Trabalho e subjetividade de mulheres de uma comunidade: fatores de risco e proteção

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Faria, Luiz Roberto Paiva de
Data de Publicação: 2009
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional PUC-Campinas
Texto Completo: http://repositorio.sis.puc-campinas.edu.br/xmlui/handle/123456789/15683
Resumo: A presente tese tem como objeto de estudo a relação estabelecida entre as condições de trabalho (e não-trabalho), o seu sentido subjetivo e as condições de desenvolvimento das famílias. Para investigar estas categorias partiu-se teoricamente de quatro eixos de análise: o trabalho, a consciência, fatores de risco e proteção ao desenvolvimento humano e a teoria histórico-cultural da subjetividade, sempre sobre uma ótica marxista da realidade. Participaram da pesquisa sete mulheres moradoras de um bairro da periferia de Campinas, com idade entre 20 e 59 anos, residentes ali há pelo menos um ano e usuárias do programa social VivaLeite - um programa do governo estadual de transferência de renda, que garante à família, com menos de um salário mínimo, a oferta de leite à criança de até três anos. A técnica de construção da informação foi baseada na abordagem histórico-cultural, usando-se um roteiro de entrevista semidirigido. As participantes foram entrevistadas nos meses de maio, junho e julho de 2007, ao longo de onze encontros, cuja participação foi gravada e transcrita para análise. Como resultado das quatro categorias foi constatado: a) a vivência do trabalho alienado cria mais do que desigualdade social; cria condições de desumanização na vivência do trabalho; b) o movimento da consciência em si aparece quando elas percebem a condição desigual de vida, mas não conseguem colocar esta consciência de condição desigual de vida à serviço de uma ação reivindicatória; c) a relação de gênero, condição importante que emergiu nas entrevistas, aparece como fator de opressão e está subordinada à condição de classe e d) o desenvolvimento humano, como conseqüência de toda a cadeia de relações no interior do capitalismo e a dificuldade inerentes a um processo educativo nestas condições impõem limites que criam o círculo vicioso de opressão e desigualdade, particularmente nas relações de gênero, mas de modo geral nas relações de classe. Projeto financiado pelo CNPq.
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