,006 < 0,05) e GC_ISE (p= 0,030 < 0,05) a hipótese nula é rejeitada, pois existe diferença significativa entre as médias dos retornos mensais e no caso da amostra de GC (p= 0,081 > 0,05) a hipótese nula não é rejeitada, pois não existe diferença significativa entre estas médias. Analisando os valores das médias é possível perceber que a maioria delas sofre queda no segundo momento de análise, apesar disso não é possível generalizar afirmando que a Governança Corporativa e o Índice de Sustentabilidade Empresarial não agregam valor às empresas e aos acionistas. Isto porque o momento econômico analisado coincide com a crise financeira do subprime, que atingiu as principais bolsas de valores do mundo e influenciou fortemente as ações na BM&FBovespa, principalmente em 2008.The Corporate Governance, which is a manner of overcoming the agency conflict, demands, among its principles, that the organization adopt a structure that protects the rights of the stockholders, and assure disclosure and transparency of relevant facts and their accounting demonstrations. In Brazil, in 2000, BM&FBOVESPA created differentiated levels of Corporate Governance, in order to stimulate the interest of investors, and the appreciation of companies that may voluntarily join one of the segments. Along with the preoccupation with the good practices of governance, there is another highly important and worrying issue, which refers to sustainability. More and more the investor seek companies that work under the principles of Triple Bottom Line, which involves elements of the environmental, social and economic fields, as a safety measure for their investments. In 2005, BM&FBOVESPA created the Corporate Sustainability Index (ISE), as a reference to the good practices of sustainability and commitment between the companies and the corporate sustainability. In this context, the following study aims to verify whether there are differences between the average of the monthly returns, in the period of five years, before and after, the company became involved in Corporate Governance and the Corporate Sustainability Index. The method used to test the hypothesis of the three selected samples was the Paired-Samples T Test, with the software SPSS, version 18.0. The results obtained show that in the case of the samples of ISE (p= 0,006 < 0,05) and CG_ISE (p= 0,030 < 0,05), the null hypothesis is discarded, once there is a significant difference between the average of the monthly returns, and in the case of the samples of CG (p= 0,081 > 0,05), the null hypothesis is not discarded, once there is no significant difference between the averages. Analyzing the values of the averages, it is possible to notice that most of them decrease on the second moment of the analysis. However, it is not possible to generalize by stating that the Corporate Governance and the Corporate Sustainability Index do not add value to the company and its stockholders. That happens because the economic moment coincides with the subprime mortgage crisis, which affected the major stock Exchange in the world, and strongly influenced the BM&FBOVESPA stock, especially in 2008.Universidade Metodista de São PauloGestão de organizaçõesBRUMESPPÓS GRADUAÇÃO EM ADMINISTRAÇÃOTambosi Filho, ElmoCPF:98832300000http://lattes.cnpq.br/7107171173444296Paulo, Wanderlei de LimaCPF:12345687582Imoniana, Joshua OnomeCPF:99006300232http://lattes.cnpq.br/2383282388193527Caldas, Cláudia Bomfá2016-08-02T21:42:22Z2012-06-112012-05-17info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfCALDAS, Cláudia Bomfá. GOVERNANÇA CORPORATIVA E ÍNDICE DE SUSTENTABILIDADE EMPRESARIAL: UMA ANÁLISE DO VALOR DAS AÇÕES. 2012. 79 f. Dissertação (Mestrado em Gestão de organizações) - Universidade Metodista de São Paulo, São Bernardo do Campo, 2012.http://tede.metodista.br/jspui/handle/tede/18porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da Metodistainstname:Universidade Metodista de São Paulo (METODISTA)instacron:METODISTA2016-08-09T18:15:43Zoai:tahbit.umesp.edu.dti:tede/18Repositório InstitucionalPRIhttp://tede.metodista.br/oai/requestbiblioteca@metodista.bropendoar:2016-08-09T18:15:43Repositório Institucional da Metodista - Universidade Metodista de São Paulo (METODISTA)false
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