Requalificação de Setúbal nascente. O virtual sobre a realidade: Setúbal. Biblioteca Municipal de Setúbal: estudo de ferramenta para aumentar maquetas reais

• Autor(a) principal: Costa, Fábio Daniel Marques
• Data de Publicação: 2015
• Tipo de documento: Dissertação
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
• Texto Completo: http://hdl.handle.net/10071/10656
• topic: Realidade aumentada; Arquitetura; Maquetas; Modelo 3D digital; Processo de projeto; Augmented reality; Architecture; Models; 3D Model; Project process

O objetivo deste trabalho é desenvolver uma nova forma de olhar sobre as maquetas de arquitetura dando-lhes vida, de modo a que estas passem a ser objetos dinâmicos que possam sofrer facilmente alterações e interagir com o observador. O desejo de conseguir aumentar a realidade com informação que esta não possui, foi o mote que levou este trabalho a propor uma ferramenta que permita dotar objetos, utilizados frequentemente em arquitetura, de características que sozinhos nunca poderiam ter. Após um estudo sobre o tipo de maquetas mais frequentemente utilizadas pelos arquitetos concluímos que as maquetas de contexto urbano são aquelas que podem ganhar mais com este tipo de abordagem e por isso ser mais úteis para os projetistas e outros intervenientes no processo de projeto. Estas maquetas servem para que o arquiteto entenda como o seu projeto se pode relacionar com o espaço envolvente. A proposta reside na utilização da maqueta real e de um ou vários modelos 3D digitais, previamente criados, que a aumentam, ou seja, sobrepõem-se virtualmente à mesma, adicionando-lhe informação. O modelo digital tem as vantagens de poder ser frequentemente alterado e totalmente analisado sem a necessidade de fazer estragos ou retalhos no modelo real. A resposta tecnológica a este problema reside no uso da Realidade Aumentada (RA) já que esta é uma tecnologia que permite a coexistência entre o real e o digital no mesmo espaço. A RA é então uma tecnologia que permite ao utilizador visualizar e interagir (HOFMAM, et al., 2006) com o seu objeto através de óculos de realidade aumentada, tablets, computadores e até mesmo consolas de jogos. Esta tecnologia opera através do reconhecimento de marcadores visuais que podem ser imagens 2D, posicionamento por georreferência ou de um modo mais recente, como abordamos neste trabalho, através de reconhecimento tridimensional do objeto físico onde se vai visualizar os dados digitais. O ARch4models é o software desenvolvido ao longo deste trabalho e tem o objetivo de, tal como referido anteriormente, fazer coexistir no espaço uma maqueta real e um modelo virtual, aumentando-a. Esta aplicação tem como base o ARch, desenvolvido em 2013/2014 no âmbito dos trabalhos de projeto de dois alunos de mestrado do Mestrado Integrado em Arquitetura do ISCTE-IUL e uma aluna de mestrado da Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto. Ambas as aplicações foram desenvolvidas em parceria com o grupo Digital Living Spaces do ISTAR-IUL e com a Microsoft. Os testes de usabilidade e satisfação realizados no final do trabalho permitem concluir que a utilização da aplicação torna mais fácil a leitura do projeto no seu contexto urbano assim como permite explorar a maquete de um modo mais dinâmico. Esta também consegue ser uma mais-valia ao longo do processo de projeto de um arquiteto