Esclerose múltipla: fatores nutricionais e fisiopatologia

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Campos, Débora Sofia Carvalho
Data de Publicação: 2015
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10400.6/5125
Resumo: Em Portugal estima-se que mais de 5000 portugueses sejam portadores de esclerose múltipla. Trata-se de uma doença inflamatória e desmielinizante crónica que afeta o sistema nervoso central, mais comum em adultos jovens, principalmente mulheres, comprometendo, assim, os doentes no período mais produtivo das suas vidas. As manifestações neurológicas são variadas, associadas a uma incapacidade progressiva, e a sua falta de previsibilidade tornam-na numa doença com maior impacto negativo na qualidade de vida dos doentes e das suas famílias e nas suas carreiras profissionais. No entanto, o tratamento médico como cura é ainda uma miragem. É, ao mesmo tempo, um paradigma histórico para os problemas neurológicos ou mesmo neuropsiquiátricos. Tem-se abordado cada vez mais este tema, visto que a esclerose múltipla é uma doença com muitas peculiaridades. Tem-se registado um aumento da prevalência em populações que se encontram em latitudes mais elevadas o que pode indicar um efeito protector da exposição à luz solar, reduzida nestas latitudes com possível contribuição para níveis insuficientes de vitamina D na população com esclerose múltipla. Assim, a associação entre a vitamina D e a esclerose múltipla reabriu um novo interesse, podendo a vitamina D desempenhar um papel importante quer na prevenção, quer na evolução e na diminuição da severidade, quer no tratamento dessa doença neuro-inflamatória. O valor dietético de ácidos gordos, de probióticos e produtos biológicos, de proteoglicanos, de fitoestrógeneos e inibidor de protease de soja, e de vitaminas lipossolúveis, incluindo A e E, têm sido discutidos. Durante esta monografia, procedeu-se, primeiramente, à revisão da bibliografia disponível sobre a vitamina D e o seu impacto/influência na esclerose múltipla; seguidamente, fez-se uma análise descritiva dos doentes com esclerose múltipla do Centro Hospitalar Cova da Beira nos que se estudaram, entre outros parâmetros, os níveis de vitamina D. Conclui-se que não é consensual a suplementação em Vitamina D em doentes com esclerose múltipla. Contudo, atualmente a administração de vitamina D está a aumentar e tornar-se mais aceitável o seu uso, pois para além dos aspetos nutricionais pode resultar em benefícios neste tipo de patologia. Para tal, deve ter-se em atenção os níveis de 25-hidroxivitamina D (25(OH)D), forma activa da Vitamina D, para que se proceda a uma correta suplementação da mesma.
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Tem-se abordado cada vez mais este tema, visto que a esclerose múltipla é uma doença com muitas peculiaridades. Tem-se registado um aumento da prevalência em populações que se encontram em latitudes mais elevadas o que pode indicar um efeito protector da exposição à luz solar, reduzida nestas latitudes com possível contribuição para níveis insuficientes de vitamina D na população com esclerose múltipla. Assim, a associação entre a vitamina D e a esclerose múltipla reabriu um novo interesse, podendo a vitamina D desempenhar um papel importante quer na prevenção, quer na evolução e na diminuição da severidade, quer no tratamento dessa doença neuro-inflamatória. O valor dietético de ácidos gordos, de probióticos e produtos biológicos, de proteoglicanos, de fitoestrógeneos e inibidor de protease de soja, e de vitaminas lipossolúveis, incluindo A e E, têm sido discutidos. Durante esta monografia, procedeu-se, primeiramente, à revisão da bibliografia disponível sobre a vitamina D e o seu impacto/influência na esclerose múltipla; seguidamente, fez-se uma análise descritiva dos doentes com esclerose múltipla do Centro Hospitalar Cova da Beira nos que se estudaram, entre outros parâmetros, os níveis de vitamina D. Conclui-se que não é consensual a suplementação em Vitamina D em doentes com esclerose múltipla. Contudo, atualmente a administração de vitamina D está a aumentar e tornar-se mais aceitável o seu uso, pois para além dos aspetos nutricionais pode resultar em benefícios neste tipo de patologia. Para tal, deve ter-se em atenção os níveis de 25-hidroxivitamina D (25(OH)D), forma activa da Vitamina D, para que se proceda a uma correta suplementação da mesma.In Portugal it is estimated that more than 5000 Portuguese are people with multiple sclerosis. It is a demyelinating and chronic inflammatory disease that affects the central nervous system, more common in young adults, particularly young women, thus compromising the patients in the most productive period of their lives. The neurological manifestations are varied, associated with a progressive disability, and their unpredictability makes a disease with greater negative impact on patients’ and their families’ quality of life and on their professional careers. However, medical curative treatment is still a mirage. At the same time, it is a historical paradigm for neurological or neuropsychiatric same problems. This subject has increasingly been addressed, as multiple sclerosis is a disease with many peculiarities. There is higher prevalence in populations who are at higher latitudes which may indicate a protective effect of sunlight exposure, which is reduced in these latitudes with possible contribution to insufficient levels of vitamin D in the multiple sclerosis population. Thus, the relation between vitamin D and multiple sclerosis has evoked new interest, in that vitamin D could have an important role both in the prevention, evolution or reduction its severity, or in the treatment of the neuroinflammatory disease. The nutritional value of fatty acids, probiotics and organic products, proteoglycans, phytoestrogens,inhibitor of soya protease, and liposoluble vitamins, including A and E, have been discussed. During this thesis, it proceeded, first, a review of available literature on Vitamin D and its impact / influence on multiple sclerosis; then, a descriptive analysis of multiple sclerosis patients at Centro Hospitalar Cova da Beira, where amongst other factors, vitamin D levels were studied, was written up. It was concluded that there is no consensus regarding the supplement of vitamin D in multiple sclerosis patients. However, the vitamin D administration is currently increasing and its use is becoming more acceptable, because in addition to its nutritional aspects, it can result in benefits in this type of pathology. To this end, 25-hydroxyvitamin D (25 (OH) D) levels, the active form of vitamin D, must be kept in mind in order ensure its appropriate supplementation.Rosado, Pedro SimõesuBibliorumCampos, Débora Sofia Carvalho2018-07-16T16:23:03Z2015-6-42015-07-142015-07-14T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10400.6/5125TID:201642379porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2023-12-15T09:42:41Zoai:ubibliorum.ubi.pt:10400.6/5125Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-20T00:46:06.389139Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse
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