Extremos da precipitação e impactes no balanço energético em Portugal

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Carneiro, Maria de Fátima Ponteira
Data de Publicação: 2014
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10348/3265
Resumo: Portugal é um país com elevado potencial energético renovável. Contudo, os fatores meteorológicos podem condicionar a utilização e o aproveitamento dos recursos renováveis. A forte variabilidade interanual, sazonalidade e irregularidade da precipitação tem como consequência inúmeros impactes diretos e indiretos na gestão de recursos hídricos, tal como a produção de energia. Este trabalho tem como objetivo relacionar a ocorrência de extremos da precipitação com a produção de energia renovável (hídrica, eólica e fotovoltaica) em Portugal continental, para o período entre 1998-2012 (15 anos). O objetivo principal é avaliar de que forma estes extremos contribuem para o balanço da produção de energia elétrica. Para este efeito, utilizam-se séries de precipitação (Bragança, Lisboa e Beja – 1989 a 2012) de dados provenientes do projecto European Climate Assessment & Dataset (ECA&D) e séries de produção de energia disponibilizadas pela Direção Geral de Energia e Geologia. Foram também realizados compósitos a partir de reanálises do NCEP/NCAR (National Centers for Environmental Prediction/ The National Center for Atmospheric Research) de forma a caracterizar o fluxo atmosférico a larga escala nos anos extremos. Analisou-se também o impacto da Oscilação do Atlântico Norte (NAO) e do Atlântico Este (EA) na produção de energias renováveis. Os resultados do estudo destacam o papel fundamental desempenhado pela precipitação sobre a produção de energia renovável em Portugal. Foram obtidos valores de correlação positivos e estatisticamente significativos entre a precipitação e a produção de energia hídrica e eólica. Os anos chuvosos revelam um aumento de produção de energia renovável em cerca de 60% em relação aos anos secos. Tendo em conta as projeções climáticas para as próximas décadas em Portugal, esta dependência energética com a precipitação torna o setor das energias em Portugal particularmente vulnerável às alterações climáticas.
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