Território cultural e a transformação da floresta em artefato social
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2013 |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Boletim do Museu Paraense Emílio Goeldi. Ciências Humanas |
Texto Completo: | http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1981-81222013000200010 |
Resumo: | Em uma das perspectivas da arqueologia da paisagem, todo território cultural é um espaço cujas paisagens são construídas e os ambientes transformados em artefatos sociais. O espaço de manifestação social de uma cultura apresenta locais com ocorrências materiais e recursos naturais diversos, que compõem um território cultural com diferentes ambientes antropogênicos relacionados. Sendo assim, tal como os objetos materiais, as paisagens reproduzem as representações espirituais, políticas e econômicas de uma sociedade. Estudos arqueológicos realizados na região de Porto Trombetas, estado do Pará, têm verificado a maneira como as sociedades relacionadas ao estilo cerâmico Kondurí alteraram os ambientes, interferindo, criando, semeando ou cultivando espécies selecionadas, segundo as suas particularidades culturais. Inventário botânico e escavações arqueológicas realizadas no sítio Greig II, com cultura material Kondurí, indicam como atividades específicas tornam os ambientes mais produtivos e, simultaneamente, familiares, sendo culturalmente identificáveis. Independentemente das possíveis variações estilísticas encontradas na cultura material, acreditamos que as antigas populações amazônicas construíram paisagens onde elas se organizaram e se identificaram social e territorialmente. |
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