Um estudo sobre autonomia: o sentido subjetivo na realidade institucional de abrigamento

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Cruz, Marina Barbosa da
Data de Publicação: 2012
Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da PUC_SP
Texto Completo: https://repositorio.pucsp.br/jspui/handle/handle/28549
Resumo: O Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) tornou possível o reconhecimento das crianças e dos adolescentes como seres de direitos humanos, civis e sociais. A partir das correntes de proteção integral, inúmeros avanços foram conquistados nos serviços de acolhimento, tais como os Abrigos. Estas instituições vêm passando por diversas transformações, sendo que uma das características mais discutidas e reforçadas de sua importância é a promoção de autonomia para as crianças e adolescentes enquanto estão sob medida protetiva. Portanto, o presente estudo propõe investigar a dimensão subjetiva na realidade de abrigamento, tendo como foco a questão da autonomia. Com os educadores foi realizada uma entrevista semidirigida onde o tema da autonomia foi abordado; com as crianças os dados foram coletados a partir da contação de uma história chamada "O Reizinho Mandão" (Ruth Rocha), previamente analisada e considerada convergente com o tema da autonomia, onde após ouvirem um trecho da história, continuaram a mesma e relacionaram com suas vivências cotidianas; com os adolescentes foi realizada uma entrevista individual a partir da metodologia do complemento de frases (González Rey). Os discursos dos participantes apontaram, em geral, para uma sustentação da visão de autonomia bastante afinada com o ECA e os princípios de proteção integral de infância e adolescência, assim como a concepção dos serviços de acolhimento como direito social. Não obstante, nascem também nas falas as diversas matizes, dificuldades e ambigüidades que surgem neste contexto, tanto no papel de quem cuida, como daquele que é cuidado, gerando diversas imbricações e impedimentos para o real exercício e construção da autonomia dentro da instituição. Entre as principais colaborações que o presente estudo reuniu, se destacam os possíveis caminhos cotidianos do abrigo, onde as práticas e rotinas possam ser refletidas e readaptadas para facilitar processos de produção de autonomia: as ações institucionais, tais como reuniões de equipe e discussões de casos; a autonomia do próprio educador e empoderamento de sua força de trabalho na real efetivação de seu papel social; a criação de espaços de fala e escuta das crianças e dos adolescentes; a oportunização e encorajamento para que possam realizar escolhas e decisões em relação às suas vidas, assim como em relação aos hábitos diários do abrigo, entre outros aspectos
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