Os ritos de passagem no cinema de Yasujiro Ozu: Rites of passage in the cinema of Yasujiro Ozu

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Martins, Hugo
Data de Publicação: 2022
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: https://doi.org/10.34623/nnns-zp96
Resumo: Yasujiro Ozu develops the narrative of his films around transitory rites in the lives of the characters. For Ozu, the family is the core of sustenance of the home and it is its stability that is called into question. The present article intends to relate, due to the proximity to the everyday and community life of Ozu’s characters, the threats to the stability of the family home with the rites of passage identified by the German anthropologist Arnold Van Gennep. Van Gennep defines “rites of passage” as the ceremonies that accompany an individual’s “life crises”. And also, especially in the films around the daughters’ marriage, to the state of liminality or margin developed by the British Victor Turner. In these, the main conflict is centred on the character’s struggle to change, because of a ritual that is not accomplished or that will, in the face of society and the values of an epoch, be belatedly fulfilled. It is the tension between modernity and tradition that places the characters in a liminal state, giving rise to a sense of slow separation, of “non-status”, and of “late”. In these films (Late spring, Early summer, Late autumn, An autumn afternoon), Ozu illustrates an avowed desire to portray the cycle of life or mutability rather than the action itself.
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spelling Os ritos de passagem no cinema de Yasujiro Ozu: Rites of passage in the cinema of Yasujiro OzuOzuRites of passageCinemaLiminalityCycles of lifeOzuRitos de passagemCinemaLiminaridadeCiclos de vidaYasujiro Ozu develops the narrative of his films around transitory rites in the lives of the characters. For Ozu, the family is the core of sustenance of the home and it is its stability that is called into question. The present article intends to relate, due to the proximity to the everyday and community life of Ozu’s characters, the threats to the stability of the family home with the rites of passage identified by the German anthropologist Arnold Van Gennep. Van Gennep defines “rites of passage” as the ceremonies that accompany an individual’s “life crises”. And also, especially in the films around the daughters’ marriage, to the state of liminality or margin developed by the British Victor Turner. In these, the main conflict is centred on the character’s struggle to change, because of a ritual that is not accomplished or that will, in the face of society and the values of an epoch, be belatedly fulfilled. It is the tension between modernity and tradition that places the characters in a liminal state, giving rise to a sense of slow separation, of “non-status”, and of “late”. In these films (Late spring, Early summer, Late autumn, An autumn afternoon), Ozu illustrates an avowed desire to portray the cycle of life or mutability rather than the action itself.Yasujiro Ozu desenvolve a narrativa dos seus filmes em torno de ritos transitórios na vida das personagens. Para Ozu, a família é o núcleo de sustento da casa e é a sua estabilidade que é colocada em causa. O presente artigo pretende associar, pela proximidade ao quotidiano e à vida em comunidade das personagens de Ozu, as ameaças à estabilidade na casa familiar aos ritos de passagem identificados pelo antropólogo alemão Arnold Van Gennep. Van Gennep define “ritos de passagem” como as cerimónias que acompanham as “crises de vida” de um indivíduo. E, também, especialmente nos filmes em torno do casamento das filhas, ao estado de liminaridade ou margem desenvolvido pelo britânico Victor Turner. Nestes, o conflito principal é centrado na dificuldade de mudança da personagem, por causa de um ritual que não se cumpre ou que será, à luz da sociedade e dos valores da época, tardiamente cumprido. É a tensão entre a modernidade e a tradição que coloca as personagens em um estado liminar, dando origem a um sentimento de lenta separação, de “não estatuto”, e de “tardio”. Nestes filmes (Primavera tardia, Verão prematuro, O fim do outono, O gosto do saké), Ozu ilustra o desejo confesso em retratar o ciclo da vida ou a mutabilidade em vez da ação em si.CIAC – Centro de Investigação em Artes e Comunicação2022-02-26info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/articleapplication/pdfapplication/epub+ziphttps://doi.org/10.34623/nnns-zp96https://doi.org/10.34623/nnns-zp96Rotura – Revista de Comunicação, Cultura e Artes; v. 2 n. 1 (2022): Jornalismo e Literacia Mediática; 85-912184-8661reponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAPporhttps://publicacoes.ciac.pt/index.php/rotura/article/view/77https://publicacoes.ciac.pt/index.php/rotura/article/view/77/75https://publicacoes.ciac.pt/index.php/rotura/article/view/77/76Direitos de Autor (c) 2022 Hugo Martinsinfo:eu-repo/semantics/openAccessMartins, Hugo2024-09-10T04:02:07Zoai:ojs.publicacoes.ciac.pt:article/77Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openairemluisa.alvim@gmail.comopendoar:71602024-09-10T04:02:07Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse
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