Vírus: os inimigos invisíveis da abelha (Apis mellifera L.)
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2021 |
Outros Autores: | , |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10198/25987 |
Resumo: | Nas últimas décadas, a abelha melífera (Apis mellifera L.), tem sido sujeita a várias pressões, tais como, alterações climáticas, perda e fragmentação de habitat, o uso intensivo de agroquímicos e pesticidas, entre outros, que afetam a sua nutrição e a sanidade comprometendo assim a sua a longevidade. Aliado a todos estes fatores, a introdução de predadores (e.g. Vespa velutina), parasitas (e.g. Varroa destructor) e patógenos (e.g. Nosema ceranae) de outros continentes e a interação entre eles com o hospedeiro tem culminado em enormes perdas de colónias a nível mundial. O ácaro ectoparasita Varroa destructor e o fungo Microsporidia Nosema spp. (fungos parasitas unicelulares e formadores de esporos) têm sido apontados como um os principais agentes causadores de mortalidade das colónias. Porém, nos últimos anos as viroses têm vindo a ocupar um lugar de destaque, especialmente devido à estreita associação da varroa ao vírus das asas deformadas (DWV). Os vírus são parasitas intracelulares obrigatórios, uma vez que só conseguem reproduzir-se no interior de uma célula do hospedeiro. Tipicamente medem menos de 0,2 µm, e por isso não podem ser visualizados no microscópio ótico, sendo frequentemente identificados a partir de sintomas específicos que provocam na abelha, como é o caso da deformação das asas causada pelo DWV. Até ao momento, foram isolados mais de 50 vírus na abelha (Beaurepaire et al., 2020) dos quais 24 foram descritos por Bill Baley e Brenda Ball entre os anos 60 e 80 no Reino Unido (de Miranda et al., 2013). A maioria dos vírus das abelhas têm como material genético ARN (ácido ribonucleico), sendo que apenas o vírus filamentoso da Apis mellifera (AmFV) e o vírus iridescente Apis (AIV) têm ADN (ácido de desoxirribonucleico; de Miranda et al., 2013). |
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Vírus: os inimigos invisíveis da abelha (Apis mellifera L.)Apis melliferaVírusVarroa destructorVírus da realeira negra (BQCV)Vírus da criação ensacada (SBV)Vírus da paralisia crónica (CBPV)Vírus do lago Sinai (LSV)Complexo AKINas últimas décadas, a abelha melífera (Apis mellifera L.), tem sido sujeita a várias pressões, tais como, alterações climáticas, perda e fragmentação de habitat, o uso intensivo de agroquímicos e pesticidas, entre outros, que afetam a sua nutrição e a sanidade comprometendo assim a sua a longevidade. Aliado a todos estes fatores, a introdução de predadores (e.g. Vespa velutina), parasitas (e.g. Varroa destructor) e patógenos (e.g. Nosema ceranae) de outros continentes e a interação entre eles com o hospedeiro tem culminado em enormes perdas de colónias a nível mundial. O ácaro ectoparasita Varroa destructor e o fungo Microsporidia Nosema spp. (fungos parasitas unicelulares e formadores de esporos) têm sido apontados como um os principais agentes causadores de mortalidade das colónias. Porém, nos últimos anos as viroses têm vindo a ocupar um lugar de destaque, especialmente devido à estreita associação da varroa ao vírus das asas deformadas (DWV). Os vírus são parasitas intracelulares obrigatórios, uma vez que só conseguem reproduzir-se no interior de uma célula do hospedeiro. Tipicamente medem menos de 0,2 µm, e por isso não podem ser visualizados no microscópio ótico, sendo frequentemente identificados a partir de sintomas específicos que provocam na abelha, como é o caso da deformação das asas causada pelo DWV. Até ao momento, foram isolados mais de 50 vírus na abelha (Beaurepaire et al., 2020) dos quais 24 foram descritos por Bill Baley e Brenda Ball entre os anos 60 e 80 no Reino Unido (de Miranda et al., 2013). A maioria dos vírus das abelhas têm como material genético ARN (ácido ribonucleico), sendo que apenas o vírus filamentoso da Apis mellifera (AmFV) e o vírus iridescente Apis (AIV) têm ADN (ácido de desoxirribonucleico; de Miranda et al., 2013).COMPETE 2020 – POCI (Programa Operacional para a Competividade e Internacionalização) e da Fundação para a Ciência e a Tecnologia (FCT) através do projeto “BeeHappy: Bee (Apis mellifera L.) Health in the Azores: comparing ePidemiological Patterns in a unique natural laboratorY” (POCI-01-0145-FEDER-029871). . Os autores agradecem ainda à Fundação para a Ciência e Tecnologia (FCT) pelo apoio financeiro do CIMO (UIDB/00690/2020), através de fundos nacionais FCT/MCTESEDICAIS - Publicidade Exterior, Lda.Biblioteca Digital do IPBLopes, AnaHenriques, DoraPinto, M. Alice2022-10-12T15:14:12Z20212021-01-01T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/articleapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10198/25987porLopes, Ana R.; Henriques, Dora; Pinto, M. Alice (2021). Vírus: os inimigos invisíveis da abelha (Apis mellifera L.). O Apicultor. ISSN 0873-2981. 28:114, p. 9-130873-2981info:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2023-11-21T10:58:08Zoai:bibliotecadigital.ipb.pt:10198/25987Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-19T23:16:33.225588Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse |
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Nas últimas décadas, a abelha melífera (Apis mellifera L.), tem sido sujeita a várias pressões, tais como, alterações climáticas, perda e fragmentação de habitat, o uso intensivo de agroquímicos e pesticidas, entre outros, que afetam a sua nutrição e a sanidade comprometendo assim a sua a longevidade. Aliado a todos estes fatores, a introdução de predadores (e.g. Vespa velutina), parasitas (e.g. Varroa destructor) e patógenos (e.g. Nosema ceranae) de outros continentes e a interação entre eles com o hospedeiro tem culminado em enormes perdas de colónias a nível mundial. O ácaro ectoparasita Varroa destructor e o fungo Microsporidia Nosema spp. (fungos parasitas unicelulares e formadores de esporos) têm sido apontados como um os principais agentes causadores de mortalidade das colónias. Porém, nos últimos anos as viroses têm vindo a ocupar um lugar de destaque, especialmente devido à estreita associação da varroa ao vírus das asas deformadas (DWV). Os vírus são parasitas intracelulares obrigatórios, uma vez que só conseguem reproduzir-se no interior de uma célula do hospedeiro. Tipicamente medem menos de 0,2 µm, e por isso não podem ser visualizados no microscópio ótico, sendo frequentemente identificados a partir de sintomas específicos que provocam na abelha, como é o caso da deformação das asas causada pelo DWV. Até ao momento, foram isolados mais de 50 vírus na abelha (Beaurepaire et al., 2020) dos quais 24 foram descritos por Bill Baley e Brenda Ball entre os anos 60 e 80 no Reino Unido (de Miranda et al., 2013). A maioria dos vírus das abelhas têm como material genético ARN (ácido ribonucleico), sendo que apenas o vírus filamentoso da Apis mellifera (AmFV) e o vírus iridescente Apis (AIV) têm ADN (ácido de desoxirribonucleico; de Miranda et al., 2013). |
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