SOFISTA 236E-241A: UM ESTUDO SOBRE A LEITURA PLATÔNICA DE PARMÊNIDES DE ELÉIA

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: RAFAEL MONTEIRO HUGUENIN DE CARVALHO
Data de Publicação: 2009
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da PUC-RIO (Projeto Maxwell)
Texto Completo: https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=31769@1
https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=31769@2
Resumo: Essa dissertação examina uma passagem do diálogo Sofista, de Platão. Nosso objetivo é oferecer uma abordagem da leitura platônica do poema de Parmênides pressuposta pelas aporíai do não-ser na passagem compreendida entre 236e e 241a. Esta passagem inicia-se com uma citação direta de dois versos do fragmento B7 do poema de Parmênides e termina com a célebre passagem do parricídio. Entre estas duas passagens, são expostos e relacionados ao poema de Parmênides cinco argumentos sofísticos. Trata-se, portanto, de uma passagem fundamental para a compreensão da influência de Parmênides de Eléia no desenvolvimento da metafísica platônica. Tradicionalmente, interpreta-se a leitura platônica de Parmênides nesta passagem como uma aceitação da conexão entre as teses parmenídicas e os argumentos contra a noção de imagem e de discurso falso, de modo que o parricídio é visto como uma refutação direta de Parmênides. No entanto, grande parte dos proponentes desta interpretação tradicional parte de um pressuposto metodológico errôneo, que consiste em adotar, exteriormente, uma interpretação independente de Parmênides e então tentar determinar o uso que Platão faz de Parmênides neste diálogo com referência a esta interpretação independente. Sendo assim, tentaremos mostrar, a partir de uma tradução do texto direta do grego e da leitura de estudos recentes sobre o tema, que Platão está imbuído nesta passagem de um duplo objetivo: (i) salvar o legado de Parmênides de certas apropriações sofísticas a que está sujeito e (ii) reiterar e reforçar a sua própria interpretação de Parmênides, sobre a qual se apóiam importantes distinções metafísicas da Teoria das Formas do período médio.
id PUC_RIO-1_9d6bd9435a9d7a320cae5edb19e27f72
oai_identifier_str oai:MAXWELL.puc-rio.br:31769
network_acronym_str PUC_RIO-1
network_name_str Repositório Institucional da PUC-RIO (Projeto Maxwell)
repository_id_str 534
spelling info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisSOFISTA 236E-241A: UM ESTUDO SOBRE A LEITURA PLATÔNICA DE PARMÊNIDES DE ELÉIASOPHIST 236E-241A: A STUDY ON THE PLATONIC READING OF PARMENIDES OF ELEA2009-08-11MAURA IGLESIAS07502028404lattes.cnpq.br/2300683541055350MAURA IGLESIASFERNANDO AUGUSTO DA ROCHA RODRIGUESFERNANDO DECIO PORTO MUNIZ08089853706lattes.cnpq.br/6141968847872854RAFAEL MONTEIRO HUGUENIN DE CARVALHOPONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO RIO DE JANEIROPPG EM FILOSOFIAPUC-RioBREssa dissertação examina uma passagem do diálogo Sofista, de Platão. Nosso objetivo é oferecer uma abordagem da leitura platônica do poema de Parmênides pressuposta pelas aporíai do não-ser na passagem compreendida entre 236e e 241a. Esta passagem inicia-se com uma citação direta de dois versos do fragmento B7 do poema de Parmênides e termina com a célebre passagem do parricídio. Entre estas duas passagens, são expostos e relacionados ao poema de Parmênides cinco argumentos sofísticos. Trata-se, portanto, de uma passagem fundamental para a compreensão da influência de Parmênides de Eléia no desenvolvimento da metafísica platônica. Tradicionalmente, interpreta-se a leitura platônica de Parmênides nesta passagem como uma aceitação da conexão entre as teses parmenídicas e os argumentos contra a noção de imagem e de discurso falso, de modo que o parricídio é visto como uma refutação direta de Parmênides. No entanto, grande parte dos proponentes desta interpretação tradicional parte de um pressuposto metodológico errôneo, que consiste em adotar, exteriormente, uma interpretação independente de Parmênides e então tentar determinar o uso que Platão faz de Parmênides neste diálogo com referência a esta interpretação independente. Sendo assim, tentaremos mostrar, a partir de uma tradução do texto direta do grego e da leitura de estudos recentes sobre o tema, que Platão está imbuído nesta passagem de um duplo objetivo: (i) salvar o legado de Parmênides de certas apropriações sofísticas a que está sujeito e (ii) reiterar e reforçar a sua própria interpretação de Parmênides, sobre a qual se apóiam importantes distinções metafísicas da Teoria das Formas do período médio.This dissertation examines a passage from Plato s Sophist. Our objective is to offer an account of the platonic reading of the Parmenides Poem presupposed by the aporíai of not-being in the passage that goes from 236e to 441a. This passage begins with a direct quotation of two verses from fragment B7 of Parmenides s Poem and ends with the famous passage of the parricid. Between these two passages, are expounded and related to the Parmenides Poem five sophistic arguments. This passage, therefore, is very important for the understanding of the influence of Parmenides of Elea in the development of platonic metaphysics. Traditionally, this passage is interpreted as an acceptance of the connection between the parmenidean theses and the sophistic arguments against the notion of image and false speech, in a way that the parricide is seen as a direct refutation of Parmenides. However, the proponents of this traditional interpretation start from an erroneous methodological principle, that consists of adopting an external and independent interpretation of Parmenides and then try to determine the use that Plato makes of Parmenides in this dialogue in reference to this independent interpretation. This being thus, we will try to show, by means of a direct translation from the original greek text and the reading of recent studies on the subject, that Plato is engaged in a double mission: (i) to save the legacy of Parmenides from certain sophistic appropriations and (ii) to reiterate and to strengthen his own interpretation of Parmenides, on which important metaphysical decisions of the Theory of Forms of the middle period dialogues are supported.PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO RIO DE JANEIROCONSELHO NACIONAL DE DESENVOLVIMENTO CIENTÍFICO E TECNOLÓGICOFUNDAÇÃO DE APOIO À PESQUISA DO ESTADO DO RIO DE JANEIROBOLSA NOTA 10https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=31769@1https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=31769@2porreponame:Repositório Institucional da PUC-RIO (Projeto Maxwell)instname:Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-RIO)instacron:PUC_RIOinfo:eu-repo/semantics/openAccess2022-11-01T13:36:20Zoai:MAXWELL.puc-rio.br:31769Repositório InstitucionalPRIhttps://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/ibict.phpopendoar:5342017-10-17T00:00Repositório Institucional da PUC-RIO (Projeto Maxwell) - Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-RIO)false
dc.title.pt.fl_str_mv SOFISTA 236E-241A: UM ESTUDO SOBRE A LEITURA PLATÔNICA DE PARMÊNIDES DE ELÉIA
dc.title.alternative.en.fl_str_mv SOPHIST 236E-241A: A STUDY ON THE PLATONIC READING OF PARMENIDES OF ELEA
title SOFISTA 236E-241A: UM ESTUDO SOBRE A LEITURA PLATÔNICA DE PARMÊNIDES DE ELÉIA
spellingShingle SOFISTA 236E-241A: UM ESTUDO SOBRE A LEITURA PLATÔNICA DE PARMÊNIDES DE ELÉIA
RAFAEL MONTEIRO HUGUENIN DE CARVALHO
title_short SOFISTA 236E-241A: UM ESTUDO SOBRE A LEITURA PLATÔNICA DE PARMÊNIDES DE ELÉIA
title_full SOFISTA 236E-241A: UM ESTUDO SOBRE A LEITURA PLATÔNICA DE PARMÊNIDES DE ELÉIA
title_fullStr SOFISTA 236E-241A: UM ESTUDO SOBRE A LEITURA PLATÔNICA DE PARMÊNIDES DE ELÉIA
title_full_unstemmed SOFISTA 236E-241A: UM ESTUDO SOBRE A LEITURA PLATÔNICA DE PARMÊNIDES DE ELÉIA
title_sort SOFISTA 236E-241A: UM ESTUDO SOBRE A LEITURA PLATÔNICA DE PARMÊNIDES DE ELÉIA
author RAFAEL MONTEIRO HUGUENIN DE CARVALHO
author_facet RAFAEL MONTEIRO HUGUENIN DE CARVALHO
author_role author
dc.contributor.advisor1.fl_str_mv MAURA IGLESIAS
dc.contributor.advisor1ID.fl_str_mv 07502028404
dc.contributor.advisor1Lattes.fl_str_mv lattes.cnpq.br/2300683541055350
dc.contributor.referee1.fl_str_mv MAURA IGLESIAS
dc.contributor.referee2.fl_str_mv FERNANDO AUGUSTO DA ROCHA RODRIGUES
dc.contributor.referee3.fl_str_mv FERNANDO DECIO PORTO MUNIZ
dc.contributor.authorID.fl_str_mv 08089853706
dc.contributor.authorLattes.fl_str_mv lattes.cnpq.br/6141968847872854
dc.contributor.author.fl_str_mv RAFAEL MONTEIRO HUGUENIN DE CARVALHO
contributor_str_mv MAURA IGLESIAS
MAURA IGLESIAS
FERNANDO AUGUSTO DA ROCHA RODRIGUES
FERNANDO DECIO PORTO MUNIZ
description Essa dissertação examina uma passagem do diálogo Sofista, de Platão. Nosso objetivo é oferecer uma abordagem da leitura platônica do poema de Parmênides pressuposta pelas aporíai do não-ser na passagem compreendida entre 236e e 241a. Esta passagem inicia-se com uma citação direta de dois versos do fragmento B7 do poema de Parmênides e termina com a célebre passagem do parricídio. Entre estas duas passagens, são expostos e relacionados ao poema de Parmênides cinco argumentos sofísticos. Trata-se, portanto, de uma passagem fundamental para a compreensão da influência de Parmênides de Eléia no desenvolvimento da metafísica platônica. Tradicionalmente, interpreta-se a leitura platônica de Parmênides nesta passagem como uma aceitação da conexão entre as teses parmenídicas e os argumentos contra a noção de imagem e de discurso falso, de modo que o parricídio é visto como uma refutação direta de Parmênides. No entanto, grande parte dos proponentes desta interpretação tradicional parte de um pressuposto metodológico errôneo, que consiste em adotar, exteriormente, uma interpretação independente de Parmênides e então tentar determinar o uso que Platão faz de Parmênides neste diálogo com referência a esta interpretação independente. Sendo assim, tentaremos mostrar, a partir de uma tradução do texto direta do grego e da leitura de estudos recentes sobre o tema, que Platão está imbuído nesta passagem de um duplo objetivo: (i) salvar o legado de Parmênides de certas apropriações sofísticas a que está sujeito e (ii) reiterar e reforçar a sua própria interpretação de Parmênides, sobre a qual se apóiam importantes distinções metafísicas da Teoria das Formas do período médio.
publishDate 2009
dc.date.issued.fl_str_mv 2009-08-11
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/masterThesis
format masterThesis
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=31769@1
https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=31769@2
url https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=31769@1
https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=31769@2
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.publisher.none.fl_str_mv PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO RIO DE JANEIRO
dc.publisher.program.fl_str_mv PPG EM FILOSOFIA
dc.publisher.initials.fl_str_mv PUC-Rio
dc.publisher.country.fl_str_mv BR
publisher.none.fl_str_mv PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO RIO DE JANEIRO
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Repositório Institucional da PUC-RIO (Projeto Maxwell)
instname:Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-RIO)
instacron:PUC_RIO
instname_str Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-RIO)
instacron_str PUC_RIO
institution PUC_RIO
reponame_str Repositório Institucional da PUC-RIO (Projeto Maxwell)
collection Repositório Institucional da PUC-RIO (Projeto Maxwell)
repository.name.fl_str_mv Repositório Institucional da PUC-RIO (Projeto Maxwell) - Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-RIO)
repository.mail.fl_str_mv
_version_ 1748324934145277952