Infraestrutura como paisagem: proposta de consolidação do Corredor Verde de Monsanto
Autor(a) principal: | |
---|---|
Data de Publicação: | 2021 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10071/24144 |
Resumo: | A Linha de Cintura Ferroviária de Lisboa atua como charneira no transporte ferroviário da capital, servindo a área metropolitana na sua totalidade. No entanto, o seu impacto modificou a paisagem lisboeta no final do séc. XIX, através de operações topográficas que descaracterizaram a periferia da cidade, destruindo a paisagem rural dominante. O Vale de Alcântara acumula uma série de infraestruturas de circulação, que percorrem as suas encostas, acentuando a barreira topográfica e afastando o Parque Florestal de Monsanto, o Bairro da Liberdade e da Serafina da cidade consolidada. Na zona da Estação Ferroviária de Campolide, é percetível a violência da imposição da ferrovia no território, cuja construção necessitou que a ribeira de Alcântara fosse encanada sob um aterro, tendo-se aproveitado o alargamento do vale para a aglomeração de linhas ferroviárias que, por um lado entendem-se como uma mais-valia pelo alcance que atribuem, mas que por outro criam uma série de baldios circundantes à Estação. O ensaio pretende refletir sobre uma articulação entre a infraestrutura e a paisagem, entendendo ambas como uma construção do Homem que devem coexistir nas cidades. A proposta insere-se como complementar ao Corredor Verde de Monsanto (de Gonçalo Ribeiro Telles), consolidando-o como mancha verde contínua entre o centro da cidade e Monsanto, na sua zona mais sensível-da Estação de Campolide- refletindo ainda sobre a possibilidade de uma cobertura vegetal que restitua o solo desfigurado do vale de Alcântara, e que, acrescente um propósito ao caneiro de Alcântara como fonte vital de irrigação e fertilidade. |
id |
RCAP_21f11477de0e81db50f5a9b79358bc22 |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:repositorio.iscte-iul.pt:10071/24144 |
network_acronym_str |
RCAP |
network_name_str |
Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
repository_id_str |
7160 |
spelling |
Infraestrutura como paisagem: proposta de consolidação do Corredor Verde de MonsantoInfraestruturaPaisagemFerroviaCorredor VerdeMonsantoInfrastructureLandscapeRailwayGreen corridorA Linha de Cintura Ferroviária de Lisboa atua como charneira no transporte ferroviário da capital, servindo a área metropolitana na sua totalidade. No entanto, o seu impacto modificou a paisagem lisboeta no final do séc. XIX, através de operações topográficas que descaracterizaram a periferia da cidade, destruindo a paisagem rural dominante. O Vale de Alcântara acumula uma série de infraestruturas de circulação, que percorrem as suas encostas, acentuando a barreira topográfica e afastando o Parque Florestal de Monsanto, o Bairro da Liberdade e da Serafina da cidade consolidada. Na zona da Estação Ferroviária de Campolide, é percetível a violência da imposição da ferrovia no território, cuja construção necessitou que a ribeira de Alcântara fosse encanada sob um aterro, tendo-se aproveitado o alargamento do vale para a aglomeração de linhas ferroviárias que, por um lado entendem-se como uma mais-valia pelo alcance que atribuem, mas que por outro criam uma série de baldios circundantes à Estação. O ensaio pretende refletir sobre uma articulação entre a infraestrutura e a paisagem, entendendo ambas como uma construção do Homem que devem coexistir nas cidades. A proposta insere-se como complementar ao Corredor Verde de Monsanto (de Gonçalo Ribeiro Telles), consolidando-o como mancha verde contínua entre o centro da cidade e Monsanto, na sua zona mais sensível-da Estação de Campolide- refletindo ainda sobre a possibilidade de uma cobertura vegetal que restitua o solo desfigurado do vale de Alcântara, e que, acrescente um propósito ao caneiro de Alcântara como fonte vital de irrigação e fertilidade.The Lisbon Railway Belt Line acts as a hinge in the capital’s rail transport, serving the metropolitan area in its entirety. However, it’s impact changed Lisbon’s landscape at the end of the 19th century, through topographic operations that de-characterized the city’s periphery, destroying the dominant rural landscape. The Alcântara Valley accumulates a series of circulation infrastructures, which run along its slopes, accentuating the topographical barrier, and removing the Monsanto Forest Park, the Liberdade and Serafina districts from the consolidated city. In the Campolide Railway Station area, the violence of the imposition of the railway in the territory is noticeable, construction required the Alcântara stream to be channeled under an embankment, taking advantage of the widening of the valley for the agglomeration of railway lines that, on one hand, are understood as an asset for the national scope, but on the other, create a series of wastelands surrounding the Station. The essay intends to reflect on an articulation between infrastructure and landscape, understanding both as a construction that must coexist in cities. The proposal is inserted as a complement to the Corredor Verde de Monsanto (created by Gonçalo Ribeiro Telles), consolidating it as a continuous green space between the city center and Monsanto, in its most sensitive area - Campolide Station - also reflecting on the possibility of a green roof that restores the disfigured soil of the Alcântara valley, and that, adds a purpose to the buried Alcântara stream as a vital source of irrigation and fertility.2022-01-17T20:10:15Z2021-12-17T00:00:00Z2021-12-172021-11info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10071/24144TID:202834786porDiogo, Vasco Bento Moucho de Matosinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2023-11-09T18:02:39Zoai:repositorio.iscte-iul.pt:10071/24144Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-19T22:33:52.421986Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse |
dc.title.none.fl_str_mv |
Infraestrutura como paisagem: proposta de consolidação do Corredor Verde de Monsanto |
title |
Infraestrutura como paisagem: proposta de consolidação do Corredor Verde de Monsanto |
spellingShingle |
Infraestrutura como paisagem: proposta de consolidação do Corredor Verde de Monsanto Diogo, Vasco Bento Moucho de Matos Infraestrutura Paisagem Ferrovia Corredor Verde Monsanto Infrastructure Landscape Railway Green corridor |
title_short |
Infraestrutura como paisagem: proposta de consolidação do Corredor Verde de Monsanto |
title_full |
Infraestrutura como paisagem: proposta de consolidação do Corredor Verde de Monsanto |
title_fullStr |
Infraestrutura como paisagem: proposta de consolidação do Corredor Verde de Monsanto |
title_full_unstemmed |
Infraestrutura como paisagem: proposta de consolidação do Corredor Verde de Monsanto |
title_sort |
Infraestrutura como paisagem: proposta de consolidação do Corredor Verde de Monsanto |
author |
Diogo, Vasco Bento Moucho de Matos |
author_facet |
Diogo, Vasco Bento Moucho de Matos |
author_role |
author |
dc.contributor.author.fl_str_mv |
Diogo, Vasco Bento Moucho de Matos |
dc.subject.por.fl_str_mv |
Infraestrutura Paisagem Ferrovia Corredor Verde Monsanto Infrastructure Landscape Railway Green corridor |
topic |
Infraestrutura Paisagem Ferrovia Corredor Verde Monsanto Infrastructure Landscape Railway Green corridor |
description |
A Linha de Cintura Ferroviária de Lisboa atua como charneira no transporte ferroviário da capital, servindo a área metropolitana na sua totalidade. No entanto, o seu impacto modificou a paisagem lisboeta no final do séc. XIX, através de operações topográficas que descaracterizaram a periferia da cidade, destruindo a paisagem rural dominante. O Vale de Alcântara acumula uma série de infraestruturas de circulação, que percorrem as suas encostas, acentuando a barreira topográfica e afastando o Parque Florestal de Monsanto, o Bairro da Liberdade e da Serafina da cidade consolidada. Na zona da Estação Ferroviária de Campolide, é percetível a violência da imposição da ferrovia no território, cuja construção necessitou que a ribeira de Alcântara fosse encanada sob um aterro, tendo-se aproveitado o alargamento do vale para a aglomeração de linhas ferroviárias que, por um lado entendem-se como uma mais-valia pelo alcance que atribuem, mas que por outro criam uma série de baldios circundantes à Estação. O ensaio pretende refletir sobre uma articulação entre a infraestrutura e a paisagem, entendendo ambas como uma construção do Homem que devem coexistir nas cidades. A proposta insere-se como complementar ao Corredor Verde de Monsanto (de Gonçalo Ribeiro Telles), consolidando-o como mancha verde contínua entre o centro da cidade e Monsanto, na sua zona mais sensível-da Estação de Campolide- refletindo ainda sobre a possibilidade de uma cobertura vegetal que restitua o solo desfigurado do vale de Alcântara, e que, acrescente um propósito ao caneiro de Alcântara como fonte vital de irrigação e fertilidade. |
publishDate |
2021 |
dc.date.none.fl_str_mv |
2021-12-17T00:00:00Z 2021-12-17 2021-11 2022-01-17T20:10:15Z |
dc.type.status.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/publishedVersion |
dc.type.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/masterThesis |
format |
masterThesis |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
http://hdl.handle.net/10071/24144 TID:202834786 |
url |
http://hdl.handle.net/10071/24144 |
identifier_str_mv |
TID:202834786 |
dc.language.iso.fl_str_mv |
por |
language |
por |
dc.rights.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/openAccess |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.format.none.fl_str_mv |
application/pdf application/pdf |
dc.source.none.fl_str_mv |
reponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação instacron:RCAAP |
instname_str |
Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação |
instacron_str |
RCAAP |
institution |
RCAAP |
reponame_str |
Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
collection |
Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
repository.name.fl_str_mv |
Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação |
repository.mail.fl_str_mv |
|
_version_ |
1799134900814610432 |