O "jovem radical" contemporâneo : novos sentidos de um qualificativo juvenil
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2011 |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10451/6125 |
Resumo: | A radicalidade atribuída a alguns comportamentos juvenis já não se esgota na esfera do activismo político. Actualmente, tem implícita uma noção mais mundana e quotidiana de comportamento social, orientado por princípios de experimentação e superação de limites físicos e sociais que regulam e disciplinam os corpos juvenis. A concretização desses princípios em certos usos e investimentos na imagem, movimento ou sensações do corpo, concede aos jovens que os realizam uma visibilidade social marcada pela excessividade e pela espectacularidade, lida e reivindicada como radical. Em última instância, o “jovem radical” de hoje corresponde à encarnação de um “corpo radical”. Nestes casos, o corpo juvenil é vivido não como objecto de conformação, mas como recurso de confrontação social. Em alguns contextos, os jovens encontram condições para introduzir e exercitar, subrepticiamente, alguma desordem na ordem corporal imposta. O seu corpo é mobilizado como espaço de afirmação da presença de si no mundo, tornando-o num manifesto silencioso da sua existência. Um manifesto que se dá a ver mais que a fazer-se ouvir. Os usos e investimentos radicais no corpo exprimem experiências de transcendência e provas de si que concedem os seus autores um sentido de singularidade e de autenticidade num mundo social cada vez mais massificado, incerto e exigente. |
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O "jovem radical" contemporâneo : novos sentidos de um qualificativo juvenilCulturas juvenisCorpoJuventudeA radicalidade atribuída a alguns comportamentos juvenis já não se esgota na esfera do activismo político. Actualmente, tem implícita uma noção mais mundana e quotidiana de comportamento social, orientado por princípios de experimentação e superação de limites físicos e sociais que regulam e disciplinam os corpos juvenis. A concretização desses princípios em certos usos e investimentos na imagem, movimento ou sensações do corpo, concede aos jovens que os realizam uma visibilidade social marcada pela excessividade e pela espectacularidade, lida e reivindicada como radical. Em última instância, o “jovem radical” de hoje corresponde à encarnação de um “corpo radical”. Nestes casos, o corpo juvenil é vivido não como objecto de conformação, mas como recurso de confrontação social. Em alguns contextos, os jovens encontram condições para introduzir e exercitar, subrepticiamente, alguma desordem na ordem corporal imposta. O seu corpo é mobilizado como espaço de afirmação da presença de si no mundo, tornando-o num manifesto silencioso da sua existência. Um manifesto que se dá a ver mais que a fazer-se ouvir. Os usos e investimentos radicais no corpo exprimem experiências de transcendência e provas de si que concedem os seus autores um sentido de singularidade e de autenticidade num mundo social cada vez mais massificado, incerto e exigente.Repositório da Universidade de LisboaFerreira, Vítor Sérgio2012-04-23T15:28:20Z20112011-01-01T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/articleapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10451/6125porFerreira, V. S. (2011). O "jovem radical" contemporâneo : novos sentidos de um qualificativo juvenil. In: Crítica e Sociedade: revista de Cultura Política, Vol. 1-2, pp. 107-127info:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2023-11-08T15:48:26Zoai:repositorio.ul.pt:10451/6125Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-19T21:31:20.109284Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse |
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