Rastreio neonatal de infeção citomegálica

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: MACHADO, Catarina Raquel Adrião
Data de Publicação: 2016
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10362/19050
Resumo: O vírus citomegálico humano (CMV) é o principal agente de infeção congénita. Em Portugal, os estudos publicados apontam para uma prevalência desta infeção entre 0,7% e 1,1%. A importância do rastreio desta infeção é reconhecida desde há vários anos, mas as condições para a sua realização, de forma que seja técnica e economicamente viável, ainda não estão reunidas. A metodologia de pools de urina descrita por uma equipa portuguesa, revelou uma correlação total com os resultados obtidos pelo método de referência, a cultura celular, e permite uma redução bastante significativa, quer nos tempos de execução quer nos custos em reagentes, abrindo assim a possibilidade efetiva de utilizar esta técnica para o rastreio da infeção congénita. Este estudo tem como primeiro objetivo rastrear recém-nascidos do Hospital da Luz e Maternidade Alfredo da Costa num determinado período de tempo, no sentido de determinar a prevalência da infeção congénita por CMV nessa população. O rastreio tem como base a utilização de pools (20 urinas) e a deteção de DNA viral por PCR em tempo real. As 20 urinas de cada pool positiva são posteriormente testadas individualmente. O segundo objetivo deste trabalho foi a deteção de carga viral de CMV, por PCR em tempo real, a partir de uma fralda com urina CMV positiva. Como resultados, obtiveram-se 45 pools, 4 delas positivas com uma urina positiva em cada pool, sendo a prevalência deste rastreio 0,44%. Esta metodologia confirmou a sua utilidade para um rastreio universal de infeção congénita por CMV, no entanto verificaram-se dificuldades na aplicação da mesma, o que deverá ser tomado em consideração na implementação de um eventual programa de rastreio. Os resultados obtidos na extração de urina CMV positiva através de fraldas de recém-nascidos foram muito promissores, o que abre a possibilidade da sua utilização para o diagnóstico da infeção congénita.
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