Crenças parentais, sobre punição física entre os 5-12 anos, numa amostra de pais da província de Benguela/Angola

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Cerqueira, Olímpia Peairo
Data de Publicação: 2012
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: https://repositorio.cespu.pt/handle/20.500.11816/274
http://hdl.handle.net/20.500.11816/274
Resumo: Angola, como qualquer outro país, possui as suas crenças, algo em que o povo acredita e preserva na sua cultura. Angola tem aspetos das tradições afro bantu (pois participa do grupo dos bantus, que é constituído por vários grupos etnolinguísticos, principalmente localizados na África Subsariana), que envolve a crença em divindades relacionadas à natureza, criadas por Deus; utiliza-se muitos dos ensinamentos de medicina herbal/natural herdada dos antigos curandeiros; acredita na sobrevivência do homem após a morte; vê sacrificar animais como obrigações ritualísticas e nutricionais; tem como principais ritos/ cerimónias a passagem para a puberdade e ritos fúnebres e outros aspetos afins. A educação das crianças e o controlo do seu comportamento, obviamente que se situa numa prática parental e não podia deixar de ter algumas crenças sobre o que os pais acham na melhor forma de educar. Assim, a presente pesquisa circunscreve-se às Crenças parentais sobre punição física, numa amostra de pais de crianças entre os 5-12 anos da província de Benguela/Angola. O estudo baseou-se numa pesquisa tipo descritiva e explicativa e abrangeu 450 sujeitos (225 pais e 225 mães de crianças entre os 5 a 12 anos). Podemos caracterizar a amostra como pais numa faixa etária dos 19 aos 68 anos. Quanto à escolaridade, na sua maioria tem o ensino médio (50,5%) e ensino secundário (24,8%); a condição de solteiros teve a pontuação mais alta; são as profissões de Doméstica e de Professorado que mais predominaram. No que tange ao número de filhos a esmagadora maioria apresenta 1 a 5 filhos. Analisar e compreender em que medida a punição física é uma prática educativa positiva ou não, é ainda controverso nos nossos dias, pois ainda persiste o enraizamento de crenças como: “ se não se puder castigar nos filhos, estes terão uma educação permissiva e sem limites”. Os resultados obtidos, indicam que o estado civil e a faixa etária não tiveram significância em relação às crenças; os pais com escolaridade mais baixa legitimam mais as crenças sobre a punição; os profissionais do ensino, saúde e as domésticas tiveram valores mais baixos que os outros profissionais na legitimação das crenças. Em função destas constatações, traçar-se-ão sugestões aos Centros Infantis, Direções de Escolas e todos os campos educacionais em relação às crenças sobre os castigos físicos e que consequências podem advir para a vida da criança.
id RCAP_00c4e70f22d334a6094545ea531c6597
oai_identifier_str oai:repositorio.cespu.pt:20.500.11816/274
network_acronym_str RCAP
network_name_str Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
repository_id_str 7160
spelling Crenças parentais, sobre punição física entre os 5-12 anos, numa amostra de pais da província de Benguela/AngolaComportamento parentalCrençasDesenvolvimento infantilEducaçãoCastigos físicosAngola, como qualquer outro país, possui as suas crenças, algo em que o povo acredita e preserva na sua cultura. Angola tem aspetos das tradições afro bantu (pois participa do grupo dos bantus, que é constituído por vários grupos etnolinguísticos, principalmente localizados na África Subsariana), que envolve a crença em divindades relacionadas à natureza, criadas por Deus; utiliza-se muitos dos ensinamentos de medicina herbal/natural herdada dos antigos curandeiros; acredita na sobrevivência do homem após a morte; vê sacrificar animais como obrigações ritualísticas e nutricionais; tem como principais ritos/ cerimónias a passagem para a puberdade e ritos fúnebres e outros aspetos afins. A educação das crianças e o controlo do seu comportamento, obviamente que se situa numa prática parental e não podia deixar de ter algumas crenças sobre o que os pais acham na melhor forma de educar. Assim, a presente pesquisa circunscreve-se às Crenças parentais sobre punição física, numa amostra de pais de crianças entre os 5-12 anos da província de Benguela/Angola. O estudo baseou-se numa pesquisa tipo descritiva e explicativa e abrangeu 450 sujeitos (225 pais e 225 mães de crianças entre os 5 a 12 anos). Podemos caracterizar a amostra como pais numa faixa etária dos 19 aos 68 anos. Quanto à escolaridade, na sua maioria tem o ensino médio (50,5%) e ensino secundário (24,8%); a condição de solteiros teve a pontuação mais alta; são as profissões de Doméstica e de Professorado que mais predominaram. No que tange ao número de filhos a esmagadora maioria apresenta 1 a 5 filhos. Analisar e compreender em que medida a punição física é uma prática educativa positiva ou não, é ainda controverso nos nossos dias, pois ainda persiste o enraizamento de crenças como: “ se não se puder castigar nos filhos, estes terão uma educação permissiva e sem limites”. Os resultados obtidos, indicam que o estado civil e a faixa etária não tiveram significância em relação às crenças; os pais com escolaridade mais baixa legitimam mais as crenças sobre a punição; os profissionais do ensino, saúde e as domésticas tiveram valores mais baixos que os outros profissionais na legitimação das crenças. Em função destas constatações, traçar-se-ão sugestões aos Centros Infantis, Direções de Escolas e todos os campos educacionais em relação às crenças sobre os castigos físicos e que consequências podem advir para a vida da criança.2013-04-09T10:48:19Z2012-01-01T00:00:00Z2012info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttps://repositorio.cespu.pt/handle/20.500.11816/274http://hdl.handle.net/20.500.11816/274porCerqueira, Olímpia Peairoinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2023-05-31T13:59:04Zoai:repositorio.cespu.pt:20.500.11816/274Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-19T17:57:05.278975Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse
dc.title.none.fl_str_mv Crenças parentais, sobre punição física entre os 5-12 anos, numa amostra de pais da província de Benguela/Angola
title Crenças parentais, sobre punição física entre os 5-12 anos, numa amostra de pais da província de Benguela/Angola
spellingShingle Crenças parentais, sobre punição física entre os 5-12 anos, numa amostra de pais da província de Benguela/Angola
Cerqueira, Olímpia Peairo
Comportamento parental
Crenças
Desenvolvimento infantil
Educação
Castigos físicos
title_short Crenças parentais, sobre punição física entre os 5-12 anos, numa amostra de pais da província de Benguela/Angola
title_full Crenças parentais, sobre punição física entre os 5-12 anos, numa amostra de pais da província de Benguela/Angola
title_fullStr Crenças parentais, sobre punição física entre os 5-12 anos, numa amostra de pais da província de Benguela/Angola
title_full_unstemmed Crenças parentais, sobre punição física entre os 5-12 anos, numa amostra de pais da província de Benguela/Angola
title_sort Crenças parentais, sobre punição física entre os 5-12 anos, numa amostra de pais da província de Benguela/Angola
author Cerqueira, Olímpia Peairo
author_facet Cerqueira, Olímpia Peairo
author_role author
dc.contributor.author.fl_str_mv Cerqueira, Olímpia Peairo
dc.subject.por.fl_str_mv Comportamento parental
Crenças
Desenvolvimento infantil
Educação
Castigos físicos
topic Comportamento parental
Crenças
Desenvolvimento infantil
Educação
Castigos físicos
description Angola, como qualquer outro país, possui as suas crenças, algo em que o povo acredita e preserva na sua cultura. Angola tem aspetos das tradições afro bantu (pois participa do grupo dos bantus, que é constituído por vários grupos etnolinguísticos, principalmente localizados na África Subsariana), que envolve a crença em divindades relacionadas à natureza, criadas por Deus; utiliza-se muitos dos ensinamentos de medicina herbal/natural herdada dos antigos curandeiros; acredita na sobrevivência do homem após a morte; vê sacrificar animais como obrigações ritualísticas e nutricionais; tem como principais ritos/ cerimónias a passagem para a puberdade e ritos fúnebres e outros aspetos afins. A educação das crianças e o controlo do seu comportamento, obviamente que se situa numa prática parental e não podia deixar de ter algumas crenças sobre o que os pais acham na melhor forma de educar. Assim, a presente pesquisa circunscreve-se às Crenças parentais sobre punição física, numa amostra de pais de crianças entre os 5-12 anos da província de Benguela/Angola. O estudo baseou-se numa pesquisa tipo descritiva e explicativa e abrangeu 450 sujeitos (225 pais e 225 mães de crianças entre os 5 a 12 anos). Podemos caracterizar a amostra como pais numa faixa etária dos 19 aos 68 anos. Quanto à escolaridade, na sua maioria tem o ensino médio (50,5%) e ensino secundário (24,8%); a condição de solteiros teve a pontuação mais alta; são as profissões de Doméstica e de Professorado que mais predominaram. No que tange ao número de filhos a esmagadora maioria apresenta 1 a 5 filhos. Analisar e compreender em que medida a punição física é uma prática educativa positiva ou não, é ainda controverso nos nossos dias, pois ainda persiste o enraizamento de crenças como: “ se não se puder castigar nos filhos, estes terão uma educação permissiva e sem limites”. Os resultados obtidos, indicam que o estado civil e a faixa etária não tiveram significância em relação às crenças; os pais com escolaridade mais baixa legitimam mais as crenças sobre a punição; os profissionais do ensino, saúde e as domésticas tiveram valores mais baixos que os outros profissionais na legitimação das crenças. Em função destas constatações, traçar-se-ão sugestões aos Centros Infantis, Direções de Escolas e todos os campos educacionais em relação às crenças sobre os castigos físicos e que consequências podem advir para a vida da criança.
publishDate 2012
dc.date.none.fl_str_mv 2012-01-01T00:00:00Z
2012
2013-04-09T10:48:19Z
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/masterThesis
format masterThesis
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv https://repositorio.cespu.pt/handle/20.500.11816/274
http://hdl.handle.net/20.500.11816/274
url https://repositorio.cespu.pt/handle/20.500.11816/274
http://hdl.handle.net/20.500.11816/274
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.format.none.fl_str_mv application/pdf
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação
instacron:RCAAP
instname_str Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação
instacron_str RCAAP
institution RCAAP
reponame_str Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
collection Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
repository.name.fl_str_mv Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação
repository.mail.fl_str_mv
_version_ 1799131644665266176