O Gabinete de Urbanização Colonial e o traçado das cidades luso-africanas na última fase do período colonial português
Autor(a) principal: | |
---|---|
Data de Publicação: | 2017 |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Urbe. Revista Brasileira de Gestão Urbana |
Texto Completo: | https://periodicos.pucpr.br/Urbe/article/view/21918 |
Resumo: | Em 1944, antes mesmo do fim da Segunda Grande Guerra, o regime político de António Oliveira Salazar (1889-1970) cria, por meio do Ministério das Colónias, uma estrutura oficial de projectos de arquitectura e de engenharia, sediada em Lisboa, com o objectivo de traçar novos planos urbanos para as colónias portuguesas, designada Gabinete de Urbanização Colonial (GUC). Com sua fundação pretende-se igualmente concentrar o know-how dos técnicos portugueses no que diz respeito à abordagem à cidade tropical. Genericamente, o Estado Novo (1933-1974) de Oliveira Salazar irá servir-se do GUC como veículo de modernização e, simultaneamente, de homogeneização da paisagem construída nos diversos territórios coloniais, com especial destaque para África e para os actuais países africanos de língua oficial portuguesa. O programa seguido alicerça-se num forte impulso de urbanização que se reflecte na consolidação das estruturas urbanas herdadas da primeira República (1910-1926) e na padronização dos edifícios públicos que representam a presença colonial portuguesa desde o continente africano até a Índia, então chamada “Índia Portuguesa”, Timor e Macau. Apesar da importância do mundo rural na caracterização do regime ditatorial português, as intervenções desencadeadas nesses lugares sob administração colonial definem-se, a partir da segunda metade do século, por um forte sentido desenvolvimentista de perfil urbano, como se pretende demonstrar por meio de casos de estudo localizados na Guiné-Bissau, em Angola e em São Tomé e Príncipe. |
id |
PUC_PR-27_b46cf1907fe4eeea58fee7899b8fbd0a |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:ojs.periodicos.pucpr.br:article/21918 |
network_acronym_str |
PUC_PR-27 |
network_name_str |
Urbe. Revista Brasileira de Gestão Urbana |
repository_id_str |
|
spelling |
O Gabinete de Urbanização Colonial e o traçado das cidades luso-africanas na última fase do período colonial portuguêsCidade africana. Arquitectura luso-africana. Gabinete de urbanização colonial. Estado Novo (em Portugal).Em 1944, antes mesmo do fim da Segunda Grande Guerra, o regime político de António Oliveira Salazar (1889-1970) cria, por meio do Ministério das Colónias, uma estrutura oficial de projectos de arquitectura e de engenharia, sediada em Lisboa, com o objectivo de traçar novos planos urbanos para as colónias portuguesas, designada Gabinete de Urbanização Colonial (GUC). Com sua fundação pretende-se igualmente concentrar o know-how dos técnicos portugueses no que diz respeito à abordagem à cidade tropical. Genericamente, o Estado Novo (1933-1974) de Oliveira Salazar irá servir-se do GUC como veículo de modernização e, simultaneamente, de homogeneização da paisagem construída nos diversos territórios coloniais, com especial destaque para África e para os actuais países africanos de língua oficial portuguesa. O programa seguido alicerça-se num forte impulso de urbanização que se reflecte na consolidação das estruturas urbanas herdadas da primeira República (1910-1926) e na padronização dos edifícios públicos que representam a presença colonial portuguesa desde o continente africano até a Índia, então chamada “Índia Portuguesa”, Timor e Macau. Apesar da importância do mundo rural na caracterização do regime ditatorial português, as intervenções desencadeadas nesses lugares sob administração colonial definem-se, a partir da segunda metade do século, por um forte sentido desenvolvimentista de perfil urbano, como se pretende demonstrar por meio de casos de estudo localizados na Guiné-Bissau, em Angola e em São Tomé e Príncipe.Pontifícia Universidade Católica do Paraná - PUCPR2017-09-25info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionapplication/pdfhttps://periodicos.pucpr.br/Urbe/article/view/21918Revista Brasileira de Gestão Urbana; Vol. 4 No. 2 (2012)Revista Brasileira de Gestão Urbana; Vol. 4 Núm. 2 (2012)Revista Brasileira de Gestão Urbana; v. 4 n. 2 (2012)2175-3369reponame:Urbe. Revista Brasileira de Gestão Urbanainstname:Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUC-PR)instacron:PUC_PRporhttps://periodicos.pucpr.br/Urbe/article/view/21918/21055Copyright (c) 2017 Revista Brasileira de Gestão Urbanainfo:eu-repo/semantics/openAccessFernandes Vaz Milheiro, Ana Cristina2017-10-11T17:20:06Zoai:ojs.periodicos.pucpr.br:article/21918Revistahttp://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_serial&pid=2175-3369&lng=pt&nrm=isONGhttps://old.scielo.br/oai/scielo-oai.phpurbe@pucpr.br2175-33692175-3369opendoar:2017-10-11T17:20:06Urbe. Revista Brasileira de Gestão Urbana - Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUC-PR)false |
dc.title.none.fl_str_mv |
O Gabinete de Urbanização Colonial e o traçado das cidades luso-africanas na última fase do período colonial português |
title |
O Gabinete de Urbanização Colonial e o traçado das cidades luso-africanas na última fase do período colonial português |
spellingShingle |
O Gabinete de Urbanização Colonial e o traçado das cidades luso-africanas na última fase do período colonial português Fernandes Vaz Milheiro, Ana Cristina Cidade africana. Arquitectura luso-africana. Gabinete de urbanização colonial. Estado Novo (em Portugal). |
title_short |
O Gabinete de Urbanização Colonial e o traçado das cidades luso-africanas na última fase do período colonial português |
title_full |
O Gabinete de Urbanização Colonial e o traçado das cidades luso-africanas na última fase do período colonial português |
title_fullStr |
O Gabinete de Urbanização Colonial e o traçado das cidades luso-africanas na última fase do período colonial português |
title_full_unstemmed |
O Gabinete de Urbanização Colonial e o traçado das cidades luso-africanas na última fase do período colonial português |
title_sort |
O Gabinete de Urbanização Colonial e o traçado das cidades luso-africanas na última fase do período colonial português |
author |
Fernandes Vaz Milheiro, Ana Cristina |
author_facet |
Fernandes Vaz Milheiro, Ana Cristina |
author_role |
author |
dc.contributor.author.fl_str_mv |
Fernandes Vaz Milheiro, Ana Cristina |
dc.subject.por.fl_str_mv |
Cidade africana. Arquitectura luso-africana. Gabinete de urbanização colonial. Estado Novo (em Portugal). |
topic |
Cidade africana. Arquitectura luso-africana. Gabinete de urbanização colonial. Estado Novo (em Portugal). |
description |
Em 1944, antes mesmo do fim da Segunda Grande Guerra, o regime político de António Oliveira Salazar (1889-1970) cria, por meio do Ministério das Colónias, uma estrutura oficial de projectos de arquitectura e de engenharia, sediada em Lisboa, com o objectivo de traçar novos planos urbanos para as colónias portuguesas, designada Gabinete de Urbanização Colonial (GUC). Com sua fundação pretende-se igualmente concentrar o know-how dos técnicos portugueses no que diz respeito à abordagem à cidade tropical. Genericamente, o Estado Novo (1933-1974) de Oliveira Salazar irá servir-se do GUC como veículo de modernização e, simultaneamente, de homogeneização da paisagem construída nos diversos territórios coloniais, com especial destaque para África e para os actuais países africanos de língua oficial portuguesa. O programa seguido alicerça-se num forte impulso de urbanização que se reflecte na consolidação das estruturas urbanas herdadas da primeira República (1910-1926) e na padronização dos edifícios públicos que representam a presença colonial portuguesa desde o continente africano até a Índia, então chamada “Índia Portuguesa”, Timor e Macau. Apesar da importância do mundo rural na caracterização do regime ditatorial português, as intervenções desencadeadas nesses lugares sob administração colonial definem-se, a partir da segunda metade do século, por um forte sentido desenvolvimentista de perfil urbano, como se pretende demonstrar por meio de casos de estudo localizados na Guiné-Bissau, em Angola e em São Tomé e Príncipe. |
publishDate |
2017 |
dc.date.none.fl_str_mv |
2017-09-25 |
dc.type.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/article info:eu-repo/semantics/publishedVersion |
format |
article |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
https://periodicos.pucpr.br/Urbe/article/view/21918 |
url |
https://periodicos.pucpr.br/Urbe/article/view/21918 |
dc.language.iso.fl_str_mv |
por |
language |
por |
dc.relation.none.fl_str_mv |
https://periodicos.pucpr.br/Urbe/article/view/21918/21055 |
dc.rights.driver.fl_str_mv |
Copyright (c) 2017 Revista Brasileira de Gestão Urbana info:eu-repo/semantics/openAccess |
rights_invalid_str_mv |
Copyright (c) 2017 Revista Brasileira de Gestão Urbana |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.format.none.fl_str_mv |
application/pdf |
dc.publisher.none.fl_str_mv |
Pontifícia Universidade Católica do Paraná - PUCPR |
publisher.none.fl_str_mv |
Pontifícia Universidade Católica do Paraná - PUCPR |
dc.source.none.fl_str_mv |
Revista Brasileira de Gestão Urbana; Vol. 4 No. 2 (2012) Revista Brasileira de Gestão Urbana; Vol. 4 Núm. 2 (2012) Revista Brasileira de Gestão Urbana; v. 4 n. 2 (2012) 2175-3369 reponame:Urbe. Revista Brasileira de Gestão Urbana instname:Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUC-PR) instacron:PUC_PR |
instname_str |
Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUC-PR) |
instacron_str |
PUC_PR |
institution |
PUC_PR |
reponame_str |
Urbe. Revista Brasileira de Gestão Urbana |
collection |
Urbe. Revista Brasileira de Gestão Urbana |
repository.name.fl_str_mv |
Urbe. Revista Brasileira de Gestão Urbana - Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUC-PR) |
repository.mail.fl_str_mv |
urbe@pucpr.br |
_version_ |
1799125954245689344 |