Poder normativo, a União Europeia e a política ambiental

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Peralta, Tiago Lisboa Vendrell Marques
Data de Publicação: 2012
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10400.14/15806
Resumo: Esta tese procura analisar de forma metódica o conceito de ‘poder normativo’ com a produção de um estudo teórico comparativo, no qual três formas de perspectivar as Relações Internacionais esgrimem os seus argumentos sobre este poder: a sua relevância, a sua aplicabilidade, as suas características e os seus limites. Este conceito debate-se com problemas de definição pouco clara (em termos teóricos e práticos) e com o facto do seu nascimento estar intimamente ligado a análises teóricas que abordam a construção regional da União Europeia. Este estudo comparativo centrado na análise da UE, procura transcender a imprecisão e mutabilidade do conceito, com recurso a um olhar crítico e que englobe os prismas do Realismo, Liberalismo e Construtivismo, salientando as suas críticas e vantagens para a construção e validade do argumento normativo. Para guiar esta análise, é formulada a pergunta de partida: O poder normativo é um instrumento indispensável para analisar as relações internacionais ou é um “conceito-propaganda” intimamente ligado a um discurso eurocêntrico? Na senda de uma resposta, é elaborado, desde logo, um exame identitário da UE e da forma como as políticas ambientais se relacionam com essa identidade. De seguida, são observadas as acções e comportamentos da UE, para ver se estas confirmam a sua identidade normativa. Por fim, é feita uma apreciação às reacções dos outros actores internacionais perante a liderança climática da UE (como eles vêm esta liderança e como reagem às suas pretensões e comportamentos normativos). Nesta tese, conclui-se que o poder normativo é um conceito importante para analisar as relações internacionais, mas a sua utilização como instrumento de análise deve ser muito cuidadosa e meticulosa pois este termo tem uma definição complexa, uma ligação muito forte ao contexto identitário europeu e pode ser utilizado pelos actores como justificação para outros interesses.
id RCAP_08a4d3e6e0c9113426bcd004601834b7
oai_identifier_str oai:repositorio.ucp.pt:10400.14/15806
network_acronym_str RCAP
network_name_str Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
repository_id_str 7160
spelling Poder normativo, a União Europeia e a política ambientalDomínio/Área Científica::Ciências Sociais::Ciências PolíticasEsta tese procura analisar de forma metódica o conceito de ‘poder normativo’ com a produção de um estudo teórico comparativo, no qual três formas de perspectivar as Relações Internacionais esgrimem os seus argumentos sobre este poder: a sua relevância, a sua aplicabilidade, as suas características e os seus limites. Este conceito debate-se com problemas de definição pouco clara (em termos teóricos e práticos) e com o facto do seu nascimento estar intimamente ligado a análises teóricas que abordam a construção regional da União Europeia. Este estudo comparativo centrado na análise da UE, procura transcender a imprecisão e mutabilidade do conceito, com recurso a um olhar crítico e que englobe os prismas do Realismo, Liberalismo e Construtivismo, salientando as suas críticas e vantagens para a construção e validade do argumento normativo. Para guiar esta análise, é formulada a pergunta de partida: O poder normativo é um instrumento indispensável para analisar as relações internacionais ou é um “conceito-propaganda” intimamente ligado a um discurso eurocêntrico? Na senda de uma resposta, é elaborado, desde logo, um exame identitário da UE e da forma como as políticas ambientais se relacionam com essa identidade. De seguida, são observadas as acções e comportamentos da UE, para ver se estas confirmam a sua identidade normativa. Por fim, é feita uma apreciação às reacções dos outros actores internacionais perante a liderança climática da UE (como eles vêm esta liderança e como reagem às suas pretensões e comportamentos normativos). Nesta tese, conclui-se que o poder normativo é um conceito importante para analisar as relações internacionais, mas a sua utilização como instrumento de análise deve ser muito cuidadosa e meticulosa pois este termo tem uma definição complexa, uma ligação muito forte ao contexto identitário europeu e pode ser utilizado pelos actores como justificação para outros interesses.This thesis seeks to methodically analyze the concept of ‘normative power’, with the production of a theoretical comparative study. In this study, three forms of thinking Internacional Relations wield their arguments about this power: its relevance, its applicability, its characteristics and their limits. The concept of normative power struggles with problems of unclear definition (in theoretical and practical terms) and with the fact of its birth being closely linked to theoretical approaches that adress the regional building of the European Union. This comparative study centered in EU analysis, seeks to transcend the vagueness and mutability of the normative power concept. This is done by means of a critical approach that encompasses the prisms of Realism, Liberalism and Construtivism, highlighting their advantages and criticisms to the construction and validity of the normative argument. This analysis is guided by the following initial question: Is normative power an indispensable tool for analyzing international relations or is it a “propaganda-concept” intimately connected to a Eurocentric discourse? In the wake of a response to this question it is needed, firstly, an identitary examination of the EU and of the way in which the environmental policies relate to that identity. After that, the actions and behaviours of the EU are observed, to see if they confirm its normative identity. Finally, it is important to assess the reactions of other internacional actors towards EU climatic leadership (how they see this leadership and how they react to the EU’s normative claims and behaviour). This thesis concludes that the ‘normative power’ is an important concept for analyzing international relations, but its use as an analytical tool should be careful and meticulous as this term has a complex definition, a strong connection to the European identitary context and can be used by international actors as a mean to justify other interests.Pinto, Raquel VazVeritati - Repositório Institucional da Universidade Católica PortuguesaPeralta, Tiago Lisboa Vendrell Marques2015-12-07T01:30:17Z201220122012-01-01T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10400.14/15806porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2023-09-19T01:39:40Zoai:repositorio.ucp.pt:10400.14/15806Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-19T18:13:07.893283Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse
dc.title.none.fl_str_mv Poder normativo, a União Europeia e a política ambiental
title Poder normativo, a União Europeia e a política ambiental
spellingShingle Poder normativo, a União Europeia e a política ambiental
Peralta, Tiago Lisboa Vendrell Marques
Domínio/Área Científica::Ciências Sociais::Ciências Políticas
title_short Poder normativo, a União Europeia e a política ambiental
title_full Poder normativo, a União Europeia e a política ambiental
title_fullStr Poder normativo, a União Europeia e a política ambiental
title_full_unstemmed Poder normativo, a União Europeia e a política ambiental
title_sort Poder normativo, a União Europeia e a política ambiental
author Peralta, Tiago Lisboa Vendrell Marques
author_facet Peralta, Tiago Lisboa Vendrell Marques
author_role author
dc.contributor.none.fl_str_mv Pinto, Raquel Vaz
Veritati - Repositório Institucional da Universidade Católica Portuguesa
dc.contributor.author.fl_str_mv Peralta, Tiago Lisboa Vendrell Marques
dc.subject.por.fl_str_mv Domínio/Área Científica::Ciências Sociais::Ciências Políticas
topic Domínio/Área Científica::Ciências Sociais::Ciências Políticas
description Esta tese procura analisar de forma metódica o conceito de ‘poder normativo’ com a produção de um estudo teórico comparativo, no qual três formas de perspectivar as Relações Internacionais esgrimem os seus argumentos sobre este poder: a sua relevância, a sua aplicabilidade, as suas características e os seus limites. Este conceito debate-se com problemas de definição pouco clara (em termos teóricos e práticos) e com o facto do seu nascimento estar intimamente ligado a análises teóricas que abordam a construção regional da União Europeia. Este estudo comparativo centrado na análise da UE, procura transcender a imprecisão e mutabilidade do conceito, com recurso a um olhar crítico e que englobe os prismas do Realismo, Liberalismo e Construtivismo, salientando as suas críticas e vantagens para a construção e validade do argumento normativo. Para guiar esta análise, é formulada a pergunta de partida: O poder normativo é um instrumento indispensável para analisar as relações internacionais ou é um “conceito-propaganda” intimamente ligado a um discurso eurocêntrico? Na senda de uma resposta, é elaborado, desde logo, um exame identitário da UE e da forma como as políticas ambientais se relacionam com essa identidade. De seguida, são observadas as acções e comportamentos da UE, para ver se estas confirmam a sua identidade normativa. Por fim, é feita uma apreciação às reacções dos outros actores internacionais perante a liderança climática da UE (como eles vêm esta liderança e como reagem às suas pretensões e comportamentos normativos). Nesta tese, conclui-se que o poder normativo é um conceito importante para analisar as relações internacionais, mas a sua utilização como instrumento de análise deve ser muito cuidadosa e meticulosa pois este termo tem uma definição complexa, uma ligação muito forte ao contexto identitário europeu e pode ser utilizado pelos actores como justificação para outros interesses.
publishDate 2012
dc.date.none.fl_str_mv 2012
2012
2012-01-01T00:00:00Z
2015-12-07T01:30:17Z
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/masterThesis
format masterThesis
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv http://hdl.handle.net/10400.14/15806
url http://hdl.handle.net/10400.14/15806
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.format.none.fl_str_mv application/pdf
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação
instacron:RCAAP
instname_str Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação
instacron_str RCAAP
institution RCAAP
reponame_str Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
collection Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
repository.name.fl_str_mv Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação
repository.mail.fl_str_mv
_version_ 1799131808595443712