Elaboração do sentido de perda :
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2021 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10400.26/43687 |
Resumo: | A perda, resultante do processo de doença, afeta negativamente a estrutura familiar. Ao relacionar-se com o investimento afetivo realizado em torno de um vínculo pré-existente, a perda é influenciada pela singularidade da relação, pelos recursos psicossociais disponíveis para lidar com ela e pela presença de fatores de risco prejudiciais à sua capacidade adaptativa. Perspetivando-se futuramente que o número de indivíduos enlutados apresente sinais e sintomas de adoecer mental associados à perda e a um processo de luto disfuncional devido a perdas inesperadas, constrangimentos nas despedidas e dificuldades na manutenção das relações sociais devido à pandemia de SARS-CoV-2, realizou-se, no âmbito do curso de mestrado em enfermagem de saúde mental e psiquiátrica, estágio em duas instituições da área metropolitana de Lisboa, elaborando um projeto transversal aos dois contextos. Definiram-se como objetivos: analisar as necessidades das famílias enlutadas; compreender a vivência do luto das famílias; apoiar as famílias enlutadas na reconstrução do sistema de significados e no processo de elaboração do luto; compreender o processo de adoecer mental e o sistema de perdas ao longo do ciclo de vida; promover o bem-estar, a otimização e a restituição da saúde mental das pessoas internadas em serviço de psiquiatria; e desenvolver intervenções psicoterapêuticas, psicossociais e psicoeducativas à pessoa com experiência de doença mental. Utilizaram-se os fundamentos existencial-humanistas e a metodologia de projeto, com vista a desenvolver a relação terapêutica e a implementação de intervenções de enfermagem individuais e grupais com o utente a vivenciar uma situação de perda e luto. A colheita de dados, realizada através de notas de campo, questionário e entrevista semiestruturada, permitiu uma análise sociodemográfica da amostra e a compreensão do processo de luto, evidenciando aspetos facilitadores e alguns obstáculos prejudiciais ao processo de adaptação psicossocial, o que permitiu implementar intervenções que favorecessem o insight, a catarse, a autorregulação emocional e a adoção de estratégias de coping mais eficazes no processo de adaptação à perda, apoiando positivamente trajetórias de luto inibidas ou distorcidas. |
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