Os peixes estuarinos da região norte do Brasil: lista de espécies e considerações sobre sua distribuição geográfica.

• Autor(a) principal: Camargo, Maurício
• Data de Publicação: 2001
• Outros Autores: Isaac, Victoria J.
• Tipo de documento: Artigo
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional do MPEG
• Texto Completo: http://repositorio.museu-goeldi.br/handle/mgoeldi/723
• topic: Ictiologia; Ichthology; Rio Amazonas; Amazon River estuary; Oceano Atlântico; Atlantic ocean; Costa norte do Brasil; Northern coast of Brazil; Biogeografia; Biogeography; Peixes estuarinos; Estuarine fishes; Distribuição geográfica; Geographical distribution

Os peixes estuarinos do litoral norte do Brasil, constituem um recurso natural importante porém pouco estudado. A partir de uma revisâo bibliográfica, obtençâo de informações de coleções e amostragens experimentais,joi construída uma matriz contendo dados sobre as espécies que ocorrem em ambientes estuarinos nessa região.Foram anotados locais de ocorrência, tipo de ambiente preferencial e posição na coluna d'água das espécies registradas. Com base nas informacões sobre ocorrências ao longo da costa e com o objetivo de verificar um padrão biogeográfico de distribuição foi realizada uma análise de agrupamento. O número de espécies com preferências pelos diferentes ambientes ao longo do estuário, em cada sub-área (limníca estuarina e costeira) foi testado a través do d. De acordo com as afinidades achadas entre os estuários estudados, dois grandes subgrupos podem ser identificados: i)ictiofauna do litoral de Amapá e estuário do Rio Amazonas, e ii) ictiofauna das reentrâncias maranhenses e paraenses. Um total de 303 espécies de peixes, distribuídas em 23 ordens e 86 famílias, foi registrado para a região. Deste total, 99 espécies (33%) foram exclusivas das reentrâncias maranhenses e paraenses; 92 espécies (30%) ocorreram unicamente no litoral do Amapá e 90 espécies (30%) nas duas sub-áreas. Há 22 espécies (7%) sem registro especifico da localizaçlio. A maioria de tem preferência pelas porções média e inferior do estuário, de safinidade intermediária e possuem hábitos francamente demersais. Postula-se que o padrão de distribuição observado para as comunidades ícticas dentro das duas grandes sub-áreas, ao longo do litoral norte do Brasil, é conseqüência da barreira hídrica formada pela descarga do rio Amazonas, provavelmente intransponível para algumas espécies de peixes.