Transplante de células tronco de medula óssea em modelo experimental de ataxia cerebelar em ratos

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Santos, Mariana Marczyk
Data de Publicação: 2010
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da PUC_RS
Texto Completo: http://tede2.pucrs.br/tede2/handle/tede/1561
Resumo: O objetivo deste trabalho é avaliar o potencial do transplante de células mononucleares da medula óssea (CMMO) de camundongos reverter o déficit motor em um modelo de ataxia em ratos. Para isto, utilizou-se a cirurgia estereotáxica a fim de infundir ácido ibotênico bilateralmente no núcleo fastigial do cerebelo de ratos Wistar. Nos animais controle, infundiu-se salina ao invés de ácido ibotênico (sham) ou submeteu-se alguns animais aos mesmos procedimentos sem nenhuma infusão (naive). Três dias após a cirurgia, realizou-se o teste de marcha em cilindro giratório (rotarod, em uma versão com velocidade fixa e outra com aceleração progressiva) e o teste de suspensão em fio. Verificou-se que os animais que recebem ácido ibotênico apresentam menor latência de queda no teste do rotarod executado com ambos os protocolos, e menor fase de queda no protocolo acelerado, quando comparado aos controles. No quarto dia, os animais lesionados foram designados para um dos seguintes tratamentos, todos pela via venosa: salina, CMMO ou CMMO inativadas. Os animais controle receberam transplante de salina. Realizou-se nova avaliação do comprometimento motor 7 e 14 dias após a cirurgia estereotáxica. Verificou-se que o transplante de CMMO ou CMMO inativadas aumentou a latência e a fase de queda no teste do rotarod executado com o protocolo acelerado, bem como a latência de queda no teste executado com o protocolo fixo quando executados 14 dias após a cirurgia, havendo desempenho semelhante aos controles. O grupo com lesão que recebeu transplante de salina não apresentou melhora em nenhum parâmetro e momento dos testes. Não houve diferença no teste de suspensão em fio, em função da lesão ou do transplante. Ao final do experimento, em análise histológica, não se observou diferença no aspecto das lesões entre os grupos que tiveram o núcleo fastigial lesionado. Assim, demonstramos que um xenotransplante de CMMO de camundongos em ratos pode melhorar o desempenho motor em um modelo de ataxia induzido pela lesão excitotóxica bilateral do núcleo fastigial, sem ser possível, entretanto, identificar se tal efeito deve-se à repopulação neuronal e ação trófica das células tronco ou envolve outros mecanismos relacionados com a resposta imunológica do hospedeiro.
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