"Eu também sou pai…”: perceções paternas sobre a vivência do luto na perda gestacional/neonatal
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2023 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10400.26/46774 |
Resumo: | A gravidez é uma fase importante para o casal e para a família, representando sonhos e expectativas. Assim, uma perda gestacional ou neonatal surge como a interrupção destes sonhos, constituindo uma experiência dolorosa e potencialmente traumática. Entretanto, este é um luto não reconhecido socialmente, dificultando a sua elaboração. Para os homens enlutados, a experiência pode tornar-se mais delicada, pois socialmente são incentivados a não expressar as suas emoções, adotando um papel de suporte para a parceira e tendo as suas necessidades geralmente não atendidas. A perda gestacional tem sido mais investigada, entretanto existem poucos estudos acerca desta vivência pela perspetiva masculina, principalmente na Comunidade dos Países de Língua Portuguesa. Deste modo, pretende-se compreender de que forma homens que perderam um ou mais filhos durante o período gestacional ou neonatal vivenciaram esta experiência. Para tal, neste estudo qualitativo, de carácter exploratório e descritivo, foram realizadas entrevistas semiestruturadas com recurso a um guião previamente construído, com 11 homens que tenham vivenciado pelo menos uma perda gestacional ou neonatal. A amostra foi intencional e por bola de neve, recorrendo a associações de apoio ao luto, redes sociais e contactos da investigadora. Os resultados demonstraram que diferentes fatores podem influenciar a vivência do processo de luto, nomeadamente a vinculação e as estratégias utilizadas pelos participantes, mas que o sofrimento pela perda de um filho está presente quase sempre e que a principal preocupação dos homens é ser o suporte das suas companheiras. |
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"Eu também sou pai…”: perceções paternas sobre a vivência do luto na perda gestacional/neonatalLuto PaternoPerda GestacionalPerda NeonatalPaternidadeDomínio/Área Científica::Ciências Médicas::Ciências da SaúdeA gravidez é uma fase importante para o casal e para a família, representando sonhos e expectativas. Assim, uma perda gestacional ou neonatal surge como a interrupção destes sonhos, constituindo uma experiência dolorosa e potencialmente traumática. Entretanto, este é um luto não reconhecido socialmente, dificultando a sua elaboração. Para os homens enlutados, a experiência pode tornar-se mais delicada, pois socialmente são incentivados a não expressar as suas emoções, adotando um papel de suporte para a parceira e tendo as suas necessidades geralmente não atendidas. A perda gestacional tem sido mais investigada, entretanto existem poucos estudos acerca desta vivência pela perspetiva masculina, principalmente na Comunidade dos Países de Língua Portuguesa. Deste modo, pretende-se compreender de que forma homens que perderam um ou mais filhos durante o período gestacional ou neonatal vivenciaram esta experiência. Para tal, neste estudo qualitativo, de carácter exploratório e descritivo, foram realizadas entrevistas semiestruturadas com recurso a um guião previamente construído, com 11 homens que tenham vivenciado pelo menos uma perda gestacional ou neonatal. A amostra foi intencional e por bola de neve, recorrendo a associações de apoio ao luto, redes sociais e contactos da investigadora. Os resultados demonstraram que diferentes fatores podem influenciar a vivência do processo de luto, nomeadamente a vinculação e as estratégias utilizadas pelos participantes, mas que o sofrimento pela perda de um filho está presente quase sempre e que a principal preocupação dos homens é ser o suporte das suas companheiras.Pregnancy is an important phase for the couple and the family, representing dreams and expectations. Thus, a gestational or neonatal loss appears as the interruption of these dreams, constituting a painful and potentially traumatic experience. However, this is a socially unrecognized grief, making it difficult to elaborate. For bereaved men, the experience can become more delicate, as they are socially encouraged not to express their emotions, adopting a supportive role for their partner and having their needs generally not met. Pregnancy loss has been more investigated, nevertheless there are few studies about this experience from the male perspective, mainly in the Community of Portuguese Speaking Countries. Therefore, we intend to understand how men who lost one or more children during the gestational or neonatal period experienced this. Through this qualitative, exploratory and descriptive study, semi-structured interviews were carried out using a previously constructed script, with 11 men who had experienced at least one gestational or neonatal loss. The sample was intentional and snowballed, using bereavement support associations, social networks and the researcher's contacts. The results showed that different factors can influence the experience of the grieving process, namely the bonding and the strategies used by the participants, yet the suffering for the loss of a child is almost always present and that the main concern of men is to be the support of their companions.Faria, LilianaRepositório ComumMendes, Nídia Lizandra Nunes Gonçalves2023-09-26T15:19:50Z2023-07-052023-07-05T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10400.26/46774TID:203359356pormetadata only accessinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2024-07-11T14:30:38Zoai:comum.rcaap.pt:10400.26/46774Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openairemluisa.alvim@gmail.comopendoar:71602024-07-11T14:30:38Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse |
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