Música Sacra em Évora no século XVIII – novos aspectos do estudo do fundo musical da Sé

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Oliveira, Filipe
Data de Publicação: 2017
Tipo de documento: Artigo de conferência
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10174/22843
Resumo: Música Sacra em Évora no século XVIII – novos aspectos do estudo do fundo musical da Sé. Filipe Mesquita de Oliveira No contexto do Arquivo Musical da Sé de Évora a obra de Ignácio António Ferreira de Lima († 1818) é merecedora da nossa atenção. Trata-se do compositor de quem se conhecem maior número de obras no período de transição do século XVIII para o XIX. Penúltimo Mestre da Capela eborense, Ferreira de Lima tem sido ignorado pela musicologia portuguesa, à excepção da recolha de alguns dados biográficos por parte de José Augusto Alegria na década 70 do século passado e das referências que dele fez Ernesto Vieira em 1900 no seu Diccionario Biographico…, sublinhando […] que sabia do mister […] em matéria de composição. Juízos qualitativos à parte, o facto é que o espólio de Ferreira de Lima que hoje a Sé preserva permite-nos estudar, dada a sua dimensão significativa, diversas perspectivas da produção musical sacra durante este período. As partituras e partes cavas no contexto das suas obras coral-sinfónicas, surgem assim como um testemunho da prática instrumental em Portugal, durante este período. São múltiplos os factores que para tal concorrem, desde a existência de partes cavas não notadas na partitura, passando pelas grandes diferenças de texto musical na comparação entre partitura e partes, até ao interessante rol de anotações deixadas à margem pelos músicos nas suas partes, que nos transmitem novos dados sobre a prática de execução orquestral neste contexto. Sobretudo no tocante às linhas graves do discurso orquestral, em particular violoncelos e fagotes, destaca-se um número significativo de variantes entre partituras, partes cavas e partes concertantes. Também algumas partes cavas de madeiras revelam práticas de execução que se encontram muito para lá da partitura. Neste sentido, a presente comunicação incide sobre os vários aspectos da problemática orquestral no seio da produção sacra de Ferreira de Lima, resultantes da análise de uma série de obras. O seu objectivo é constituir-se como um estudo de caso que poderá e deverá ser aplicado a muitos outros compositores inseridos em idênticas circunstâncias histórico-estilísticas.
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