A Sociologia Política Internacional distante da grande síntese: como articular relações entre as disciplinas de Relações Internacionais, Sociologia e Teoria Política
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Data de Publicação: | 2013 |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Contexto Internacional |
Texto Completo: | http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-85292013000100006 |
Resumo: | Este artigo analisa uma abordagem de Sociologia Política Internacional (SPI) inspirada em uma metodologia relacional e processual que questiona as premissas das RI quanto às fronteiras do internacional, a visão de que a política está no centro das ciências políticas e o nacionalismo metodológico no que diz respeito à sociedade. A fim de evitar dualismos, a SPI discute as diferentes epistemes em jogo e analisa a sociogênese das práticas dos atores em seus distintos universos profissionais e culturais, com atenção especial para as disputas por poder entre esses atores e para os processos de politização e (in)securitização. A SPI é, portanto, construtivista na medida em que seus autores são reflexivos e desconstroem reivindicações de conhecimento essencialistas. A SPI é também empiricista na medida em que seus autores são sensíveis às práticas dos seres humanos e a suas relações com objetos. Nessa abordagem, as teorias partem dessas relações sociológicas e históricas, sempre incrustadas em locais e tempos específicos. Logicamente, o empiricismo não significa positivismo, e o construtivismo não significa uma perspectiva idealista em que normas, ideias e crenças lideram o mundo. Dessa forma, a SPI também constitui um esforço de descolonizar o estudo das práticas das "sociedades transnacionais de indivíduos" dos chamados "grandes debates" das visões anglo-americanas, reproduzidos transversalmente em suas filosofias e abordagens de ciências sociais. |
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A Sociologia Política Internacional distante da grande síntese: como articular relações entre as disciplinas de Relações Internacionais, Sociologia e Teoria PolíticaSociologia Política InternacionalTeorias de Relações InternacionaisSociedades Transnacionais de IndivíduosSegurançaPoderEste artigo analisa uma abordagem de Sociologia Política Internacional (SPI) inspirada em uma metodologia relacional e processual que questiona as premissas das RI quanto às fronteiras do internacional, a visão de que a política está no centro das ciências políticas e o nacionalismo metodológico no que diz respeito à sociedade. A fim de evitar dualismos, a SPI discute as diferentes epistemes em jogo e analisa a sociogênese das práticas dos atores em seus distintos universos profissionais e culturais, com atenção especial para as disputas por poder entre esses atores e para os processos de politização e (in)securitização. A SPI é, portanto, construtivista na medida em que seus autores são reflexivos e desconstroem reivindicações de conhecimento essencialistas. A SPI é também empiricista na medida em que seus autores são sensíveis às práticas dos seres humanos e a suas relações com objetos. Nessa abordagem, as teorias partem dessas relações sociológicas e históricas, sempre incrustadas em locais e tempos específicos. Logicamente, o empiricismo não significa positivismo, e o construtivismo não significa uma perspectiva idealista em que normas, ideias e crenças lideram o mundo. Dessa forma, a SPI também constitui um esforço de descolonizar o estudo das práticas das "sociedades transnacionais de indivíduos" dos chamados "grandes debates" das visões anglo-americanas, reproduzidos transversalmente em suas filosofias e abordagens de ciências sociais.Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro, Instituto de Relações Internacionais2013-06-01info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersiontext/htmlhttp://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-85292013000100006Contexto Internacional v.35 n.1 2013reponame:Contexto Internacionalinstname:Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-RIO)instacron:PUC_RIO10.1590/S0102-85292013000100006info:eu-repo/semantics/openAccessBigo,Didierpor2013-12-02T00:00:00Zoai:scielo:S0102-85292013000100006Revistahttp://contextointernacional.iri.puc-rio.br/cgi/cgilua.exe/sys/start.htm?tpl=homePUBhttps://old.scielo.br/oai/scielo-oai.phpcintjournal@puc-rio.br||contextointernacional@puc-rio.br1982-02400102-8529opendoar:2013-12-02T00:00Contexto Internacional - Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-RIO)false |
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